Sociologia e o mundo das leis: racismo, desigualdades e violência

Paulo Ramos* – Justificando

Foi com muita satisfação que recebi o convite do Justificando para ser colunista no portal. Senti que escrever aqui seria uma forma de retribuir o gosto de poder receber regiamente as reflexões que a equipe vem produzindo desde que surgiu. Mas, o que seria um sociólogo falando ao mundo das leis, uma vez que o Justificando surgiu de um coletivo de advogados? (mais…)

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30 dias por Rafael Braga: para ninguém esquecer que não foi por Pinho Sol, foi racismo

Hysabella Conrado – Justificando

Desde junho de 2013, época em que eclodiram manifestações por todo o Brasil, Rafael Braga Vieira passou a ser inimigo declarado do Estado. Negro, pobre e da periferia, apesar da nítida ausência de qualquer conduta criminosa e mesmo sem participar do protesto ou ser militante de alguma bandeira, foi preso por portar Pinho Sol e água sanitária, sob a acusação de que usaria os produtos para a produção de coquetel molotov. Após cumprir pena, ele foi novamente condenado, em 20 de abril, a cumprir 11 anos e três meses de reclusão, acrescidos de pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 1.600,00. (mais…)

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“Policial decide quem é usuário e traficante a partir de cultura racista”

Pesquisadora Rosane Borges vê “conluio do Judiciário e da imprensa em relação à criminalização da juventude negra”

por Pedro Borges, da Iniciativa Negra – Ponte/CartaCapital

Autora de uma dissertação de mestrado foi sobre o imaginário do negro nos programas policiais, a jornalista e pós-doutoranda da Universidade de São Paulo (USP) Rosane Borges aborda nessa entrevista a relação entre mídia, racismo, encarceramento em massa e guerra às drogas. “A gente vê um conluio do judiciário e da imprensa em relação à criminalização da juventude negra”, afirma Rosane, que é colunista da Carta Capital e da Boitempo, além de integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA-SP) e conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. (mais…)

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Toni Negri: impressões de uma visita ao Brasil

As confusões sobre 2013. O PT diante de seus impasses. Juventude negra, eterno alvo da segregação. Como construir nova esquerda, sem desprezar a experiência histórica?

Por Antonio Negri | Tradução: Fundação Rosa Luxemburgo – Outras Palavras

Como pensador, Toni Negri tem apresentado novas interpretações sobre as atuais configurações de poder e estrutura das sociedades. Aos 83 anos, tornou-se referencia para análises de fenômenos bastante atuais, que vão da ascensão de um novo tipo de direita, mais agressiva e sofisticada, às mobilizações catárticas de resistência, tais como o movimento Occupy, nos Estados Unidos, os levantes da Primavera Árabe ou mesmo as mobilizações de junho de 2013 no Brasil. Entre as ideias que defende está a de que as formas tradicionais de organização política, como partidos e sindicatos, perderam importância em um cenário complexo marcado por alterações estruturais na produção e divisão de trabalho nas metrópoles. É nas ruas que surge a resistência mais ativa às novas ofensivas capitalistas de privatização de bens comuns, corpos, afetividades. Entender como se dá o fenômeno e saber lidar com a diversidade das multidões e suas demandas é fundamental para enfrentar a onda conservadora que assola o planeta e reorganizar a resistência em favor de uma sociedade mais democrática e justa. É a partir desse prisma que Negri faz sua leitura sobre a crise institucional que se abateu sobre o Brasil. Ele esteve em São Paulo em outubro de 2016, a convite da editora Autonomia Literária e FFLCH-USP, e teve oportunidade de conhecer e conversar com integrantes de diferentes correntes da esquerda e de movimentos sociais, além de acadêmicos, estudantes e ativistas. Neste artigo, compartilha suas dúvidas e conclusões após a visita. (mais…)

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Combate ao tráfico de drogas e o genocídio da juventude negra, por Roberto Malvezzi (Gogó)

EcoDebate

Se há um consenso na política de combate ao tráfico de drogas é que ela é de alto custo e absolutamente inócua. Longas matérias conversando com gente do BOPE, especialistas no assunto e mesmo pessoas ligadas ao tráfico, tem esse ponto em comum.

Entretanto, dos 30 mil jovens mortos por homicídio a cada ano no Brasil, 77% são negros (https://anistia.org.br/campanhas/jovemnegrovivo/). (mais…)

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Armas de fogo matam 2,6 vezes mais negros que brancos, diz pesquisa

Aline Leal – Repórter da Agência Brasil

O número de pessoas negras mortas por armas de fogo no Brasil é 2,6 vezes maior que o de pessoas brancas. O dado faz parte do Mapa da Violência, levantamento que também mostra que entre 2003 e 2014, enquanto houve queda de 27% nas taxas de mortalidade de brancos por esta causa, houve aumento de 9,9% nas de negros. (mais…)

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“A guerra às drogas é um mecanismo de manutenção da hierarquia racial”

Em visita ao Brasil, ativista norte-americana formada em Harvard diz que a política proibicionista teve sucesso ao criminalizar negros e pobres

por Débora Melo — CartaCapital

A guerra às drogas é uma ferramenta da qual a sociedade contemporânea depende para manter negros e pobres oprimidos e marginalizados. Esta é a opinião da ativista do movimento negro norte-americano Deborah Small, formada em Direito e Políticas Públicas pela Universidade de Harvard. (mais…)

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