A privatização da água é uma ameaça à saúde global

A água é um recurso básico para todos os seres humanos. No entanto, as forças do mercado estão privatizando cada vez mais seu fornecimento – não apenas a tornando inacessível para as pessoas pobres e da classe trabalhadora, mas representando uma séria ameaça à saúde pública após a pandemia.

Por Beauty Dhlamini, Jacobina

Nos acostumamos com o impulso insaciável do capitalismo de privatizar tudo, mas a frase “privatização da água” é uma que muitos de nós acham particularmente irritante. Como um recurso tão básico pode ser capturado por um pequeno punhado de corporações para produzir lucro para poucos, às custas de cada pessoa no planeta? (mais…)

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Privatização das escolas públicas em São Paulo. Por Ricardo Normanha

À nossa geração cabe fazer o enfrentamento que começa no nível mais basal da realidade, desfascistizando as relações cotidianas e criando todas as barreiras necessárias para o avanço das políticas privatizantes.

No Blog da Boitempo

O governo de São Paulo, sob a gestão do governador de extrema-direita Tarcísio de Freitas (Republicanos), está implementando o projeto “Novas Escolas” através de uma parceria público-privada (PPP) para construir e “modernizar” 33 unidades escolares, atendendo 35 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio (São Paulo [2024?]). (mais…)

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Maria Emília Pacheco: em defesa da agroecologia e soberania alimentar

Por Monica de Jesus Cesar, no Em Pauta

É com grande satisfação que realizamos esse diálogo com Maria Emília Lisboa Pacheco(1), assistente social, assessora da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) e integrante dos Núcleos Executivos da Articulação Nacional de Agroecologia e do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Destaca-se sua atuação como uma das fundadoras da Articulação Nacional de Agroecologia (Ana) e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Com relevante experiência, Maria Emília gentilmente se dispôs a compartilhar com a Em Pauta e seus leitores reflexões sobre a relação entre questão ambiental, agroecologia e soberania alimentar, considerando que a fome e suas manifestações revelam que as desigualdades sociais no Brasil – de classe, gênero, étnicas e raciais – são estruturais e foram aprofundadas nos últimos anos, em virtude do desmanche das políticas públicas e das medidas ultraneoliberais e antidemocráticas postas em marcha no país. Medidas estas que, a favor do avanço da exploração capitalista dos recursos naturais e humanos, incidiram fortemente no meio ambiente, nos povos originários e nas populações tradicionais, ameaçando sua continuidade histórica. No centro deste debate, portanto, estão os sujeitos que, assim como nossa entrevistada, lutam pela preservação das terras, matas e florestas e pela defesa dos direitos dos povos que nelas vivem. (mais…)

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Rio: Quando o “mercado” é o arquiteto da cidade

Sem diálogos, vereadores planejam mercantilizar áreas ambientais, praças e parques – e permitir que especuladores violem parâmetros de construção, desde que paguem a Prefeitura. Sociedade precisa se articular contra estes retrocessos

Um manifesto do Observatório das Metrópoles

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro colocou para votação nesta semana um pacote de emendas normativas que, no conjunto, desrespeita os parâmetros urbanísticos de construção na cidade, derruba a função social da propriedade e abre as portas para a mercantilização de praças, áreas verdes e jardins. Na ordem do dia, que começou nesta terça-feira (11 de junho), foram colocadas na pauta duas diretrizes que alteram, de forma alarmante, os parâmetros urbanísticos da cidade do Rio de Janeiro. (mais…)

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Contratos de concessão de energia elétrica e as novas regras. Por Heitor Scalambrini Costa*

A partir de 2025, começa a findar a vigência, estipulada em 30 anos, dos contratos de concessão dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica, também conhecidos como “contratos de privatização”. Entre 2025 e 2031, 20 contratos de distintas concessionárias chegam ao fim. E é prerrogativa do poder concedente, o Ministério de Minas e Energia (MME), decidir se prorroga ou não essas concessões. (mais…)

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Claudia Sheinbaum: agenda climática é trunfo e desafio para nova presidenta do México

Pesquisadora e ex-militante, primeira mulher a presidir o país pode e precisará responder a emergência climática

Por Lucas Berti, Maurício Brum | Edição: Giovana Girardi, Bruno Fonseca, Agência Pública

Entre os vários simbolismos da vitória histórica de Claudia Sheinbaum – a primeira mulher presidenta na história do México, eleita no domingo, 2 de junho –, um deles se destaca: sua longa carreira científica e suas promessas de guinada em prol de uma agenda climática sustentável. Para pesquisadores da área, o perfil de Sheinbaum pode ser um ponto de virada para os rumos da governança ambiental no segundo maior país da América Latina. (mais…)

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Só para ricos: como privatização fez o povo sumir das praias na Itália. Por Estevam Silva

Para ingressar em uma praia privatizada, italianos precisam pagar tarifas que vão de 20 a 150 euros — isso é, de R$ 114 a R$ 912

No Opera Mundi

Com seu território projetado sobre as águas cálidas do Mar Mediterrâneo e um extenso litoral de quase 8.000 quilômetros, a Itália concentra algumas das mais belas praias da Europa. Das enseadas de areias brancas e águas cristalinas da Calábria às encostas rochosas da Ligúria, as praias italianas atraem turistas de todo o mundo e contribuem de forma significativa para as receitas do país. A cultura praieira é um fenômeno enraizado na identidade italiana, e o êxodo massivo de famílias que se dirigem ao litoral para curtir as férias de verão — a “vacanza al mare” — é uma tradição bastante popular no país. Ou ao menos era, antes das praias serem privatizadas. (mais…)

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