O indígena tornou-se um símbolo da resistência dos isolados também porque repetidamente se recusou ao contato; com sua morte, destino dos 8 mil hectares fica em risco
Por Rubens Valente, na Agência Pública
Um símbolo da resistência dos povos indígenas isolados no país, ele ficou conhecido como “índio do buraco”, por abrir covas no chão, e já foi chamado na imprensa de “homem mais solitário do mundo”. Por mais de 25 anos, esse extraordinário brasileiro – sobre o qual nunca se soube nome, língua e etnia – viveu completamente isolado num pedaço de mata em Rondônia monitorado por indigenistas da Funai (Fundação Nacional do Índio), apesar de intensas pressões de políticos e fazendeiros da região a fim de desacreditar a interdição do território, com cerca de 8 mil hectares, e perseguir os servidores da Funai. (mais…)