Mulheres sofreram mais os efeitos da pandemia no mercado de trabalho, principalmente as negras

Elas foram mais atingidas pelo desemprego e têm maior dificuldade de se recolocar. Além de continuar ganhando menos do que os homens, mesmo quando têm mais escolaridade

Por Vitor Nuzzi, da RBA

São Paulo – Na “situação dramática” do mercado de trabalho brasileiro, com desemprego, informalidade, precarização e corte de direitos, aliada à pandemia, as mulheres foram “duramente atingidas”, destaca o Dieese. Em boletim divulgado para marcar o Dia Internacional da Mulher, o instituto lembra que elas historicamente já ocupam as posições mais vulneráveis no mercado. São mais atingidas pelo desemprego e maior dificuldade de reinserção, além de receber menos do que os homens, mesmo tendo maior grau de escolaridade.

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Torto Arado e o direito da mulher camponesa

O romance premiado de Itamar Vieira visto por novo ângulo: trazer ao proscênio as camponesas negras e suas lutas; sugerir o sentido profundo de direitos humanos violados por agentes privados e pelo Estado, nas zonas rurais brasileiras

Por Ezilda Melo*, em Outras Palavras

A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;
Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.
(Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga
)

O sertão esteve em destaque nas principais obras ganhadoras do prêmio Jabuti de 2020, considerado o Prêmio Literário mais tradicional do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Prova disso é que Torto Arado é obra que trata sobre o universo dos moradores do campo e dá voz a homens e mulheres esquecidos e invisibilizados por uma sociedade que mantém privilégios escravagistas.

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Elogio à raiva das mulheres negras

Ela pode ser combustível para a insurgência, de uma maneira que teorias feministas não poderiam explicar. De xoxadas e bailes a pilhérias, há muitas formas de expressar entojo pelo racismo – e transformar o silêncio em linguagem e ação

Por Larissa Santiago, para a coluna Baderna Feminista

O mês de julho acabou e me vi sentada em frente ao mar de Olinda conversando com Audre Lorde em Os usos da raiva: mulheres respondendo ao racismo. Quando conheci o feminismo negro, dizia “sou mais Lorde que hooks”, afinal o horizonte do amor é mais longínquo que o da raiva, ali, palpável.

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Abertura do I Seminário Nacional de Mulheres Pretas e Seus Saberes Periféricos, Acadêmicos e Artísticos

O I Seminário Nacional de Mulheres Pretas e Seus Saberes Periféricos, Acadêmicos e Artísticos, abriu nesta segunda (19), com roda de conversa virtual, um legítimo fortalecimento da equidade de gênero.

Com apresentações iniciais da Doutoranda Mariana Gino – CEAP, Mestra Lavini Castro – Rede de Prof. Antirracistas, Graduanda Yamim Lobo e conduzido por Ana Gabriella de Lima – Pesquisadora da escravidão em uma perspectiva afro-religiosa. 

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Por que é indispensável conhecer Sueli Carneiro

Lançada biografia de uma grande intelectual brasileira. Precursora do feminismo negro, inovou no exame do racismo e na luta contra ele. Filósofa, dialoga com Mbembe, Foucault, carnaval e candomblé. “Continuo preta”, orgulha-se

por Cult

Esta mulher é a minha fala
O meu segredo
Minha língua de poder
E meus mistérios.

Ana Paula Tavares, “A cabeça de Nefertiti”

À narração da trajetória de uma das fundadoras do feminismo negro no Brasil, sobrepõe-se a construção dos próprios movimentos negro e feminista no país. Com uma extensa pesquisa documental, escuta de depoimentos e 160 horas de conversas com Sueli, Bianca Santana alterna as recordações e a formação da filósofa e ativista com as mudanças na sociedade brasileira. A escrita da biografia, assim, coletiviza-se: através de uma fala de si, narra a trajetória de um coletivo.

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Justiça Global requer imediata apreensão e custódia das armas de policiais envolvidos na ação que motivou morte de jovem grávida no Rio de Janeiro

A organização de direitos humanos Justiça Global requereu, na noite desta terça-feira (08), a imediata apreensão e custódia das armas dos policiais em serviço na Unidade Pacificadora do Lins de Vasconcelos. Agentes desta UPP teriam participado de confronto que resultou na morte da jovem Kathlen de Oliveira Romeu, grávida de quatro meses. Os ofícios foram enviados ao Secretário de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, à Secretaria de Polícia Civil, e ao Ministério Público do Estado.

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