Um Ano Após as Olimpíadas: O Que Restou no Rio e no Complexo do Alemão? #QueLegado

O que tem movido os corações aflitos nesses dias de caos e extrema insegurança?

Cleber Araújo – RioOnWatch

Observando os dias atuais, é perceptível o medo e o estado de pânico que todos têm vivido cotidianamente. Um passo à frente é algo desafiador. É um ato de agradecimento se permanecermos vivos. Pois está cada dia mais difícil viver nessa cidade do medo, essa cidade que se afundou em corrupção institucionalizada e patrocinada por governantes que só pensaram em roubar do povo, de forma descabida e sem nenhum pudor, o que ainda restava. (mais…)

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Um Ano Após as Olimpíadas, a Vida Continua na Maré #QueLegado

Um ano depois das Olimpíadas no Rio de Janeiro, pouco se fala do legado Olímpico deixado para os moradores do conjunto de favelas da Maré, um dos maiores complexos do Rio, com mais de 140 mil moradores

Thaís Cavalcante – RioOnWatch

Mobilidade

Desde os preparativos das Olimpíadas, as obras e mudanças passaram a fazer parte da rotina dos cariocas. Uma das iniciativas do transporte público que impactou o território foi a construção do BRT TransBrasil, que teve sua obra parada durante os Jogos e retomada em abril deste ano, na Avenida Brasil. O BRT não é o ônibus convencional. Inicialmente ele contará com ônibus biarticulados, cerca de 16 estações e 18 passarelas. A expectativa de um trânsito mais acessível ainda é a esperança de muitos, como Willian Gomes, 22 anos que mora na Maré e circula de ônibus diariamente. “Minhas expectativas são positivas, isso ajudará bastante o povo a chegar no trabalho, faculdade e casa, por exemplo, uma vez que o transporte público não nos favorece junto com o trânsito encontrado na pista em horários e dias de pico”, afirma ele. (mais…)

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Oito Causas Raiz da Violência que Serão Ignoradas pela Cobertura do Aniversário das Olimpíadas no Rio

Tyler Strobl – RioOnWatch

Um ano depois dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro está emaranhado em uma onda de violência que seria inimaginável para os milhares de turistas que chegaram na cidade em agosto do ano passado. Até o dia 2 de julho, pelo menos 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas no Estado do Rio de Janeiro este ano, 120 mortas em latrocínios e 480 pela Polícia Militar em autos de resistência, e 90 policiais morreram em tiroteios dignos de situações de guerra. Em resposta, o governo federal acaba de ceder 8500 soldados do exército para o Rio. Histórias da devastação, em geral em áreas de baixa renda e favelas negligenciadas pelo Estado, são, infelizmente, fáceis de encontrar. O filho de Claudineia dos Santos Melo foi baleado enquanto ainda estava no útero, e nasceria com deficiência. Vanessa dos Santos, de 10 anos de idade, foi morta por uma bala perdida enquanto estava em sua própria casa. Maria Eduarda Alves da Conceição, estudante e atleta de 13 anos, foi atingida e morta dentro de sua escola em Acari, seguida de Hosana de Oliveira Sessassim, com a mesma idade e no mesmo bairro, atingida e morta apenas cinco dias depois. (mais…)

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Projetos Olímpicos e Destruição: Ramos Deixado de Lado Sem Espaços Públicos, Calçadas, Árvores e Mais #QueLegado

Hugo Costa – RioOnWatch

Faz um ano desde que apresentei aqui no RioOnWatch uma visão do legado negativo, ou o legado suburbano das Olimpíadas do Rio de Janeiro, e muito se evoluiu nas pesquisas sobre o tema, embora a recuperação urbana desta parte da cidade em nada tenha sido tratada. Atualmente, as discussões sobre o legado Olímpico do Rio ocorrem em todas as esferas (federal, estadual e municipal) e em todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário), sobre o que fazer com as estruturas construídas ou reformadas para as Olimpíadas: os prédios, estádios, campos e piscinas, mas somente tratando destas áreas que juntas somam meio milhão de quilômetros quadrados dentro de um município com 1200 milhões de quilômetros quadrados no total. (mais…)

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A ‘lição’ das obras da Copa e Olimpíadas – Criação de mecanismos que subordinam o Estado ao setor privado. Entrevista especial com Orlando Alves dos Santos Junior

Patricia Fachin  – IHU On-Line

O cientista social Orlando Alves dos Santos Junior é contundente ao descrever a situação do Rio de Janeiro: “É um caso de escândalo, é a ilustração do que não deve ser feito”. Sua análise vai além: “Nós estamos vivendo um contexto que podemos caracterizar como golpe político, em que as instituições democráticas não foram minimamente respeitadas, e temos um governo ilegítimo do ponto de vista democrático”. (mais…)

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Um fiasco olímpico

Analisamos as 328 páginas da denúncia contra os supostos terroristas que ameaçavam a Olimpíada do Rio. Suspeitas de infiltrações, denúncia anônima e espetáculo marcaram uma ação montada para desbaratar um atentado que não ia acontecer

por Rogério Pacheco Jordão para a Agência Pública

“Dez suspeitos de terrorismo na cadeia.” A frase de abertura do Jornal Nacional, da TV Globo, o de maior audiência no país, no dia 21 de julho de 2016, duas semanas antes da abertura da Olimpíada do Rio, apresentou aos telespectadores a fase ostensiva da Operação Hashtag, da Polícia Federal (PF). Naquela quinta-feira, dez suspeitos de “planejar ataques durante a Olimpíada” haviam sido presos em dez estados brasileiros, segundo o telejornal. A notícia ocupou 14 minutos do noticiário, com imagens de suspeitos algemados sendo transferidos para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), entremeadas por diversas intervenções do então ministro da Justiça Alexandre de Moraes, cuja fala dominou a edição do dia. (mais…)

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