Oito ruralistas querem a terra do “Índio do Buraco”

Amazônia Real obtém, pela Lei de Acesso à Informação, os nomes dos fazendeiros de Rondônia que reivindicam a terra indígena onde viveu o último indígena do território Tanaru; na semana passada, o Ministério Público Federal notificou esses “vizinhos” para que não invadam a terra

Por Josi Gonçalves, na Amazônia Real

Porto Velho (RO) – A Terra Indígena (TI) Tanaru, onde se isolou, morou e morreu o “Índio do Buraco”, está sob ataque. Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) notificou fazendeiros vizinhos da TI para que não entrem nela. As notificações, entregues em mãos, foram uma nova tentativa para impedir o ingresso de pessoas no território, como vem ocorrendo desde que o indígena foi encontrado morto. E na Justiça, em outra frente, pecuaristas que afirmam ter antigos títulos de propriedade na TI, afetados juridicamente pela criação da área de proteção, já entraram com uma petição de retomada das terras. (mais…)

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O último Tanaru sofre violações da Funai até no sepultamento

O corpo do “índio do buraco” ficou fora de seu território por 71 dias entre a perícia em Brasília (DF) e a espera do enterro num depósito da PF em Rondônia. Nesse intervalo, fazendeiros já procuraram o órgão federal para reivindicar a terra, que não é demarcada

Por Josi Gonçalves e Kátia Brasil, na Amazônia Real

Porto Velho (RO) O indígena isolado Tanaru, encontrado morto em 23 de agosto, foi sepultado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) por determinação da Justiça Federal, na sexta-feira (4 de novembro). Depois de 71 dias em que o corpo ficou fora do território, o sepultamento ocorreu sem as homenagens que os povos indígenas brasileiros, indigenistas e defensores dos direitos humanos planejavam fazer. O “índio do buraco”, como era conhecido, resistiu sozinho por 26 anos cercado de ameaças de fazendeiros, no sul de Rondônia, que não cessaram nem mesmo depois de sua morte. (mais…)

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Símbolo da resistência dos indígenas isolados no país, “índio do buraco” é achado morto

O indígena tornou-se um símbolo da resistência dos isolados também porque repetidamente se recusou ao contato; com sua morte, destino dos 8 mil hectares fica em risco

Por Rubens Valente, na Agência Pública

Um símbolo da resistência dos povos indígenas isolados no país, ele ficou conhecido como “índio do buraco”, por abrir covas no chão, e já foi chamado na imprensa de “homem mais solitário do mundo”. Por mais de 25 anos, esse extraordinário brasileiro – sobre o qual nunca se soube nome, língua e etnia – viveu completamente isolado num pedaço de mata em Rondônia monitorado por indigenistas da Funai (Fundação Nacional do Índio), apesar de intensas pressões de políticos e fazendeiros da região a fim de desacreditar a interdição do território, com cerca de 8 mil hectares, e perseguir os servidores da Funai. (mais…)

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Indígenas isolados mobilizam indigenistas e agentes de saúde no Vale do Javari

ClimaInfo

Representantes indígenas estão preocupados com o aparecimento de um grupo isolado nas proximidades de aldeias na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. De acordo com o Amazônia Real, os primeiros avistamentos aconteceram no começo desta semana, na margem do médio rio Ituí, em frente à aldeia São Joaquim, do povo Marubo. De acordo com pessoas da aldeia, os indígenas isolados estavam agitados e gritando. “Se eles atravessarem do lado da comunidade, o caso é muito preocupante, é gravíssimo. Pode ocorrer conflito”, disse Clóvis Marubo. 

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Novo coordenador de indígenas isolados da Funai boicotou provas para registro de povo no Pará

Geovanio Katukina, que assumiu no último dia 15 cargo que já foi do indigenista Bruno Pereira, emitiu parecer controverso que coloca em risco a terra Ituna Itatá, cuja proteção depende de evidências de que é habitada

Por Isabel Harari e Naira Hofmeister, no Repórter Brasil

No dia em que voltou de férias, em 15 de julho, Geovanio Oitaiã Pantoja recebeu uma boa notícia: foi efetivado no cargo de coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, a Fundação Nacional do Índio. Esse foi o último posto ocupado no órgão pelo indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari no início de junho.

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STF – Fachin pede à Presidência e à Funai informações sobre proteção a povos isolados e de recente contato

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) alega que essa população sofre risco real de extermínio devido a ações e omissões do governo federal.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou informações da Presidência da República, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) para subsidiar análise de pedido liminar feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 991. A entidade requer a adoção de providências para proteger e garantir os direitos dos povos indígenas isolados e de recente contato.

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STF: Fachin cobra resposta do governo sobre proteção a indígenas isolados

ClimaInfo

Em resposta à ação movida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) no Supremo Tribunal Federal, ação que cobra proteção do governo federal para grupos indígenas isolados e de recente contato, o ministro Edson Fachin determinou que a União entregue até o final desta semana um levantamento das ações tomadas para defesa dos direitos indígenas. Fachin também requisitou resposta da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a questão. JOTA e UOL, entre outros, repercutiram a notícia.

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