Israel comete “genocídio diante dos olhos do mundo”, diz relatora da ONU para territórios palestinos ocupados

A relatora especial das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, teve seu mandato renovado na sexta-feira (4) e ficará no cargo até 2028. Ela não dá ouvidos às críticas contra o seu trabalho e continua a denunciar a violência de Israel na Faixa de Gaza. Em entrevista à RFI, nesta segunda-feira (7), a italiana reafirma que o Estado judeu comete “um genocídio diante dos olhos do mundo e ninguém consegue parar isso”. Ela cita as mortes de 18 mil crianças palestinas pelos militares israelenses, o que deveria ser considerado “algo vergonhoso”, acrescenta.

Por Maria Paula Carvalho, da RFI, no IHU

Francesca Albanese denunciou a retomada dos ataques israelenses em Gaza desde o dia 17 de março e as terríveis consequências para a população civil. De acordo com suas observações, a situação na Faixa de Gaza é horrível. “Não há palavras para descrevê-la. A carnificina é diária, mesmo que a grande mídia não fale”, afirma. “Israel retomou o seu bombardeio furioso na Faixa de Gaza, matando centenas de pessoas, inclusive funcionários da Cruz Vermelha”, denuncia. (mais…)

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Morte lenta e silenciosa nos hospitais de Gaza

No sistema de saúde, retrato do genocídio. Profissionais assassinados. Hospitais bombardeados. Ausência total de remédios. Não há tempo para atender quem não está sangrando. “Usamos nossas mãos nuas e lanternas: é medieval”

Por Mahmoud Mushtaha, no CTXT | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

Nos últimos dias, vieram à tona detalhes sobre um massacre israelense especialmente horripilante contra equipes médicas palestinas no sul de Gaza. No dia 23 de março, uma equipe do Crescente Vermelho e da Defesa Civil foi enviada em missão de resgate para auxiliar colegas que haviam sido atacados no mesmo dia na província de Rafah. Em certo momento, o contato com a equipe foi perdido, e presumiu-se que estivessem mortos. (mais…)

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Não olhe para cima. Nem para as valas. Por Carol Almeida

Ou ainda: uma carta para Hossam Shabat

em Fora de Quadro

O medo inibe a imaginação e, portanto, a vida. A apatia inibe a imaginação e, portanto, a vida. Mas finalmente, o que é aquilo que alimenta o apetite insaciável do medo e da apatia, sentimentos tão distintos em suas liberações químicas, mas tão parecidos em suas capacidades de rapidamente tomar e travar nossos corpos? A ignorância. Existem vários tipos de engenharias da ignorância ou, podemos também chamar, tecnologias de normalizações do absurdo. Essas tecnologias operam de dentro da forma de organização de sistemas muito bem consolidados socialmente, como igrejas, escolas e as contas pra pagar no começo do mês. Há diferentes modos de convencimento nessas estruturas de que nossa sobrevivência material e emocional depende, efetivamente, de não saber de algumas coisas e, sobretudo, de não desejar saber de algumas coisas. É a inibição desse desejo que me pega. (mais…)

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A justiça com as próprias mãos tem cor e endereço no Brasil. Por Jessica Santos

Newsletter da Ponte

Yuri, de 24 anos, é negro e mora em São Paulo. No final de março, quando estava voltando para casa, foi abordado por pessoas que começaram a persegui-lo, uma delas armada. Yuri, que é publicitário, achou que estava sendo assaltado – mas era ele o suspeito de roubo. Ao ser alcançado, já na frete de seu prédio, começou seu linchamento. “Tive certeza de que ia morrer”, contou ele depois. O jovem recobrou a consciência quando policiais militares de uma base vizinha ao seu condomínio surgiram no local. Só então entendeu o motivo de ter sido agredido, ao ser apontado como suspeito de um furto.

Gabriel é jovem negro de 26 anos de Açailândia (MA). Em setembro de 2021, ele consertava seu carro em frente ao prédio onde morava quando um casal de brancos vindos de deus-sabe-onde o agrediu, acusando-o de estar tentando furtar o próprio veículo. Mesmo explicando isso, ele quase foi morto ao ser espancado e asfixiado pelos agressores. Inclusive, o rapaz atendeu ao pedido dos agressores, um empresário e uma dentista, para sair do carro enquanto era acusado, fazendo-o com as mãos para cima, com a preocupação de deixar evidente que não oferecia risco algum. (mais…)

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Apelo à comunidade acadêmica da USP. Por Paulo Sérgio Pinheiro

Carta para a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional – AUCANI

Em A Terra é Redonda

Prezados Colegas,

Tomei conhecimento, por meio de circular , da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI), que a Universidade de São Paulo concederá espaço ao Consulado de Israel na Feira Intercultural Internacional, em 23 de abril. Considerando que o governo israelense continua a perpetrar um genocídio em Gaza e que sobre seu primeiro-ministro, por “crimes contra a humanidade e crimes de guerra” cometidos por ele em Gaza, pesa uma ordem de prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional, essa decisão merece reflexão. (mais…)

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A destruição sistemática por parte de Israel dos artigos de primeira necessidade em Gaza força os palestinos a uma luta desesperada pela sobrevivência

Wael al-Masri está sentado nos escombros de um prédio que desabou, observando seus filhos adolescentes lutando para se segurar em uma folha de plástico para criar algum tipo de abrigo. Em meio ao reinício da campanha de terra arrasada por parte de Israel, que começou no dia 18 de março, o homem de 52 anos foi forçado a fugir com a sua família de Beit Hanun, no canto nordeste de Gaza, para a cidade de Gaza, em 21 de março.

por Rasha Abu Jalal, jornalista da Faixa de Gaza, publicada por Drop Site News e reproduzida por Voces del Mundo, com tradução do Cepat, no IHU.

“Antes vivíamos em segurança na nossa casa, e agora vivemos sobre os escombros das casas destruídas. Não temos eletricidade, nem água, nem mesmo banheiro privado”, disse al-Masri ao Drop Site News. (mais…)

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Racismo como indutor do genocídio: assessor do Cimi relembra Processo de Durban no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Durante o Debate Geral, Lugon lembrou que no Processo de Durban, voltado ao combate ao racismo e à discriminação, “a prevenção do genocídio e das atrocidades ocupa um lugar central”

Assessor da equipe de apoio internacional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o advogado Paulo Lugon se dirigiu à 58a Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU no final da última semana. Esta foi a sexta intervenção do Cimi na atual sessão, que se encerra no dia 4 de abril. (mais…)

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