A população trans pede passagem no SUS

Em debate na Fiocruz, pesquisadora relaciona padrão de beleza com status social e racismo no Brasil. E defende: sistema de saúde deve garantir cirurgias de afirmação de gênero com menos barreiras, para garantir dignidade e segurança a transexuais

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Há 20 anos, o Estado brasileiro reconhecia a necessidade de elaborar uma agenda de direitos da população transexual e travesti. Assim, passou-se a considerar janeiro o mês da visibilidade trans, pauta que indiscutivelmente avançou não só na institucionalidade como em diversos espaços da vida social. Na semana passada, a Fiocruz reuniu pesquisadores para celebrar a visibilidade dessa população e produzir reflexões a partir dos trabalhos dos convidados. (mais…)

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Os planos do Brasil para a Saúde no G-20

Chefe da assessoria internacional do ministério antecipa agenda do país para negociações deste ano. Ela inclui estímulo à soberania dos países na produção de vacinas e medicamentos – além de um tratado pandêmico que enfrente o apartheid sanitário

por Gabriel Brito, Outra Saúde

Experiente, o diplomata Alexandre Ghisleni viu de perto o isolamento internacional do Brasil nos anos Bolsonaro, quando ocupou a chefia do departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, enquanto um chanceler não se assombrava em avisar ao mundo que o país se dispunha a se tornar pária global. Agora, Ghisleni observa as oportunidades que se reabrem com a ascensão de um governo saudado pela comunidade internacional. Está em outro posto. Agora, comanda a Assessoria Especial de Assuntos Internacionais (Aisa) do Ministério da Saúde. Não tem dúvidas em afirmar que 2024 é um ano em que o Brasil tem oportunidades decisivas diante de si. (mais…)

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Para onde vai a Saúde em 2024, segundo Nísia

Em entrevista ao Cebes, a ministra discorre sobre o que foi feito e os projetos para 2024. A integralidade será o norte da pasta, conta ela. Mas há enormes desafios, em especial na relação com o Congresso e na grave ameaça de descumprimento do piso constitucional

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Nesta segunda-feira (29/1), a ministra da Saúde Nísia Trindade concedeu uma breve entrevista ao programa semanal de entrevistas do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes), o Cebes Debate. No diálogo, Nísia comentou temas como os projetos para a saúde global que o Brasil pretende impulsionar na presidência do G20 – entre eles, a preparação conjunta para as próximas emergências sanitárias e ações de transformação digital da saúde. E também contou sobre os planos do Ministério da Saúde (MS) para 2024. (mais…)

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Ministério da Saúde vai debater uso da medicina indígena no SUS

Portaria foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

Portaria do Ministério da Saúde publicada na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (24) cria, no âmbito da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), um grupo encarregado de elaborar proposta para o eventual estabelecimento de um programa nacional de emprego da medicina indígena no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi-SUS). (mais…)

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Rosana Onocko: Os grandes desafios estão à frente

Presidente da Abrasco celebra o fim do obscurantismo e o início da reconstrução do Ministério. Mas ressalta: falta muito para um novo projeto de Saúde Pública – e a ameaça de eliminar o piso constitucional pode pôr tudo a perder

Rosana Onocko-Campos em entrevista a Guilherme Arruda, em Outra Saúde

“Saímos de mares tenebrosos. Estamos agora navegando com alguns rumos definidos, mas também com várias incertezas e talvez algumas tempestades pela frente, para as quais estamos tentando alertar”. A definição bastante marinheira do que foi 2023 para a Saúde no Brasil é de Rosana Onocko-Campos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e uma das articuladoras da Frente Pela Vida. (mais…)

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Temporão: A virada pode vir da indústria

Ex-ministro avalia que, com Nísia Trindade, a ciência está de volta, após período tenebroso. Mas acredita que falta atuar sobre o setor privado, para avançar. E vê, no Complexo Industrial da Saúde, o maior potencial de mudança

José Gomes Temporão em entrevista a Gabriel Brito, em Outra Saúde

Concluído o primeiro ano do terceiro mandato de Lula, chega-se a um momento de avaliações a respeito de suas realizações. No âmbito da Saúde, foram muitas as iniciativas do Ministério comandado pelo socióloga Nísia Trindade Lima, que teve a árdua missão de reerguer a pasta de maior dotação orçamentária dos escombros do bolsonarismo. Nesta entrevista ao Outra SaúdeJosé Gomes Temporão, também ex-ministro da Saúde, faz uma análise deste primeiro ano no campo da saúde. (mais…)

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Dez pontos para reforçar a Saúde do Trabalhador

Hoje, Brasil tem políticas desarticuladas para o setor, que acabam sendo concorrentes, não complementares. Pesquisador propõe série de medidas para uma abordagem única – reafirmando a centralidade do trabalho na saúde e o papel estratégico do SUS

Por Diego de Oliveira Souza, autor convidado, em Outras Palavras

Analisar a saúde do trabalhador e da trabalhadora (STT) é olhar para um objeto em paralaxe. A depender do lugar do qual o sujeito observa, o objeto assume posições e imagens distintas. Nessa analogia, como o objeto é de caráter social, o observador (sujeito coletivo) é atravessado por interesses de classe, saiba ele ou não. Se o ponto de partida (de vista) é uma perspectiva afim aos interesses de empresários industriais ou do agronegócio, de grupos financeiros e outros segmentos da burguesia, interessa olhar para esse objeto como um fator no processo produtivo, a ser manejado pela própria burguesia ou por agentes a seu serviço, para garantir a produtividade. (mais…)

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