Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line
Com a cabeça no mundo, mas com os pés na sua comunidade. É assim que a professora Regina Novaes analisa a ação coletiva das juventudes do século XXI. “Conectados globalmente, coletivos juvenis agem localmente a partir das especificidades de seus territórios”, reitera. “No contexto atual, é impossível falar em ‘ativismo político’ sem pensar nas narrativas de jovens mulheres; de jovens negros e negras; de jovens LGBT que se autoclassificam como ‘periféricas’. Tais narrativas – entremeadas de poesia, músicas, dança, performances – povoam o espaço público (virtual e presencial) e contribuem para renovar clássicos espaços de militância”, analisa. Mas, para ela, são diferentes militâncias que não iniciam ou desembocam em pertencimentos de grupos já institucionalizados, como movimentos estudantis e alas jovens de partidos ou igrejas. “Uma possível repercussão dessa atual configuração é a maior convivência de diferentes concepções de militância e uma maior horizontalidade entre elas”, observa.
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