Belo Monte: povos da Volta Grande reivindicam que o Ibama liberte o Xingu

Animação ‘Hidrograma das Piracemas’, feita em parceria com indígenas e ribeirinhos, denuncia como o sequestro de 70% das águas do rio pela hidrelétrica transforma vida em morte numa das regiões mais biodiversas da Amazônia

por HELENA PALMQUIST, em Sumaúma

A gente tem mais facilidade para proteger aquilo que conhece e ama. É dessa premissa que parte a animação Hidrograma das Piracemas, a mais recente criação audiovisual, artística, científica e política direto da Volta Grande do Xingu para o mundo. Logo no começo a tela mostra um globo de águas e florestas que, conforme a câmera se aproxima, revela o curso do Xingu. “Quando as águas falam, os peixes escutam. É uma delicada conversa, e as peixas sabem exatamente quando subir o rio, quando ir para a piracema [local de reprodução das espécies aquáticas]”, diz a voz grave do narrador Erik Vesch, enquanto a câmera mergulha para mostrar a dança dos peixes nas águas. SUMAÚMA teve acesso com exclusividade à animação, agora oferecida em primeira mão a nossos leitores e apoiadores. (mais…)

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Coletivo divulga manifesto por justiça em ‘Massacre do Abacaxis’, no AM, e denuncia interferência nas investigações

O “Coletivo Pelos Povos do Abacaxis”, composto por 17 organizações da sociedade civil, divulgou o manifesto “Massacre do Abacaxis: uma operação de extermínio”, na quarta-feira (17)

POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO CIMI REGIONAL NORTE 1

O “Coletivo Pelos Povos do Abacaxis”, que tem a participação de 17 organizações da sociedade civil, entre elas o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgou, nesta quarta-feira, 17.05, o manifesto “Massacre do Abacaxis: uma operação de extermínio”, durante entrevista coletiva realizada na Cúria Metropolitana de Manaus, no Centro da capital do Amazonas. A carta é um pedido de justiça pelos crimes cometidos, em 2020, por integrantes, à época, da alta cúpula de segurança do Estado, contra os povos que habitam os rios Abacaxis e Mari-Mari, nos municípios de Nova Olinda do Norte e Borba (distante 135 km de Manaus). (mais…)

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Em nota, organizações indígenas e indigenistas afirmam sentir alívio após indiciamento de supostos mandantes do “Massacre do Rio Abacaxis”

Nesse episódio, ocorrido em agosto de 2020, quatro ribeirinhos e dois indígenas do povo Munduruku perderam a vida

Cimi

Na última quarta-feira (17), organizações indígenas e indigenistas, e também apoiadoras da causa, publicaram uma nota em tom de alívio e esperança: no final de abril, dois ex-integrantes da alta cúpula de segurança do estado do Amazonas foram indiciados como supostos mandantes do massacre ocorrido em agosto de 2020, na região dos rios Abacaxis e Mari-Mari, entre Borba e Nova Olinda do Norte (AM). (mais…)

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Massacre do Abacaxis: uma operação de extermínio

Nesta quarta-feira, 17, em coletiva de imprensa na Cúria da Arquidiocese de Manaus, o Coletivo Pelos Povos do Abacaxis e outras redes de defesa dos povos da Amazônia anunciaram que receberam com “alívio e esperança” a notícia do indiciamento de integrantes da alta cúpula de segurança do Estado do Amazonas como supostos mandantes do chamado “Massacre do Abacaxis”, ocorrido em agosto de 2020, quando quatro ribeirinhos e dois indígenas Munduruku foram mortos a tiros durante uma ação policial. A CPT e o CIMI estão entre as 17 organizações que assinam a nota emitida pelo Coletivo.

CPT

No documento, movimentos e organizações sociais voltam a cobrar celeridade na identificação e responsabilização dos envolvidos no episódio. (mais…)

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Território Ribeirinho, criado para reparar Belo Monte, é alvo da extrema direita

Ao atrasar o reassentamento da população tradicional expulsa pela hidrelétrica, Norte Energia se beneficia de uma campanha articulada entre ruralistas da região de Altamira e senadores da base bolsonarista

por CLAUDIA ANTUNES, em Sumaúma

Passados sete anos de sua expulsão das margens e das ilhas do rio Xingu para dar lugar ao reservatório da hidrelétrica de Belo Monte, cerca de 300 famílias ribeirinhas da região de Altamira, no Pará, ainda esperam pelo território no qual pretendem recuperar seus modos de sustento e de vida. A criação do chamado Território Ribeirinho, aprovada em 2019 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como maneira de reparação a essa comunidade tradicional, é uma das condições do órgão ambiental no processo em que, neste momento, se examina a renovação da licença de operação da usina. No entanto, a falta de providências efetivas da Norte Energia, empresa concessionária da hidrelétrica, para a criação do Território Ribeirinho, por um lado, e de cobranças efetivas do Ibama para que ela cumpra essa condicionante, por outro, está alimentando uma nova ofensiva dos ruralistas locais e de seus aliados em Brasília contra o projeto, que exige a desapropriação de terras. (mais…)

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Sob a calamidade das enchentes, Acre escancara o racismo ambiental

ClimaInfo

As águas não param de subir no Acre, após quase uma semana com o estado sendo castigado por chuvas extremas. Na terça-feira (28/3), o rio Acre, que banha a capital Rio Branco, subiu 16 centímetros e atingiu 17 metros, 3 metros acima da cota de transbordo. A cidade, de acordo com o g1, somava mais de 3,5 mil desabrigados, com 37 bairros atingidos. O total de atingidos na capital acreana superava 40 mil pessoas até a manhã de quarta-feira (29/3), informa o AC 24 horas. (mais…)

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A solução para o caos ambiental de Belo Monte está na mesa do Ibama

Pesquisadores indígenas, ribeirinhos e da academia apresentaram à Procuradoria-Geral da República dados alarmantes que mostram: o Rio Xingu está morrendo

por Clara Roman, no ISA

O pulso do Rio Xingu é o que garante a vida do próprio rio e de todos os seres que o habitam. Os povos indígenas e ribeirinhos da Volta Grande do Xingu – trecho do rio logo após o barramento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte – sempre souberam disso. (mais…)

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