A experiência colonial contemporânea transforma a vida dos civis em experiências de “viver na dor”. É um aparato instrumental que diz qual vida possui valor, quais mortes são lamentáveis e quais não são. Nesse sentido, Israel opera a lógica do terror
por Lincoln Veloso, em Outras Palavras
Corpos empilhados sem identidade, deixam de serem “humanos” e viram mera estatística: representam agora números.
Rostos e mais rostos atônitos frente à fome.
Zunidos pelo ar anunciam que mais um ataque está vindo.
(o breve suspiro-silêncio antes da explosão)
Mais uma criança palestina morta!
Gaza denota um mundo fora do lugar: famílias empilhadas em Rafah, prédios caídos, escolas sem alunos, casas transmutadas em escombros. Futuros enterrados – sonhos explodidos por uma bomba israelense. Barbárie. Em meio a esse cenário, a posição brasileira e da comunidade internacional precisa ser ativa em denunciar a guerra enquanto política de governo. A fala em fevereiro do presidente Lula, enquanto chefe de Estado, representara a visão do Estado brasileiro sobre o conflito israelo-palestino: Ge-no-cí-di-o. (mais…)
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