Os gêneros – e as raças – da violência no Brasil: Mapa da Violência

Mapa da Violência de Gênero

Somente em 2017, o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) recebeu 26.835 registros de estupros em todo o país, o que equivale a 73 estupros registrados a cada dia daquele ano. Destes, 89% tiveram mulheres como vítimas, com o maior percentual no Acre (99%) e o menor em São Paulo e Rio Grande do Sul (86%).

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#VozesdasMulheres| O que entendo por Gênero?

Confira artigo de Beth Siqueira sobre o conceito de gênero e sua aplicação no dia a dia das comunidades camponesas. A autora destaca que “temos observado, nos espaços trabalhados nos projetos de desenvolvimento rural, que as relações de poder estão diretamente ligadas às relações de gênero e que a diferença de inserção das mulheres nos espaços produtivos e organizativos, espaços de poder, tem uma forte implicação de gênero. Requer-se uma transformação no acesso pela mulher tanto aos bens econômicos quanto ao poder, transformação essa que depende de um processo de empoderamento da mulher”. 

por Beth Siqueira*, em CPT

É uma categoria de análise importante para entender as relações sociais, de modo geral e, em especial, as relações de poder entre os homens e mulheres, entre homens e homens e entre mulheres e mulheres. Assim como gênero, reconheço “classe social”, “raça/etnia” e “idade/geração” como categorias relacionais de análises que contribuem para a compreensão das questões atinentes a esta temática e a sua interseccionalidade[1] com gênero e outras categorias. Geração e idade são dimensões fundantes da vida social, além de gênero, classe, e raça/etnia, o que implica em reconhecer a necessidade de pensar estas dimensões de forma articulada e relacional nas trajetórias e experiências dos sujeitos, individual e coletivamente.

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O que está por trás do desmonte bolsonarista da educação?

Dos cortes à censura a temas como gênero, sexualidade e política, as mudanças recentes na educação cumprem uma função econômica essencial. A quem ela favorece?

Por Marília Moschkovich, no blog da Boitempo

O desmonte quase completo da pós-graduação e da educação pública que estamos observando tem dois objetivos e este texto é uma análise que pretende apresentá-los ao leitor ou leitora. Venho colocando publicamente pedaços deste argumento desde 2015 (sim, antes do golpe, quando rolaram os primeiros congelamentos de bolsa e programas de pesquisa ainda na gestão da Dilma), com um pouco mais de dramaticidade a partir de 2016 (quando rolou o golpe e os discursos ficaram mais evidentes) e mais evidência a partir de 2017 e 2018 (quando ficou óbvio que não se trata de um projeto de um partido específico da direita, mas algo muito, muito maior – e as denúncias apresentadas recentemente pelo site The Intercept Brasil só corroboram essa análise).

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Sentimentos fraternos estão na UTI psiquiátrica. Entrevista especial com Denise Regina Quaresma da Silva

Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line

O mito da mãe perfeita tem origem no romance pedagógico Emílio ou Da Educação, escrito pelo filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau. Essa obra, publicada em 1762, serviu, segundo a psicóloga Denise Regina Quaresma da Silva, “de ponto de partida para as teorias de todos os grandes educadores dos séculos XIX e XX, pois sua difusão e aceitação provocaram uma transformação fundamental no modelo familiar, colocando o amor materno no cerne dessa instituição”. Entre as ideias defendidas por Rousseau, destaca-se a de que “somente as mães deveriam amamentar e criar seus filhos, criticando as amas de leite, que eram aceitas na época”. Na obra, explica, o filósofo “recriminava as mães que tinham outros interesses para além da maternidade. Para Rousseau, a maternidade era natural, obrigatória e instintiva, o que passou a reforçar a crença da maternidade como um atributo natural e tradicional das mulheres”.

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A (mal-disfarçada) ideologia de gênero de Damares

Sua fala explica o óbvio: gênero e sexualidade dizem respeito às relações de poder. Não é uma discussão biológica, mas sobre quem está autorizado a decidir – e quais identidades não podem existir

Por Berenice Bento, em Outras Palavras

Metáfora, aquilo que não é, mas torna-se por analogia.  Uma mistura de deboche e incredibilidade foram as reações às declarações efusivas da ministra Damares Alves que decretou uma Nova Era no Brasil. Seria ela uma ministra de Estado? O grotesco de sua declaração de que a Era do binarismo de gênero ocupará a centralidade de sua gestão seria apropriado para uma Ministra de Estado? Após uma onda piadas, memes e artigos a ministra explicou melhor: usou as cores (“menino usa azul, menina usa rosa”) como metáfora. O que então, a Ministra queria dizer? O que a analogia com as cores nos revela?

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Organizaciones indígenas dicen no a proyecto contra enfoque de género

AIDESEP exigió el archivamiento de PL 3610-2018-CR impulsado por Carlos Tubino y reclama al Congreso garantizar y defender el enfoque de género en lugar de debilitarlo

Servindi

Un nuevo retroceso amenaza los avances en equidad de género en el país. Esto a través del proyecto de ley 3610-2018-CR, impulsado por el vocero del fujimorismo Carlos Tubino. (mais…)

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