Ninguém perguntou às meninas que trabalham em casas de família do Nordeste se elas queriam estar ali

Por Nayara Felizardo, no The Intercept Brasil

Desde os sete anos de idade, eu e meu irmão mais novo ajudávamos nosso pai na lida com o gado. No tempo da seca, no interior de Pernambuco, a gente andava cerca de 10km para levar os animais da roça até o único lugar onde tinha água para eles beberem. Esse poderia ser mais um texto sobre “eu também trabalhei quando era criança e isso não me atrapalhou em nada”, mas existe uma diferença muito grande entre ajudar os pais e ser explorado por um patrão.

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A real face do trabalho infantil no Brasil

País tem 2 milhões de menores exercendo atividades muitas vezes degradantes e que lhes negam direitos garantidos por lei. Realidade está essencialmente ligada à pobreza e à herança escravocrata, dizem especialistas.

Por Karina Gomes , no DW

Mais de 2 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham em todo o país. Mas chega a 20 milhões o número daqueles que exercem, em casa, afazeres domésticos ou cuidados de pessoas, o que representa mais da metade das crianças brasileiras.

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18 de maio: todo dia é dia de combate ao abuso e à exploração sexual infantil

Por Bruno Gomes Borges da Fonseca, no Justificando

18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil (Lei 9.970/00). Esta data foi escolhida em virtude do crime cometido contra Araceli, uma menina de apenas 8 anos de idade, abusada sexualmente e brutalmente assassinada em 18 de maio de 1973.

A CF/88 prevê como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à educação, à dignidade e ao respeito, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (art. 227). Determina ainda que a lei deverá punir o abuso, a violência e a exploração sexual infantil (art. 227, §4º).

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Futebol foi o sonho de liberdade de um jovem escravo em fazenda na Amazônia, por Leonardo Sakamoto

no blog do Sakamoto

Cerqueiros perfuravam o chão, plantando mourões e passando arame por quilômetros a fio sob o sol forte da Amazônia paraense. O serviço era pesado: dependendo do relevo, a cabeça ardia por dias até que se completasse um quilômetro de cerca. O pequeno açude, turvo e sujo, servia para matar a sede, cozinhar e tomar banho. Um perigo, pois a pele ficava impregnada com o veneno borrifado para tratar o pasto. Dessa forma, a terra ia se dividindo – não entre os cerqueiros, que continuarão sonhando com o dia em que plantarão para si, mas em grandes pastos para os bois. Dentre os trabalhadores, olhos claros e pele queimada, Jonas, de 14 anos. (mais…)

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No Brasil, mobilidade social é um conto de fadas para acalmar os pobres. Por Leonardo Sakamoto

No blog do Sakamoto

Para que os descendentes de um casal de brasileiros que está entre o 10% mais pobre atinjam o rendimento médio do país seriam necessárias nove gerações. Esse dado pertence a um estudo sobre mobilidade social organizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta sexta (15). Entre 30 países analisados, o Brasil só não é pior do que a Colômbia nesse quesito. (mais…)

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Dia de combate ao trabalho infantil: erradicação pode estar ameaçada no Brasil

Na avaliação de especialistas, desmontes trabalhistas e cortes no orçamento podem impactar estatísticas

Júlia Dolce, Brasil de Fato 

O trabalho infantil voltou a crescer nos últimos três anos, depois de mais de uma década em queda. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registram contínua redução do número de crianças e adolescentes trabalhando no país entre 2005 e 2014. Em 2015, porém, o contingente voltou a crescer, alcançando 2,7 milhões. (mais…)

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Milhões de adultos sem emprego e crianças ainda trabalham, diz Nobel da Paz. Por Leonardo Sakamoto

no blog do Sakamoto

”Em um mundo onde há 210 milhões de adultos sem emprego, por que 152 milhões de crianças estão envolvidas em trabalho infantil?”

A pergunta do indiano Kailash Satyarthi – que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 2014, por sua luta contra o trabalho escravo e infantil – pode ser respondida de diversas formas. Cada uma delas capaz de provocar mais vergonha que a outra: porque crianças são mais facilmente exploradas, porque paga-se menos a crianças, porque não se garante condições para as famílias pobres. Vale para o mundo, mas também ao Brasil. (mais…)

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