Tania Pacheco
A rapina de territórios que os “povos das mercadorias”1 desenvolvem mundo afora tem objetivo claro: expulsar, exercer alguma forma de escravidão contemporânea ou sumariamente exterminar povos originários e se apropriar do que consideram ‘riquezas’ a serem usurpadas e negociadas. Babel de cores, técnicas e idiomas, a violência se espraia pela África, Américas, Oriente Médio, Ásia. “Não poderia ser diferente no Brasil”, dizem alguns, como se isso legitimasse esbulhos, fome, mortes, genocídios. É de racismo ambiental antes de tudo que estamos falando.
Desde 2010, quando foi disponibilizado na internet, o Mapa de Conflitos envolvendo Injustiça Ambiental Saúde no Brasil se soma a outras tantas iniciativas que buscam contribuir para com as lutas desenvolvidas por povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e comunidades urbanas, na busca por direitos há séculos negados e despudoramente desrespeitados. (mais…)