Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga
Por: Patricia Fachin, em IHU
Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento estão tentando compreender as motivações que levam os jovens a se identificarem com grupos conservadores, de direita ou extrema-direita. Algumas pesquisas associam a adesão aos ressentimentos sociopolíticos das últimas décadas ou a um perfil cultural estereotipado. Na contramão dessas abordagens, Beatriz Besen investigou o fenômeno com base numa pesquisa biográfica com jovens brasileiros e alemães identificados com as direitas radicais, entendida como “atores, grupos e movimentos que estão tensionando a democracia liberal”. A pesquisa doutoral “Nos limiares do(a) político(a): (des/re)construindo trajetórias e narrativas de jovens ativistas das Direitas Radicais no Brasil e na Alemanha”, realizada na Universidade de São Paulo (USP), foi publicada em 2023. (mais…)
