Mais Médicos: surge uma contradição na base do SUS

Estaria o programa servindo para precarizar o trabalho na Atenção Básica? Dois médicos de família alertam: já se fazem contratações injustificáveis pelo programa. Sem estratégia para fixar os profissionais a longo prazo, problema da falta de assistência não se resolverá

Marco Tulio Pereira e Ricardo Heinzelmann em entrevista a Gabriel Brito, em Outra Saúde

Festejado pelo governo Lula como grande símbolo da “reconstrução”, o programa Mais Médicos quebrou recordes de adesão e beira os 30 mil profissionais contratados, distribuídos por unidades de saúde de todo o Brasil. (mais…)

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Como fazer o SUS chegar aos quilombos

Política Nacional de Saúde Integral da População Quilombola pode significar novo passo nos cuidados de comunidades historicamente marginalizadas. Conquistada pela luta popular, promove territórios sustentáveis e valorização de saberes tradicionais

por Diana Anunciação e Carlos Alberto Santos De Paulo, em Outra Saúde

O termo Quilombolas ou comunidades remanescentes de quilombos é utilizado no Brasil, desde o final dos anos 80, para se referir a territórios ancestrais que congregaram povos africanos e seus descendentes, além de indígenas e outros, que resistiram ao processo de escravização e genocídio. Embora o direito tenha positivado a identidade política e social destas comunidades, a partir do seu reconhecimento como portadoras de direitos específicos, conforme assegura a Constituição Federal da República do Brasil de 1988, estas seguem em um tortuoso contexto de incompletude da sua cidadania, invisibilidade, exclusão social e vulnerabilização, aprofundado pela marca do racismo estruturante da sociedade brasileira. (mais…)

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Por que apoiar práticas de matriz africana no SUS

Rio seria a primeira cidade a reconhecer fazeres do povo de terreiro como promoção de saúde – mas voltou atrás, dias depois. Conhecimento ancestral afro-brasileiro é eficiente no cuidado e prevenção, e sua legitimação é prevista pela Política de Saúde da População Negra

por André Lemos, em Outra Saúde

No dia 19 de março de 2025 a Prefeitura do Rio de Janeiro publicou, no Diário Oficial, a Resolução Conjunta das Secretarias de Meio Ambiente e Clima e Saúde (nº2), pelo reconhecimento das práticas e as comunidades de matrizes africanas como promotoras da saúde e de cura complementares ao SUS. Porém, uma semana depois, 25 de março, a mesma prefeitura a revogou via Decreto (nº 55824) sem muitas explicações. Tudo indica que foi uma articulação política institucional (apoiada por movimentos sociais) que foi barrada no âmbito da execução e gestão. (mais…)

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Saúde privada busca volta à desregulação

ANS, que deveria controlar as operadoras, age em seu favor ao propor teste com planos “minimalistas”: sem atendimento de urgência e terapias. Abre caminho para precarizar acesso, fragmentar e diminuir a qualidade do atendimento, como nos tempos pré-legislação

por Alzira Jorge, Fausto Pereira dos Santos e Rômulo Paes, em Outra Saúde

No dia 25/2/2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou audiência pública para discutir proposta de implementação de um tipo de plano de saúde específico denominado de “Plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames”. Essa modalidade permite a flexibilização do processo regulatório para planos restritos, permitindo a oferta de seguros exclusivamente ambulatoriais, que não contariam com atendimento a urgências, nem procedimentos terapêuticos. A proposta propõe a alteração da Lei 9656/1998, possibilitando a comercialização de planos de saúde sem a garantia da integralidade da atenção. (mais…)

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Sônia Fleury: “A união está impedindo a reconstrução”

Em debate da Frente pela Vida, sanitarista alerta: política econômica e de alianças do governo impedem o SUS e as políticas sociais de serem retomadas no ritmo que o povo precisa. “Macroeconomia da desesperança” pode ter consequências graves

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

“O próprio lema do governo, União e Reconstrução, não leva à discussão sobre o quanto a união impede a reconstrução. E mais ainda: não se aponta, com a ideia de reconstrução, para um projeto de futuro, mas para um passado que já levou à frustração do eleitorado”. (mais…)

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O que espera de Padilha o movimento sanitário

No dia seguinte à posse, representantes de entidades da saúde se reuniram com o novo ministro. Apresentaram a importância do diálogo constante – e frisaram o papel da aliança com os movimentos sociais para dar novo ritmo à reconstrução do SUS

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Na terça-feira (11/3), um dia após assumir a direção do Ministério da Saúde (MS), Alexandre Padilha teve como uma de suas primeiras agendas um encontro com representantes da Frente pela Vida (FpV), importante articulação nacional que reúne entidades científicas e do movimento sanitário que lutam em defesa do SUS, e do Conselho Nacional de Saúde. (mais…)

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Nísia Trindade: “Fui ministra do SUS”

Em sua despedida, ela falou sobre seus 25 meses à frente do Ministério da Saúde, após anos de destruição. Enalteceu o trabalho conjunto e a participação social. E criticou aqueles que a atacaram sistematicamente

por Nísia Trindade, Outra Saúde

Ontem, 10 de março, em Brasília, aconteceu a posse do novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na cerimônia, que também empossou Gleisi Hoffmann na pasta da Secretaria de Relações Institucionais, Nísia Trindade fez sua despedida. Outra Saúde publica, abaixo, seu discurso na íntegra. É possível assistir à cerimônia completa aqui. (mais…)

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