Uma combinação de chuva abaixo do normal, seca extrema, ondas de calor, altas temperaturas, fumaça e efeitos da degradação ambiental atinge a população amazônica. As pessoas em condição de vulnerabilidade são as maiores vítimas da emergência climática. No Amazonas, as vias de transporte são quase que exclusivamente via fluvial. Com a vazante severa, comunidades rurais e ribeirinhas estão isoladas, sem acesso a água potável e alimentação. A Amazônia Real esteve na aldeia Branquinho, no rio Tarumã-Açu, afluente do rio Rio Negro, em Manaus, e relata como tem sido o impacto da seca no local.
Por Elaíze Farias e Juliana Pesqueira (fotos), na Amazônia Real
Manaus (AM) – Debaixo de um sol implacável, temperaturas elevadas e sem precedentes e uma seca na bacia amazônica que já é considerada histórica, Inaíra Melo de Freitas, indígena do povo Tukano, procura passagem por áreas menos rasas no rio Tarumã-Açu, em Manaus, no Amazonas. Ela segue o imperativo da grande vazante que vem afetando a população da região em 2023, orientando-se pelo instinto e por um conhecimento que somente agora está acumulando, adaptando-se ao que não estava acostumada. (mais…)