Tragédia de Mariana: Mais um acordão sem os atingidos?

Governo e empresas correm para selar “acordo de reparação” sem ouvir as vítimas. Temem julgamento internacional que ocorre em Londres. Há quase uma década, processo é marcado por desvios de fundos rescisórios e não responsabilização por crimes

Por Maurício Angelo e Ígor Passarini, no Observatório da Mineração

Quase nove anos depois do rompimento da barragem de Mariana em Minas Gerais, propriedade de Samarco, Vale e BHP, considerado o maior desastre socioambiental do Brasil e o caso mais complexo tramitando na justiça brasileira por seu ineditismo, número de atores envolvidos e extensão do dano, um acordo no valor de R$ 170 bilhões em números finais para tentar uma solução definitiva foi anunciado hoje. (mais…)

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Carta de repúdio à ação da Vale S. A. contra o sepultamento do cacique Kamakã

Justiça que mantém impune a Vale que enterra viva 272 pessoas em Brumadinho – MG é a mesma que autoriza a Vale a negar o direito de sepultamento do cacique do povo Kamakã em seu território

Comitê Nacional em Defesa os Territórios frente à Mineração

A Rede Igrejas e Mineração de Minas Gerais, a Comissão Especial para Ecologia Integral e Mineração da CNBB,  o Conselho indigenista Missionário – CIMI, a Comissão Pastoral da Terra – CPT, a Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais, o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente a Mineração, o Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM, o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, o SOS Corpo – Instituto Feminista para Democracia, o Processo de Articulação e Diálogo – PAD, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, vem, através desta, manifestar sua profunda indignação com a decisão da Justiça Federal da 6ª Região, de Belo Horizonte, em favor da Empresa Vale S/A, que proíbe a Retomada Kamakã Mongoió em Brumadinho (Córrego Areias), de semear o corpo do Cacique Merong Kamakã Mongoió, no território sagrado da comunidade. (mais…)

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Justiça intima Vale a explicar acordos de Brumadinho 5 anos após a tragédia

Mineradora é acusada de incluir cláusulas abusivas nos acordos individuais, enquanto segunda instância da Justiça mineira corta em até 80% indenizações a atingidos, mostra levantamento.

ClimaInfo

Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da Vale, matou 270 pessoas, poluiu o rio Paraopeba e causou um rastro de destruição e desamparo em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Cinco anos depois, a dor dos atingidos pela maior tragédia ambiental do país ganha novos dramas, que envolvem o habitual descaso da mineradora e a anuência de parte da Justiça com os desmandos da companhia. (mais…)

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Justiça de Minas corta em até 80% o valor de indenizações a atingidos de Brumadinho

Pesquisa obtida com exclusividade pela Repórter Brasil analisou 319 processos julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais; De cada quatro decisões, três foram desfavoráveis aos atingidos pela rompimento da barragem da mineradora Vale

Por Fábio Corrêa, em Repórter Brasil

Quando o mar de lama desceu no fim daquela manhã, levando tudo que estava pela frente, Ricardo Aparecido da Silva, de 49 anos, estava no volante do caminhão, transportando minério entre duas empresas de pequeno porte em Brumadinho (MG). A poucos quilômetros dali, o gari Alcione Oliveira Borges, de 45 anos, fazia a coleta de lixo. (mais…)

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Ataque de seguranças da Vale a famílias no Pará passa anos sem investigação e segue impune

Violência foi ignorada pela polícia por 3 anos até pedido da Pública e expõe crise que se espalha pelo sudoeste paraense

Por Texto: Caio de Freitas Paes | Edição: Ed Wanderley, em Agência Pública

Agressões, intimidações e até um caso de homicídio marcam o trabalho da multinacional de segurança privada SegurPro para a mineradora Vale no sudeste do Pará. A região é marcada pela violência contra camponeses, como mostra o Mapa dos Conflitos, elaborado pela Agência Pública a partir dos relatórios anuais de conflitos no campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) entre 1985 e 2020. Um dos casos que seguem impunes ocorreu em 21 de junho de 2020, quando cerca de 50 vigilantes da companhia atacaram mais de 150 pessoas na calada da noite, ferindo trabalhadores rurais, crianças e idosos na comunidade Nova Conquista I, na área da antiga fazenda Lagoa, à beira da rodovia BR-255 em Parauapebas (PA), a mais de 700 km de Belém. (mais…)

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Decisão da Justiça compromete atuação de assessorias técnicas na bacia do Paraopeba junto a pessoas atingidas pela Vale

Na última semana, ofício comunicou decisão de corte de 40% nos trabalhos das organizações que acompanham o processo de reparação. Nesta quinta-feira, Aedas, Nacab e Instituto Guaicuy enviaram documento à Justiça  argumentando inevitáveis impactos na vida das pessoas atingidas pela mineradora. 

Instituto Guaicuy

A continuidade das assessorias técnicas independentes (ATIs) que acompanham o processo de reparação das pessoas atingidas pela Vale na Bacia do Paraopeba está ameaçada. No dia oito de março de 2023, foi encaminhado um documento em resposta a um ofício, por parte das Instituições de Justiça, (Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública Estadual) que determina a redução de mais de 40% no orçamento previsto nos planos de trabalhos do Acordo – firmado há pouco mais de dois anos entre  IJs, Vale e Governo – sendo válido para o primeiro semestre de 2023.  Essa realidade tornaria inviável a continuidade dos trabalhos da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), do Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab)  e do Instituto Guaicuy,  organizações responsáveis por assessorar os 27 municípios afetados pela mineradora com o rompimento da barragem em Brumadinho. Nesta quinta-feira (16), as três entidades enviaram um ofício para a Justiça alertando sobre as  consequências dessa decisão para estas comunidades. (mais…)

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