No genocídio, uma civilização em colapso. Por Chris Hedges 

Por que as bombas continuam caindo e o Ocidente tolera a mão macabra de Tel-Aviv? Toda a sua moralidade é uma mentira? Ou ele é Israel, intoxicado de supremacismo e convencido de que os não-brancos nada valem, quando frágeis?

Tradução de Antonio Martins, no Outras Palavras

Não há surpresas em Gaza. Cada ato horripilante do genocídio de Israel foi anunciado antecipadamente. Tem sido assim há décadas. A expulsão dos palestinos de suas terras é o coração pulsante do projeto colonial de Israel. Esta espoliação teve momentos históricos dramáticos — 1948 e 1967 — quando grandes partes da Palestina histórica foram tomadas e centenas de milhares de palestinos sofreram “limpeza étnica”. O processo também ocorreu de forma crônica — o roubo em câmera lenta de terras e a limpeza étnica constante na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. (mais…)

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Memórias de 64: o capítulo do genocídio indígena

8 mil indígenas foram assassinados pelo regime e gigantescas áreas da Amazônia foram devastadas: um “ecocídio” em nome do desenvolvimentismo conservador. Relembrar isso, nos 60 anos do golpe, é um convite a repensar a noção de progresso

Por João Gabriel da Silva Ascenso e Rayane Barreto de Araújo, na Ciência Hoje

“Não é exagero dizer que nós estamos em um genocídio em curso”. A declaração, dada em julho de 2020, é de Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). De fato, 2020 recolocou nas manchetes e no debate público a expressão ‘genocídio indígena’. O termo apareceu no relatório que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Socioambiental (ISA) realizaram, com revisão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontando que os Yanomami, ameaçados pelo garimpo ilegal e pela covid-19, correm um “risco de genocídio com a cumplicidade do Estado brasileiro”. (mais…)

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Editora da UFSC mantém lançamento de ‘Contra o Sionismo’ após censura de pró-reitoria

Nildo Ouriques, novo diretor da EdUFSC, recusou pressão da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade da Universidade Federal de Santa Catarina, que recomendou retirada de apoio ao evento

por Duda Blumer, em Opera Mundi

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) decidiu manter seu apoio ao lançamento do livro Contra o Sionismo: breve história de uma doutrina colonial e racista (Alameda), do jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, após censura da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da universidade. (mais…)

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As crianças de Gaza “perceberam que os seus pais já não podem protegê-las das bombas e da fome”

James Elder, porta-voz da Unicef, alerta, desde a Faixa de Gaza, para a vertiginosa deterioração da situação humanitária, que caminha para a fome iminente, e descreve as dolorosas condições de vida das crianças.

por Beatriz Lecumberi, em El País / IHU

Um menino sujo e desgrenhado, que não tem nem 10 anos, apanha punhados de macarrão e feijão misturados com sujeira, poeira e restos de plástico, num campo perto da cidade de Gaza, após a passagem de um dos aviões que lança comida. Há embalagens que chegam inteiras ao solo e outras que explodem ao entrar em contato com o solo e seu conteúdo acaba espalhado. Concentrado e alheio à comoção ao seu redor, o menino rapidamente coloca na mochila esfarrapada o saque da escola, onde não consegue ir há cinco meses, e corre para o local onde sua família está refugiada. (mais…)

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O silencioso e importante papel das mulheres na resistência palestina

Neste mês março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, precisamos relembrar o papel das mulheres na luta palestina. Desde a “Grande Revolta” contra o imperialismo inglês até a Nakba e a Intifada contra a colonização israelense, elas tiveram um papel crucial nos fronts de batalha, usando técnicas de criptografia e organização da resistência – desmontando as narrativas preconceituosas da imprensa e da direita.

Por Marcela Magalhães de Paula, na Jacobin

Nestes dias, a comovente imagem de uma mãe palestina lamentando a perda de seu bebê, vítima das ações do Estado de Israel, ganhou grande atenção nas redes sociais. Em meio à dor profunda, essa mãe entoava uma canção de luto dilacerante, enquanto abraçava e dava o último adeus à sua filha. (mais…)

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O objetivo militar impossível de Israel – eliminar o Hamas – encurrala civis, mulheres e crianças diante do horror em Gaza. Entrevista especial com Bruno Huberman

A cidade de Rafah tem abrigado grande parte dos sobreviventes aos ataques militares na Faixa de Gaza que começaram em outubro de 2023, após o Hamas lançar bombas sobre a fronteira com Israel. Ao todo mais de 30 mil palestinos, dos quais mais de 13 mil são crianças, foram mortos nas ofensivas militares

Por: IHU e Baleia Comunicação

Desde que o Hamas lançou bombas sobre o território israelense no começo de outubro de 2023, naquele que foi o maior ataque a Israel em décadas, matando 1,2 mil pessoas, a região se tornou palco de um massacre sem precedente contra a população civil palestina. Nada menos que 13 mil crianças foram mortas, para ficar no recorte mais dramático da população civil assassinada por forças militares israelenses, cuja soma total ultrapassa 30 mil óbitos em pouco mais de cinco meses. (mais…)

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