Quando eles voltarão?

Isolamento de Israel reacende uma hipótese-tabu. E se os palestinos tiverem direito a um Estado, e puderem retornar às terras roubadas a partir de 1948? Tel-Aviv busca caminho oposto: completar o genocídio, despejando-os no Egito

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Abdul Rahman Yassin tinha 8 anos quando se iniciou a Nakba (“catástrofe”, em árabe). 750 mil palestinos foram expulsos de suas casas, num processo violento de ocupação de terras, voltado à formação do Estado de Israel. “Eu me mudei com minha família da aldeia ocupada de Al-Joura em 1948 e me estabeleci com eles no campo de refugiados de Nuseirat, no meio da Faixa de Gaza”, conta Yassin ao Palestine Chronicle. (mais…)

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‘Cicatrizes em todas as ruas’: o campo de refugiados onde gerações de palestinos perderam o seu futuro

Por Ghaith Abdul-Ahad, do The Guardian, em

NOTA DE NOSSO FUTURO ROUBADO 1: Por que publicar essa matéria? Porque ela nos mostra como a visão de mundo eurocêntrica age em todo o mundo, desde o século XVI. E a similitude com nossa realidade está na mesma ação de como os franceses e os ingleses manipularam na criação do estado de Israel em 1948, sendo o mesmo que os ditadores militares brasileiros fizeram no início dos anos 70 com os povos da Amazônia, todo o centro oeste e o Cerrado. Repetiu-se o que os ibéricos fizeram com o continente da América do Sul no século XVI com suas capitanias hereditárias dos portugueses e as ‘encomiendas’ dos espanhóis. (mais…)

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Refugiados brancos e refugiados pretos

Por Halley Margon, em Terapia Política

Na madrugada da sexta-feira, 24 para 25 de junho, um grupo de umas tantas dezenas de refugiados tentou ultrapassar a barreira que impede sua entrada no paraíso: a cerca de Melilla, que no Marrocos separa a África da Espanha. A violenta repressão da polícia de fronteira deixou sobre o terreno um amontoado de corpos, não se sabe quantos feridos, e uma trintena de mortos. Nas palavras do editorial publicado pela revista Ctxtas “imagens de feridos e detidos empilhados em um terreno baldio, cercados por policiais do país vizinho, que apenas se aproximam de seus corpos desarmados para lhes dar um golpe adicional, produzem um calafrio moral”.

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Sem olhos azuis: o drama dos refugiados africanos esquecidos no sul da Espanha

Quando falamos de países em conflito no continente africano, a realidade é ainda mais chocante e deprimente

Tadeu A. Matheus*, Brasil de Fato

Neste exato momento está acontecendo uma barbárie contra refugiados africanos no sul da Espanha, e a mídia hegemônica não deu uma nota. É o pacto narcísico que Cida Bento nos traz como marco conceitual. A empatia e comoção com brancos europeus de olhos azuis jamais será a mesma quando vemos os refugiados do Afeganistão, da Líbia ou do Marrocos. Mas temos que informar que essa barbárie que ocorre nas fronteiras sul da Espanha não é algo novo. 

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As “identidades” e a invisível luta de classes

No drama dos imigrantes, uma chave para compreender o estratagema das elites dominantes: querem converter conflito social a mera disputa entre etnias ou gêneros. É outra máscara da eterno esforço para dividir os explorados

Por Nuno Ramos de Almeida, em Outras Palavras

A portuguesa Ana Telma Rocha interrompeu um direto da Sky News para expressar a sua revolta. Vive há quase 20 anos no Reino Unido. Serviu nesse país “em 32 empregos diferentes”, segundo confessa. Trabalha 63 horas semanais. Cria riqueza na Grã-Bretanha, mas só serve para trabalhar calada. Na hora de decidir, sobre o seu futuro e a sociedade em que vive, ela não é chamada.

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“Estamos vivendo na civilização do hardware militar, não para a guerra, mas para a fronterização”, afirma Achille Mbembe

Vivemos sob um novo regime de segurança global, segundo o filósofo camaronês Achille Mbembe: “Trata-se de um regime caracterizado pela militarização e miniaturização das fronteiras”.

por Ángel Vargas, em La Jornada / IHU On-Line*

Em visita ao país [México], o também teórico político, que vive na África do Sul, proferiu, na segunda-feira [07/10], a conferência magistral Corpos como fronteiras: Uma crítica ao regime contemporâneo de migração global, como parte da Cátedra de Arte e Direitos Humanos Nelson Mandela, da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

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Medidas do governo contra a Lei de Imigração dificultam a situação de refugiados no país

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em 2018 foram quase 71 milhões de migrações forçadas em todo o mundo. Foram 2,3 milhões de pessoas a mais que em 2017, que era o antigo recorde. Mais da metade são de crianças e adolescentes. Nesse mapa, o Brasil também teve um aumento considerável no número de solicitações para reconhecimento da condição de refugiados com mais de 80 mil solicitações no ano passado. Desse total, 62 mil são de venezuelanos. Os estados que mais receberam solicitações foram Roraima, Amazonas e São Paulo. Ainda segundo o Acnur, o Brasil é o principal destino de refugiados na América Latina. A situação dessa população foi discutida em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM).

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