Quando uma mulher quilombola tomba, o quilombo se levanta com ela. Por Selma Dealdina Mbaye

Ainda sonho com o dia em que nós, mulheres pretas, não seremos mais violentadas

No Brasil de Fato

Minha mãe e amiga Bernardete, como todas nós, um dia faria sua passagem. Eu, que vivi com ela, sonhei com ela, chorei com ela, sempre imaginei que esse dia seria triste e lindo. Nesse dia, suas filhas e filhos poderiam celebrar sua passagem e festejar tudo o que ela foi em vida.

Nos retiraram o direito de festejar tudo o que ela significou para nós. Estamos chocadas com a crueldade. É da crueldade que venho falar. Não queria falar dela. Mas tenho que falar. Porque ainda sonho com o dia em que nós, mulheres pretas, não seremos mais violentadas. (mais…)

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Ministro Barroso determina rito abreviado para o STF julgar ação pela manutenção da Lei de Cotas

Barroso dá 10 dias para Presidência e Congresso se manifestarem sobre revisão da Lei de Cotas

Por  Redação Enfoque MS

O ministro Luís Roberto Barroso, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 7.418, ajuizada pelo Partido Verde para garantir que a revisão prevista na Lei de Cotas não seja usada para encerrar a ação afirmativa, determinou que o Supremo julgue a ação em “rito abreviado, de modo a permitir a célere e definitiva resolução”. (mais…)

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Em caso de racismo explícito e criminoso, anúncio de emprego exclui indígenas

ClimaInfo

“Amambai” é uma palavra do idioma Tupi-Guarani que significa “orvalho” e nomeia um município do Mato Grosso do Sul com uma das maiores populações indígenas do estado. São cerca de 15 mil pessoas, estima a prefeitura, a maioria vivendo em três aldeias – Limão Verde, Jaguary e Amambai –, explica o Campo Grande News. Entretanto, uma empresa da cidade abriu uma vaga de trabalho e proibiu indígenas de se candidatarem à função – o que é um crime. (mais…)

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Discriminação nos aluguéis, redes sociais e futebol: o problema do racismo na Espanha escancarado por agressões a Vini Jr.

Por Paula Rosas, na BBC News Mundo

“Sinto muito pelos espanhóis que discordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas.”

As palavras são do jogador de futebol brasileiro do Real Madrid Vinícius Júnior após o jogo de domingo (21/5) contra o Valência, onde o jogador de 22 anos tentou chamar a atenção do árbitro para os insultos racistas que recebeu dos torcedores locais.

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Ricupero: “O Brasil precisa vestir a carapuça do racismo”

Ex-subsecretário-geral da ONU, Rubens Ricupero elogia atitude de Vini Jr. em denunciar ataques racistas. E diz que Brasil também tem muito a aprender.

Por Nilson Brandão, na DW

O Brasil reagiu aos insultos raciais sofridos pelo jogador de futebol Vini Jr. na Espanha, mas também precisa vestir a carapuça, avalia o diplomata Rubens Ricupero. “O Brasil não é um país isento de responsabilidade nessa área”, diz ele em entrevista à DW. (mais…)

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Como matar – de novo – uma pessoa trans

Newsletter da Ponte, por Jessica Santos

Laura Vermont foi morta mais de uma vez. Na primeira, seu corpo sucumbiu a violência transfóbica da sociedade e da polícia, um caso permeado por mentiras, tentativa de fraude no processo e um enorme desrespeito pela vítima. As demais foram acontecendo ao longo da investigação e do processo judicial, quando sua identidade foi violada vezes sem fim.

No mês em que celebramos a luta contra a homofobia, a transfobia e a bifobia, o juri que absolveu os acusados pela morte de Laura foi recheada da mais pura e brasileira transfobia que nos faz, no final do dia, o país que mais assassina pessoas trans ano após ano. Tanto o juiz quanto o promotor do caso usaram o nome de registro de Laura ao longo dos dois dias de julgamento, adicionando mais uma camada de desprezo à memória de Laura, além de ferir a jurisprudência que defende que pessoas trans sejam identificadas pelo nome social, de acordo com sua vontade. (mais…)

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Caso Thiago Brennand: o espetáculo midiático do privilégio branco

Newsletter da Ponte, por Jéssica Santos

Sim, leitor, lá vem a Jéssica, de novo, falar sobre privilégio branco. Mas veja se não tenho alguma razão. Eis Thiago Brennand, este moço branco rico, que tem um arsenal com 67 armas, que agride uma mulher em público e nada lhe acontece. É acusado de estuprar mulheres e as tatua com suas iniciais — como se fossem bois — e nada lhe acontece. Que é acusado de usar arma de choque contra o próprio filho e nada lhe acontece. E quando ele — depois de se entocar em outro país — é deportado e preso, subitamente as condições ruins da prisão são magicamente descobertas pela imprensa. Como chamar isso se não privilégio branco? (mais…)

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