Violência: é hora de um SUS da Segurança

Em seu último dia, Abrascão debate chacinas e o aumento de mortes por armas de fogo. Para romper o ciclo neoliberal de imediatismo e demagogia, pesquisadores defendem o SUSP: um sistema com participação social e planejamento baseado em evidências científicas

Por Gabriel Brito, Outra Saúde

No domingo (30), enquanto o 14º Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva reunia milhares de profissionais e pesquisadores de variadas especialidades em torno do tema “Democracia, Equidade e Justiça Climática”, Allane Pedrotti e Layse Pinheiro eram enterradas no Rio de Janeiro. Ambas foram vítimas de feminicídio pelas mãos armadas de João Antônio Miranda Tello Gonçalves, nas dependências do Centro Federal de Educação em Tecnologia no Rio de Janeiro. (mais…)

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Hospital do servidor de SP: história do desmonte

Promotora denuncia crise no instituto que gere rede de 17 hospitais que atendem 1 milhão de paulistas. Uma de suas unidades é referência de alta complexidade na capital. Mas não há recomposição de equipe e repasses do governo são exíguos – em 2024, foram de R$ 10

Por Gabriel Brito, em Outra Saúde

São Paulo: de um lado, isenções bilionárias e um megaescândalo de corrupção na secretaria da Fazenda, a partir da descoberta do pagamento de propinas para auditores. De outro, precarização sistemática de tudo que seja público, agenda de desestatização e redução de patrimônios e instituições do Estado. (mais…)

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Por que a imprensa se recusa a reconhecer a importância de Dilma Rousseff? Por Roberto Xavier

Há uma ironia amarga na trajetória recente de Dilma Rousseff. No exato momento em que seu nome ganha força e respeito nos circuitos da geopolítica global, ela parece cada vez mais ausente da memória e da narrativa pública brasileira.

Enquanto preside o Banco dos BRICS e se torna uma das vozes mais ativas na defesa de uma transição ecológica justa, a ex-presidenta do Brasil continua sendo tratada pela grande imprensa nacional como uma figura lateral, quase um eco de um passado político incômodo. (mais…)

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Vale tudo para se debater saúde nas novelas?

Num mundo neoliberal de fragmentação e aceleração midiáticas, a pauta da saúde nas novelas ultrapassa o marketing social rumo ao comércio digital. Em meio a publicidade de remédios e exaltação da medicina de luxo, haverá espaço para lutar por direitos sociais?

Por Bruno Cesar Dias, Outra Saúde

Anúncio do cessar-fogo no sanguinário genocídio que Israel submete a população de Gaza. Negociações entre Brasil e Estados Unidos acerca do tarifaço. Adulteração de bebidas destiladas e intoxicação recorde por metanol em pelo menos 13 estados da federação. A tabela embolada do Brasileirão. Neste mês de outubro, nenhum desses assuntos teve mais relevância midiática do que a reta final de Vale Tudo. (mais…)

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Vale tudo – o remake neoliberal. Por Luiz Marques

O verdadeiro “vale tudo” não é o gesto anárquico, mas a lógica sistêmica que mercantiliza até a rebeldia, convertendo a luta de classes em drama individual e o SUS em pano de fundo para vender xampu

Em A Terra é Redonda

Lançada em maio de 1988 e finalizada em janeiro de 1989, a novela Vale Tudo traz a icônica cena do personagem que ao fugir da justiça faz o gesto da “banana para o Brasil”. Quem simboliza o mal no remake neoliberal da teledramaturgia ainda é Odete Roitman, cujo sobrenome deriva do iídiche (roit / vermelho, man / homem). A indisfarçável insinuação ideológica dos tempos da Guerra Fria ressurge agora na hegemonia totalitária da mercadoria, segundo o padrão dos shopping centers. (mais…)

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“Prêmio Nobel de Economia”: uma “farsa” a serviço do neoliberalismo

Vencedor do “Prêmio Nobel de Economia” de 2025, Philippe Aghion é convidado para todos os programas de televisão para elogiar o neoliberalismo. O problema é que este prêmio não é um Prêmio Nobel de verdade, e não é nada além de uma garantia de qualidade…

A reportagem é de Vincent Lucchese, publicada por Reporterre, com tradução do Cepat.

Que melhor maneira para justificar tudo do que um “Prêmio Nobel de Economia”? No dia 13 de outubro, o economista francês Philippe Aghion tornou-se co-vencedor do afamado prêmio em 2025, ao lado do americano-israelense Joel Mokyr e do canadense Peter Howitt. Imediatamente, a imprensa conservadora aproveitou a nova aura do vencedor do “Prêmio Nobel” para relembrar suas ideias neoliberais e sua contundente oposição ao imposto Zucman sobre os ultrarricos. (mais…)

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Aposta na vassalagem

Socorro financeiro de Trump e FMI tem objetivos claros: sustentar Milei e seu projeto até as eleições, fazer de Buenos Aires a fortaleza de Washington na América Latina e contrapor-se à presença chinesa. Mas e se o povo argentino disser não?

Por Thomas Palley, no Counter Punch | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

A Argentina voltou aos noticiários com a renovada turbulência financeira impulsionada pela má reputação política do presidente Milei. Essa má reputação é fruto da indignação com o péssimo desempenho econômico da Argentina e da corrupção maciça dentro do governo Milei, e é um mau presságio para o desempenho de seu partido nas próximas eleições de outubro de 2025. (mais…)

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