Museologia Social na Vila Autódromo: Um Novo Jeito de Pensar Museus

Chloe Villalobos, Claire Jones – RioOnWatch

Lutando para continuar dando voz àqueles que geralmente são silenciados, o Museu das Remoções, a Vila Autódromo e a Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro se uniram para oferecer um curso de três dias denominado “Museologia Social: Poéticas e Políticas em Movimento, A Partir de Experiências Concretas“. O evento aconteceu entre 19 e 21 de maio, na Igreja da Vila Autódromo, o único prédio preservado após às remoções e demolições que antecederam os Jogos Olímpicos e um símbolo de resistência da comunidade. Durante as demolições, a igreja serviu como depósito, abrigando móveis de moradores e servindo com a nova sede da associação de moradores, e atualmente faz parte do Museu das Remoções. (mais…)

Ler Mais

Museu Histórico Nacional Recebe Acervo Documentando Resistência da Vila Autódromo à Remoção Olímpica

Chloe Villalobos –  RioOnWatch

Emoção e empolgação preencheram o auditório Gilberto Gil no Museu Histórico Nacional do Rio (MHN) no dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, quando o museu recebeu o acervo da Vila Autódromo que documenta a história da luta da comunidade contra a remoção. A favela, localizada ao lado do Parque Olímpico do Rio, enfrentou enormes pressões para a remoção por parte da prefeitura, mas um pequeno grupo de famílias conseguiu permanecer até o fim. Toda a comunidade–com exceção da Igreja Católica e uma casa que continua lutando na justiça–foi demolida, e apenas vinte famílias conseguiram ficar em casas recém construídas no local. A cerimônia marcou um momento simbólico na história do Brasil, onde, pela primeira vez, o MHN envolveu-se em um processo coletivo para criar um espaço de ação e resistência, além da tradicional exposição do museu. Como afirmou a moradora e ativista Maria da Penha, “o acervo serve mais como uma ferramenta de resistência do que simplesmente para preservação de memória”. (mais…)

Ler Mais

Comunidade Vila Hípica no Alto da Boa Vista protesta remoção ‘mascarada’ por corte de eletricidade

Jennifer Chisholm – RioOnWatch

Um grupo enérgico reuniu-se no sábado, 25 de março, para mostrar apoio à comunidade da Vila Hípica, situada no Parque Nacional da Tijuca, no Alto da Boa Vista. Três anos atrás, a administração do Parque decidiu cortar o acesso da comunidade à rede elétrica, deixando os moradores sem energia. De acordo com duas moradoras da Hípica, Lucy da Cantara e Maria Teruz, cada família da comunidade costumava pagar R$90 por mês quando o Parque lhes enviada as contas de luz, mas há três anos, o Parque parou de enviar as contas e logo depois a energia elétrica foi cortada. A administração afirma que a energia foi cortada a fim de melhorar a rede elétrica, mas os moradores notaram que outros, incluindo o comércio local, mantêm o acesso à rede elétrica, enquanto os moradores da comunidade foram deixados na escuridão. Os apoiadores estão convencidos de que as ações do Parque são uma maneira indireta de tentar forçar os moradores a deixarem suas casas. (mais…)

Ler Mais

MPF/RJ acompanha impactos de obras na BR-393 a moradores da Vila Maia, em Barra do Piraí

Objetivo é garantir direito a moradia de famílias cujos imóveis estão sendo removidos para realização das obras

MPF/RJ

O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda (RJ) instaurou inquérito civil público para acompanhar os impactos de obras na BR-393 (Rodovia Lúcio Meira) sobre o direito à moradia das famílias que vivem na Vila Maia, em Barra do Piraí (RJ). A Concessionária Rodovia do Aço (Acciona), responsável pelas obras, tem movido ações de reintegração de posse ou demolição dos imóveis construídos à margem da rodovia, em área de domínio federal. A concessionária alega que as moradias foram construídas irregularmente. (mais…)

Ler Mais

Removidos pelo Parque Olímpico lutam por compensação mais justa

Famílias expulsas para dar lugar ao complexo, hoje abandonado, foram à Justiça por reparação; dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação comprovam tratamento desigual dado pelo governo Eduardo Paes

por Mariah Queiroz, da Agência Pública

A notícia de que as arenas do Parque Olímpico estão abandonadas não trouxe alento para ex-moradores da Vila Autódromo como Luciana Souza da Silva. Afinal, na região em que antes moravam mais de 500 famílias num local privilegiado, à beira da lagoa de Jacarepaguá, onde ficava a Vila Autódromo, hoje há espaços vazios, mal aproveitados e deteriorando-se. Apenas 20 famílias conseguiram permanecer em uma porção pequena do terreno antes ocupado pela comunidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. (mais…)

Ler Mais

O desafio da saúde mental nas favelas do Rio

Alix Vadot – RioOnWatch

Problemas psicológicos, sem tratamento, podem causar impactos graves que ultrapassam a saúde mental básica. Mesmo uma ansiedade mínima pode levar a um acúmulo do hormônio de estresse conhecido como cortisol, que pode levar a um estado físico deteriorado. Nas áreas desfavorecidas, como em algumas favelas, o estresse enfrentado pelos moradores diariamente pode ser extremamente alto. Uma medida elevada deste estresse, chamada carga alostática, está relacionada à diminuição da capacidade de auto regulação, de fazer planos, e da memória operacional. De acordo com Martha J. Farah, que estudou os efeitos psico-fisiológicos de viver na pobreza nos EUA, há uma forte correlação negativa entre viver anos na miséria e o funcionamento cognitivo do cérebro. (mais…)

Ler Mais

Especial Vigilância: Um infiltrado na vila Autódromo

Como um guarda civil tentou dar uma de James Bond e acabou expulso da comunidade que resistiu à Olimpíada

Por Gabriele Roza e Giulia Afiune da Agência Pública

Quando um guarda municipal à paisana entrou na casa de Maria da Penha Macena, uma das principais lideranças da Vila Autódromo, já fazia anos que a comunidade estava ameaçada de remoção pela prefeitura do Rio de Janeiro comandada por Eduardo Paes (PMDB). Grande parte das 500 famílias que viviam na comunidade vizinha ao Parque Olímpico já havia sido removida para dar lugar a vias de acesso ao complexo esportivo. Depois dos Jogos, o local seria cedido a um consórcio entre Odebrecht e Carvalho Hosken para construir ali torres de apartamentos de luxo. (mais…)

Ler Mais