Os desdobramentos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ultrapassam a tragédia familiar e revelam como, no Rio de Janeiro, polícia e política são gêmeos siameses
Por: IHU e Baleia Comunicação
Nesta segunda parte da entrevista com Jacqueline Muniz, a antropóloga aprofunda o debate sobre as relações entre a polícia e a política em uma espécie de mercado da morte. “A solução ‘morte’ tem sido uma solução barata. Como eu digo: quem mata tem o mérito de limpar a sociedade do crime, quem morreu mereceu. O ‘bandido bom é bandido morto’ tem elevado a rentabilidade política eleitoral, porque produz queima de arquivo, mata-se a galinha dos ovos de ouro da investigação, do trabalho de inteligência”, pondera. (mais…)