O eterno vale a pena ver de novo das remoções no Rio de Janeiro

Cabe silenciar sobre o caráter suspeito de licitações em que concorre um único consórcio? Os cariocas vão cair uma vez mais no surrado “conto do legado”?

Por Carlos Vainer *, no El País Brasil

Se a história recente do Rio de Janeiro fosse uma novela, o costumeiro resumo dos capítulos anteriores teria que incluir uma narrativa sobre os megaeventos esportivos acolhidos pela cidade — Jogos Pan-americanos 2017, Jogos Mundiais Militares 2011, Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. Apareceriam meios de comunicação de massa, grandes empreiteiras, políticos de todos os partidos, experts contratados a peso de ouro, governantes aprovando favores fiscais, os presidentes da CBF e do Comitê Olímpico Brasileiro, todos entusiasmados, em uníssono, repetindo promessas mirabolantes: graças ao empreendedorismo dos governos — federal, estadual e municipal — e da coalizão dos grupos econômicos interessados, o Rio de Janeiro finalmente ingressaria no clube seleto das “global cities”, competitivo, (pós)moderno, distribuindo emprego e renda de maneira sustentável até o fim dos tempos.

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Legado olímpico debatido no lançamento do livro ‘Remoções de Favelas no Rio de Janeiro’

por Daiana Contini, em RioOnWatch

No dia 17 de abril, o Cidades: Núcleo de Pesquisa Urbana da UERJ, a editora Appris e o pesquisador Alexandre Magalhães organizaram o debate “O que restou do Rio Olímpico?” e o lançamento oficial do livro de Alexandre, “Remoções de Favelas no Rio de Janeiro: Entre Formas de Controle e Resistência”. Além de Alexandre, o debate do painel incluiu o professor de Direito da UERJ, Alexandre Mendes; Márcia Leite, professora de sociologia da UERJ; e Maria da Penha Macena, a Dona Penha, moradora da Vila Autódromo e um dos principais símbolos da resistência Olímpica na luta contra as remoções impulsionados pelos Jogos Olímpicos de 2016.

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Projetos Olímpicos e Destruição: Ramos Deixado de Lado Sem Espaços Públicos, Calçadas, Árvores e Mais #QueLegado

Hugo Costa – RioOnWatch

Faz um ano desde que apresentei aqui no RioOnWatch uma visão do legado negativo, ou o legado suburbano das Olimpíadas do Rio de Janeiro, e muito se evoluiu nas pesquisas sobre o tema, embora a recuperação urbana desta parte da cidade em nada tenha sido tratada. Atualmente, as discussões sobre o legado Olímpico do Rio ocorrem em todas as esferas (federal, estadual e municipal) e em todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário), sobre o que fazer com as estruturas construídas ou reformadas para as Olimpíadas: os prédios, estádios, campos e piscinas, mas somente tratando destas áreas que juntas somam meio milhão de quilômetros quadrados dentro de um município com 1200 milhões de quilômetros quadrados no total. (mais…)

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Gestão Crivella e a experiência-modelo do projeto da IURD. Entrevista especial com Renata Menezes e Lívia Reis

Ricardo Machado e Patricia Fachin – IHU On-Line

Embora as gestões estadual e municipal do Rio de Janeiro argumentem que é preciso resolver a questão fiscal, “as planilhas de contas tanto do governo estadual como municipal não são abertas ao público, não são transparentes” e, portanto, ainda não se tem “clareza do tamanho do déficit” das contas públicas, dizem as pesquisadoras Renata Menezes e Lívia Reis à IHU On-Line, na entrevista a seguir, concedida por e-mail. Segundo elas, o resultado dos desvios públicos que vieram à tona nos últimos meses “se faz sentir de forma alarmante no atraso de três meses do salário do funcionalismo público, no sucateamento da UERJ, uma das principais universidades brasileiras, e no aviltamento do Hospital Pedro Ernesto”. (mais…)

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Megaeventos aumentaram dívida do Rio e não trouxeram benefícios aos moradores

Segundo o Instituto Pacs, o custo de vida aumentou, a concentração de riqueza também, assim como a dívida pública, que aumentou em 330%

por Redação RBA

O Rio de Janeiro completa neste mês um ciclo de 10 anos de realizações de megaeventos, iniciado com os Jogos Pan-americanos em 2007. Os impactos desses investimentos, feitos para turistas, trouxeram efeitos negativos para quem vive no estado. Segundo aponta estudo do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), o custo de vida aumentou, a concentração de riqueza também, assim como a dívida pública. (mais…)

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A ‘lição’ das obras da Copa e Olimpíadas – Criação de mecanismos que subordinam o Estado ao setor privado. Entrevista especial com Orlando Alves dos Santos Junior

Patricia Fachin  – IHU On-Line

O cientista social Orlando Alves dos Santos Junior é contundente ao descrever a situação do Rio de Janeiro: “É um caso de escândalo, é a ilustração do que não deve ser feito”. Sua análise vai além: “Nós estamos vivendo um contexto que podemos caracterizar como golpe político, em que as instituições democráticas não foram minimamente respeitadas, e temos um governo ilegítimo do ponto de vista democrático”. (mais…)

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O problema Olímpico: HBO detalha histórico de violações de Direitos Humanos nas Olimpíadas

Adam Talbot – RioOnWatch

Enquanto grande parte da cobertura de mídia das Olimpíadas Rio 2016 perguntava sobre o Rio e o que o futuro reservava para seus habitantes, menos atenção foi direcionada ao futuro dos Jogos Olímpicos ou, em particular, ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Problemas característicos das intervenções do Rio foram examinados minuciosamente, enquanto muito pouco foi dito sobre os problemas pertinentes ao COI. Um episódio do Real Sports, da HBO, que foi ao ar em 26 de julho, traz os desafios enfrentados pelos “Senhores dos Anéis” dos esportes com uma visão clara, detalhando a história recente dos Jogos. Olhando particularmente para os Jogos Olímpicos de Verão de Pequim 2008, os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, Rio 2016, e Oslo (que desistiu na competição para sediar os Jogos de Inverno de 2022), o episódio imperdível de Real Sports apresenta uma incrível variedade de entrevistas detalhadas e informações que, juntas, pintam uma imagem clara de uma organização corrupta e abusiva. Ao longo da produção do documentário, oficiais do COI receberam muitos convites para entrevistas, mas recusaram. (mais…)

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