Em debate promovido por Outra Saúde e ELA-IA, o pesquisador Wellington Pinheiro dos Santos reflete sobre as possibilidades e perigos da nova ferramenta. E instiga: é hora do Brasil aproveitar nova brecha para construir tecnologias públicas
por Alessandra Monterastelli, Outra Saúde
Na década de 1940, Alan Turing, matemático britânico, elaborou uma teoria após sua observação sobre uma brincadeira comum nas casas inglesas da época. Uma pessoa ficava de um lado de uma cortina e fazia uma pergunta; do outro lado da cortina, um rapaz e uma moça deveriam elaborar uma resposta, escrevê-la em um pedaço de papel e passá-la debaixo da cortina. A pessoa que fez a pergunta deveria adivinhar de quem era a resposta. Turing, então, disse que chegaríamos à inteligência artificial no dia em que, se atrás da cortina estivessem um rapaz e um computador, a pessoa que recebesse as respostas para a sua pergunta não soubesse diferenciar qual delas foi escrita por um humano e qual por uma máquina. (mais…)