Manoel da Conceição: “Minha perna é minha classe”

Por Otto Filgueiras, no IHU Online

“O líder camponês Manoel Conceição Santos, do Maranhão, completou 70 anos de vida e de luta. Em 1968, vítima de repressão policial, teve parte da perna amputada. Na época, José Sarney lhe ofereceu vantagens materiais para que silenciasse. A recusa veio numa frase que ficou famosa: ‘minha perna é minha classe’”.

O artigo é de Otto Filgueiras, jornalista, pesquisador e está preparando um livro sobre a organização de esquerda Ação Popular, publicado por Carta Maior e reproduzido por Repórter Brasil, 31-07-2005. Reproduzimos o artigo em memória de Manoel da Conceição, que faleceu no dia 18-08-2021, aos 85 anos, em Imperatriz, MA.

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Homenagem: O autoritarismo de Bolsonaro e a falta de autoridade do Congresso e do STF para coibir abusos comandados pelo presidente. Entrevista especial com Roberto Romano

Em meio à crise pandêmica, a preocupação do presidente é garantir a reeleição, diz o filósofo

Por: Patricia Fachin, em IHU On-Line

O autoritarismo que caracterizou alguns governos no século XX é o mesmo que dá o tom do governo Bolsonaro. Na crise pandêmica, as características autoritárias do presidente se assemelham às ações do ministro da Propaganda na Alemanha nazista, Joseph Goebbels, que “uma vez nos palácios, escolhe a mídia subserviente para financiar, ataca os demais setores da imprensa dizendo-os mentirosos e indignos de fé”, diz o filósofo Roberto Romano ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Assim como aconteceu durante o fascismo, compara, “massas brasileiras são movidas pela desobediência às leis, à ordem institucional, às informações científicas e aos relatos dos jornais que ainda resistem ao poder mentiroso”. Em meio à crise, diz, para o presidente, “pouco importa se milhares ou milhões morram pelo vírus. Urge a sua sobrevivência e confirmação na chefia do país na próxima eleição”, resume. E complementa: “Num delírio ainda pior, Bolsonaro afiança a unidade de sua existência com a Constituição. Ele é a Constituição. E como sempre na passagem para a tirania se acumula no governo muito ódio contra o saber científico”.

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Morre Nanblá Gakran, Professor Xokleng, primeiro indígena a se tornar doutor em linguística

NSC

O povo Xokleng perdeu uma das suas maiores lideranças. Morreu neste sábado (26) Nanbla Gakran, 59 anos, doutor em Linguística e maior autoridade mundial em pesquisa da língua Laklãnõ. A morte do primeiro indígena a ser formar doutor em SC deixa consternado os Xokleng que têm suas terras no Alto Vale do Itajaí. Todos reconhecem a importância do homem que como raros sabia entender a língua do seu povo.

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Pandemia de covid-19 nas comunidades será tema do Abril Indígena UFPR 2021; veja programação acadêmica e cultural

Ações abrangem homenagem a duas mulheres indígenas, uma delas vitimada por covid-19, e apresentação de iniciativas de combate à desinformação sobre vacina nas aldeias. Live de abertura será nesta terça (6) pelo YouTube

Por UFPR

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) promove uma série de atividades virtuais neste mês de abril com intuito de dar visibilidade à atuação dos povos indígenas, reafirmando sua presença na instituição. É o “#AbrilIndígenaUFPR2021”, que neste ano traz programação com eventos sobre vida, cultura e arte indígena. A live de abertura do evento está prevista para esta terça-feira (6), às 18h30, com transmissão pelo canal de eventos da UFPR no YouTube (acesse aqui: https://www.youtube.com/EventosUFPRTV) e contará com a apresentação do evento realizada por estudantes indígenas da universidade.

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Josué de Castro: por que ler um dos principais estudiosos sobre a fome?

O ostracismo cuidadosamente imposto por seus algozes contrasta com a viva presença do intelectual engajado

Por Eduardo Harder, no Brasil de Fato

Entre um conjunto de interpretes do Brasil ao longo do século XX, Josué Apolônio de Castro ocupa um lugar paradoxal, em diversos sentidos. Suas obras foram traduzidas para muitas línguas, em todo o mundo.

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Ausencia y presencia de Marielle Franco. Por Fernando de la Cuadra

Em Socialismo y Democracia

¿Qué paga este sudor del tiempo que se va?
¿Qué tiempo están pagando el de su vida?
¿Qué vida están sangrando por la herida?
De virar esta tierra de una vez…
(De una vez, Silvio Rodríguez)

Este 14 de marzo se cumplen 3 años desde el cobarde asesinato de Marielle Franco y Anderson Gomes en una emboscada perpetrada por dos Policías Militares que operaban como sicarios de una organización criminal de milicianos con sede en Rio das Pedras conocida como “Escritorio del crimen”. Los ahora ex PM, Ronnie Lessa y Élcio Vieira de Queiroz continúan presos a la espera del juicio que será realizado con la participación de un jurado popular.

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