Saúde, meio ambiente e a luta contra o desencanto

O novo presidente da Abrasco fala sobre o futuro da entidade e suas perspectivas diante de um país e um mundo em crise. Sustenta: o Brasil pode ter papel crucial em aprofundar a compreensão da Saúde Coletiva, com a defesa do planeta no horizonte

Rômulo Paes em entrevista a Gabriel Brito, Outra Saúde

“São tempos de desencanto”. É assim que Rômulo Paes de Sousa, novo presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), define a atualidade, marcada pela crise estrutural de um capitalismo que leva o planeta ao colapso climático. Diante de tamanho dilema histórico, o campo da saúde teria caminhos alternativos a oferecer? Sim, diz ao Outra Saúde, desde que consiga aliar o acesso a serviços de saúde com uma agenda de renovação do conceito da democracia e sua produção política. (mais…)

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Pelas ruas (in)visíveis

Conheça os obstáculos para o acesso às políticas de saúde e educação da população em situação de rua e as novas propostas para esse grupo

Giulia Escuri – EPSJV/Fiocruz

Era noite do dia 19 de agosto de 2004 na Praça da Sé, em São Paulo, quando dez pessoas em situação de rua foram atacadas com pedaços de madeira e barras de ferro enquanto dormiam. Duas morreram na hora, quatro no hospital e outras quatro sobreviveram. Em 72 horas, o crime se repetiu. No dia 22, cinco pessoas foram agredidas da mesma forma e no mesmo local. Uma faleceu. Sete indivíduos foram denunciados, um segurança particular e dois policiais militares foram presos, mas soltos por falta de provas. O Massacre da Sé, como o evento ficou conhecido internacionalmente, completa 20 anos em 2024. “A rua não é lugar para viver e tampouco é lugar para morrer” é um dos principais gritos do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR), criado após a chacina. O caso também motivou a instituição do 19 de agosto como Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. (mais…)

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Aborto legal impedido em São Paulo

Por Heloísa Buarque de Almeida, no Jornal da USP

A situação em São Paulo – na cidade e no Estado – está absurda: o acesso ao aborto legal, especialmente nos casos de violência sexual, tem sido impedido ou obstaculizado em vários serviços.

Recebi relatos de algumas pessoas – tanto vítimas de estupro, como pessoas de serviços de saúde – que revelam que vítimas de violência sexual, quando conseguem chegar aos serviços, estão sendo dissuadidas e mesmo constrangidas a manter a gestação, especialmente se a gravidez tiver passado de 22 semanas. (mais…)

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MST impulsiona agroecologia e energia solar para fortalecer comunidades rurais

Lisbet Julca Gonza*, Fundação Rosa Luxemburgo

A crescente urgência em enfrentar as mudanças climáticas tem colocado a transição energética no centro dos debates globais. No Brasil, um país rico em recursos naturais, mas também vulnerável a desastres climáticos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem se destacado na promoção de práticas agroecológicas e na transição para energias renováveis como pilares fundamentais para o futuro da agricultura e do meio ambiente. (mais…)

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Nísia Trindade diz que assistência no território Yanomami vive uma nova etapa

A ministra voltou a afirmar que o investimento da saúde indígena é um trabalho prioritário da pasta e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Agência Gov

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que a assistência no território Yanomami vive uma nova etapa, com mais atendimentos e cuidados com os indígenas. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (13/8), em Boa Vista, onde ela cumpre agenda de trabalho. (mais…)

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“Nem-nem”: Número de jovens fora do mercado de trabalho, programas de educação ou treinamento continua uma preocupação, aponta relatório da OIT

Novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma elevada proporção de jovens fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento, comumente chamados de “nem-nem”. Em 2023, um em cada cinco jovens no mundo, ou seja, 20,4%, era considerado “nem-nem”. 

ONU Brasil

Preocupações apontadas pelo relatório global incluem as disparidades regionais e de gênero e uma crescente ansiedade da juventude em relação ao trabalho, apesar de tendências globais encorajadoras acerca do desemprego juvenil. (mais…)

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