Será a hora de renacionalizar a Vale? Por Marie Madeleine Hutyra de Paula Lima*

Criada por Vargas para estimular a indústria brasileira, empresa joga hoje contra o país. Extrai e exporta montanhas de minérios mas concentra os lucros, devasta o ambiente e coloca em risco as populações. Brasil precisa de novo projeto mineral

em Outras Palavras

Puxadas por três locomotivas, as composições chegam a ter 330 vagões. Saem da serra de Carajás, no Pará, percorrem 892 quilômetros e, depois de atravessar cidades desse estado e do Maranhão, descarregam no porto em Itaqui, após 16 horas de viagem. Depositam seu carregamento de minérios, principalmente ferro, oriundo das minas cravadas na serra, para exportar… Por ano, 120 milhões de toneladas de minério bruto são transportados nessa linha, além de 350 mil passageiros. E a extração de minério é feita pela mesma empresa privada, a Vale S/A, que administra também a Estrada de Ferro Carajás. Qual a utilidade dessa viagem do trem? A resposta seria “levar o progresso”. Para onde? Para quem? De onde? Quem se aproveita desse “progresso”? Qual o “valor” dessa carga no trem? A pergunta transcende a questão numérica. É preciso situá-la no âmbito dos supostos “benefícios”, “utilidades” para os habitantes locais e a população brasileira em seu conjunto. E, quanto aos números, a vantagem para nossa economia. (mais…)

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Nota Pública – STJ nega recurso da Vale e mantém absolvição de professor em Marabá (PA)

CPT

Na última terça-feira (13), o Superior Tribunal de Justiça manteve decisão de inocentar Evandro de Medeiros, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) diante das acusações da mineradora Vale. O Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA) havia o inocentado em abril deste ano.

O processo de criminalização contra o professor começou em 2015, após uma manifestação que prestou solidariedade a famílias atingidas pela duplicação da Ferrovia de Carajás e pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG). A mineradora o aponta como coordenador da mobilização, com imputações de incitação ao crime e perigo de desastre ferroviário. (mais…)

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Pescadores exibem imagens de camarões cobertos de lama da Samarco/Vale-BHP

Pesca foi feita em pesqueiro próximo à foz do Rio Doce, à profundidade de 21 metros, permitida pela Justiça

Por Fernanda Couzemenco, no Século Diário

“O tempo é responsável por trazer literalmente à tona toda as injustiças desses quase sete anos do crime de Mariana”. A frase abre o depoimento feito pelo presidente do Sindicato dos Pescadores e Marisqueiros do Espírito Santo (Sindpesmes), João Carlos Gomes da Fonseca, o “Lambisgoia”, diante do flagrante da densa camada de lama tóxica presente num pesqueiro tradicional de camarão próximo à foz do Rio Doce, em Linhares, norte do Estado, na profundidade permitida pela Justiça para atuação dos pescadores, que é a partir de vinte metros. (mais…)

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Levantamento aponta como rompimento da Vale afetou vida profissional de pessoas atingidas

De acordo com a pesquisa, o dano referente a perda da renda do trabalho é o mais frequente nos relatos das pessoas atingidas.

Instituto Guaicuy

Aquicultura, pesca, agricultura familiar, turismo, comércio, construção civil: são diversas as profssões diretamente afetadas, até hoje, pelo rompimento da Vale em Brumadinho, ao longo dos 26 municípios atingidos na Bacia do Paraopeba e da represa de Três Marias. Levantamentos feitos pelo Instituto Guaicuy identifcaram como a vida profssional dos moradores e moradoras destas comunidades mudou desde o dia 25 de janeiro de 2019. As pesquisas apontaram que 64% dos entrevistados residentes de Curvelo e Pompéu afrmam ter tido redução de renda de ao menos uma das pessoas que compõem o domicílio em função do rompimento. Já na região do Lago de Três Marias, isso aconteceu com 43% dos residentes entrevistados.

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Trabalhador é assassinado por segurança da Vale em Marabá (PA)

Vítima era filho de homem assassinado em massacre no mesmo município, em 1985; entidades divulgam nota pública que expõe sobre o crime e denuncia a escalada da violência no estado

Assessoria de Comunicação da CPT Nacional

No último dia 14 de maio, o trabalhador Reginaldo Pereira de Oliveira, de 46 anos, foi assassinado por segurança de empresa SegurPro, que presta serviço para a mineradora Vale S.A, às margens da Ferrovia Carajás, em Marabá (PA). De acordo com a CPT Marabá, Reginaldo foi atingido por um tiro no joelho, possivelmente de escopeta, e não foi socorrido, o que ocasionou a sua morte. 

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Comunidade do Tejuco, em Brumadinho (MG), diz ‘não’ ao Termo de Compromisso entre a VALE S/A e COPASA

CPT

Em carta pública publicada no dia 09 de maio, atingidos da Vale na comunidade do Tejuco, em Brumadinho, denunciam assinatura de Termo de Compromisso (TC) entre a mineradora, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), e órgão públicos do estado. De acordo com os moradores e moradoras, o TC foi assinado sem qualquer participação da comunidade atingida e o conhecimento sobre o documento se deu apenas treze dias após sua assinatura. A comunidade do Tejuco também denuncia a falta de verdadeira reparação dos danos causados pelos rompimento da barragem.

Leia a carta:

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Vale S/A sofre mais uma derrota judicial em tentativa de criminalizar professor

Na manhã desta terça-feira, 29, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA) julgou a última ação penal contra o professor e pesquisador Evandro Medeiros que sofria criminalização pela Empresa Vale S/A. Evandro Medeiros foi acusado pela mineradora de liderar ação de manifestação às margens da estrada de Ferro Carajás, no município de Marabá, sudeste do estado do Pará, no ano de 2015.

por Jornal Resistência Online / CPT

A empresa acusava o professor de coordenar a manifestação. Na época, o ato tinha como objetivo de prestar solidariedade às famílias de um bairro de Marabá e denunciar os impactos pela obra de duplicação da Ferrovia de Carajás.

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