Oi Lula! Não deixe o seu indicado se meter a besta. Por Guilherme Lacerda e Ricardo Berzoini

No Fórum21

Armínio Fraga foi quem fez esta advertência, em mais uma de suas entrevistas à Folha de São Paulo (02/06/2024), chamando a atenção de Lula para não indicar alguém para o BC “que se meta a besta”. Com esta mensagem insolente o ex-presidente do BACEN deixou claro que Lula não pode escolher alguém para o BACEN que desagrade ao mercado. Em outras palavras, a supremacia da decisão não é do Presidente e sim do seleto grupo de formadores de opinião que define a calibragem da política monetária.

Esta manifestação não é isolada. Ela se junta a várias outras no mesmo sentido. O objetivo é claro: enquadrar o atual governo dentro das “quatro linhas“, as quais, para eles, não podem ser ultrapassadas. (mais…)

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Crise multidimensional: reprodução social, ecologia e geopolítica. Entrevista com Nancy Fraser

IHU

Em meio ao complexo cenário acadêmico e político que marcou as últimas semanas em Nova York, tenho o privilégio de entrevistar Nancy Fraser, uma figura de destaque nos campos da teoria marxista e feminista. Seu forte compromisso com a justiça social e sua defesa de perspectivas críticas provocam debates, tais como o recente cancelamento da sua palestra na Universidade de Colônia pelo seu apoio à Palestina. (mais…)

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Lula e os reitores: a reunião que não houve

Num encontro constrangedor, governo fez apenas marketing – e desastrado. Nada ofereceu – nem aos grevistas, nem às universidades. E pareceu ausente da realidade do país, atento apenas aos dogmas do neoliberalismo e da Fazenda

por Graça Druck e Luiz Filgueiras, em Outras Palavras

A reunião dos dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) com o presidente Lula, anunciada desde a semana passada e com conteúdo antecipado pelos ministros da Educação e da Gestão e Inovação (MGI), foi realizada nessa segunda (10/6). Nessa antecipação já se explicitava o seu objetivo, qual seja: o governo Lula anunciar ações e recursos destinados às IFES. (mais…)

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Esquerda além da resistência: não basta enfrentar ameaças fascistas; é preciso voltar a se orientar para o futuro. Entrevista especial com Rodrigo Santaella

“A agência coletiva parece relegada ao segundo plano em nome de prognósticos e diagnósticos acerca do desenvolvimento tecnológico propriamente dito”, constata o cientista político

No IHU

Se, por um lado, o aceleracionismo de esquerda tem riscos e limites ao depositar sua confiança no desenvolvimento tecnológico para garantir avanços e transformações sociais, por outro, esta corrente teórico-política tem o “mérito” de “chacoalhar” a esquerda tradicional, “resignada, acomodada, ordeira, ou seja, uma esquerda que se adequou à ordem e desistiu de qualquer tipo de imaginação política e, no limite, concebeu a ideia de que a sua única tarefa possível é administrar o capitalismo”, resume Rodrigo Santaella na apresentação das principais ideias que marcam o pensamento conhecido como aceleracionismo de esquerda. (mais…)

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Só para ricos: como privatização fez o povo sumir das praias na Itália. Por Estevam Silva

Para ingressar em uma praia privatizada, italianos precisam pagar tarifas que vão de 20 a 150 euros — isso é, de R$ 114 a R$ 912

No Opera Mundi

Com seu território projetado sobre as águas cálidas do Mar Mediterrâneo e um extenso litoral de quase 8.000 quilômetros, a Itália concentra algumas das mais belas praias da Europa. Das enseadas de areias brancas e águas cristalinas da Calábria às encostas rochosas da Ligúria, as praias italianas atraem turistas de todo o mundo e contribuem de forma significativa para as receitas do país. A cultura praieira é um fenômeno enraizado na identidade italiana, e o êxodo massivo de famílias que se dirigem ao litoral para curtir as férias de verão — a “vacanza al mare” — é uma tradição bastante popular no país. Ou ao menos era, antes das praias serem privatizadas. (mais…)

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O desafio de nos reinventarmos politicamente. Por Cândido Grzybowski

em Sentidos e Rumos

Estamos em uma conjuntura histórica de grande ativismo e ataques por parte da velha direita, que vem demonstrando capacidade política de renovação de seus imaginários e métodos, aglutinando suas forças e disputando hegemonia política através de redes sociais e grandes mobilizações nas ruas, com suas concepções e valores autoritários e excludentes, conquistando adesões entre extratos médios e amplos setores populares, especialmente nas periferias urbanas. Parece até que nos contentamos em qualificar de autoritarismo e fascismo tal fenômeno, sem aprofundar a análise da gravidade de sua capacidade de ação e a penetração no seio da sociedade, ameaçando destruir a debilitada democracia de baixa intensidade que temos. Por sinal, trata-se de algo que vem se manifestando no mundo todo de algum modo, como um fenômeno global. Mas o que importa reconhecer é a maior iniciativa e capacidade de articulação global das direitas do que nosso campo,  as forças que as combatem. A direita renovada tem propostas “nacionais” e globais para um capitalismo financeirizado e desgovernado, envolvido em disputas geopolíticas imperiais. Suas propostas, porém, são de “facilitar” o capitalismo, libertando-o das legislações e normas reguladoras  ambientais e sociais, que a direita considera como  promotoras de direitos aos “incompetentes” e dependentes de “favores” por parte do Estado. (mais…)

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Eleições 2024: os polos em disputa nas periferias

Território é diverso e nem tudo é ligado às igrejas. Esquerda erra em disputar valores morais – afinal, evangélicos não usam UBSs, creches ou transporte? Outra frente fundamental: o campo da cidadania periférica contra os filantropos aproveitadores

Por Mateus Muradas, na Revista Forum

O cenário eleitoral de 2024 está escancarando uma disputa ferrenha, entre projetos de cidades e de país que o povo irá escolher. Nada novo, em ano eleitoral. A novidade neste ano é que teremos três polos de disputa, a partir da ótica, exclusivamente, das periferias urbanas e rurais. (mais…)

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