Carta ao Conselho de Segurança da ONU: a proposta EUA-França-Reino Unido apenas consolidará a ocupação, o apartheid e o genocídio em Gaza

Rejeitem a proposta EUA–França–Reino Unido de “força de estabilização” que apenas consolidará a ocupação, o apartheid e o genocídio em Gaza

Ao Conselho de Segurança da ONU

Excelentíssimo(a) Senhor(a),

Apelamos urgentemente a Vossa Excelência, como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que rejeite a iminente resolução apresentada pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, que pretende “estabilizar” a atual ocupação e o genocídio em Gaza por meio de uma força multinacional aprovada pela ONU — uma iniciativa destinada, na prática, a sustentar o chamado plano de paz de Donald Trump. (mais…)

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Tudo começa e termina em Gaza. Por Tarso Genro

Assistimos à naturalização do inaceitável: a transformação de um genocídio em mero episódio geopolítico, revelando que a razão já deu lugar aos monstros que produziu.

A melhor forma de viver o futuro é criá-lo” (Joseph Conrad).

1.

“Relaxamento, torpor, anestesia e sonolência”, causadas pelo ópio fumado ou bebido em “tinturas preparadas para o consumo” foram – mais além das devastações materiais e humanas – os primeiros efeitos na perversão da subjetividade humana, desenhados desde dentro do capitalismo industrial. (mais…)

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O valor da vida e o genocídio. Por Mauro Luis Iasi

No Blog da Boitempo

“A dor não é a forma suprema da perfeição. 
Meramente provisória, é um protesto. 
Está presa aos meios iníquos, doentios e injustos.
 Quando a iniquidade, a doença e a injustiça forem
erradicadas, não haverá mais lugar para ela”.
Oscar Wilde – A alma do homem sob o socialismo

No ataque de 7 de outubro o Hamas matou 1.139 pessoas e deixou 3.400 feridos. Em dois anos de guerra o Estado de Israel matou mais de 67.869 mil pessoas e deixou algo em torno de 165 mil feridos. Além do custo humano, a agressão do Estado sionista, consumiu US$ 55,6 bilhões, cerca de 10% do PIB israelense. (mais…)

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Gaza: sinais de tortura encontrados em corpos de palestinos. Uma equipe turca procura os corpos dos reféns

A troca de corpos dos sequestrados e dos militantes de 7 de outubro está colocando em risco a estabilidade da trégua. Israel e Hamas se acusam mutuamente de violar o acordo.

por Fabio Tonacci, em La Repubblica

A guerra dos vivos foi suspensa e a guerra dos mortos começou. Os corpos de reféns israelenses e palestinos assassinados — a maioria militantes que participaram do pogrom de 7 de outubro e do conflito, mas presumivelmente também alguns civis, nos quais, como veremos, foram encontrados sinais claros de tortura — estão em jogo. E, portanto, a transição para a fase dois do acordo, que deve definir a administração transitória de Gaza, a chegada da força internacional de estabilização e o futuro do Hamas. (mais…)

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“A paz está em risco se os interesses pessoais prevalecerem”. Entrevista com Majed Al-Ansari (Catar)

Uma entrevista com o conselheiro mais próximo do primeiro-ministro do Catar, Mohammed Al Thani, e porta-voz do Ministério das Relações Exteriores: “O maior risco? Que aqueles que travam guerras para ganho pessoal agora façam parte das negociações”.

Por Fabio Tonacci, por La Repubblica, no IHU

“Estamos em discussões preliminares sobre a segunda fase do acordo, mas as negociações entre Israel e o Hamas ainda não começaram porque nem todos os corpos dos reféns foram devolvidos; levará tempo”. Um dos mais familiarizados com os meandros das negociações de Gaza, mesmo porque está envolvido nelas há dois anos, é Majed Al-Ansari, de 42 anos, o conselheiro mais próximo do primeiro-ministro do Catar, Mohammed Al Thani, e porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Ele acaba de chegar a Nápoles para a Conferência dos Diálogos Mediterrâneos e concordou em dar uma entrevista ao Repubblica. (mais…)

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Gaza: A paz cínica dos carrascos. Por Chris Hedges

Acordo ignora crimes de guerra, autodeterminação da Palestina e qualquer possibilidade de reparação. Genocidas saem vencedores. E cessar-fogo pode ser temporário; afinal, há décadas Israel rompe tratados para impor seu terror sem fim

Em seu substack | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

Não há escassez de planos de paz fracassados na Palestina ocupada, todos incorporando fases e cronogramas detalhados, remontando à presidência de Jimmy Carter. Eles terminam sempre da mesma maneira. Israel obtém o que quer inicialmente — no caso mais recente, a libertação dos reféns israelenses restantes — enquanto ignora e viola todas as outras fases até retomar seus ataques ao povo palestino. (mais…)

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