“A crise política e a decorrente crise econômica que geraram a perda de credibilidade da Presidente durante o ano de 2015, provocando todos os protestos e fortalecendo a campanha pró-impeachment que permeou toda a discussão política neste ano, só fizeram ressaltar o pragmatismo entre os políticos evangélicos e as lideranças de suas igrejas, a ponto de a Igreja Universal do Reino de Deus, até então grande apoiadora, retirar-se do governo por meio da saída do PRB da base aliada”, afirma a pesquisadora.
Por Patricia Fachin, no IHU
O “pragmatismo” e o “jogo de interesses” se impõem na composição da Frente Parlamentar Evangélica – FPE, que fez campanha “a favor da abertura do processo de impeachment na bancada, revelando até mesmo antes da sessão apoio ao vice-presidente Michel Temer”, diz Magali Cunha à IHU On-Line. Segundo ela, depois de a FPE ter apoiado o governo Lula e o primeiro mandato da presidente Dilma, hoje está mais próxima do vice-presidente e já declarou “apoio formal” a um possível governo Temer, “apagando a memória de que estes mesmos religiosos conservadores fizeram campanha contra a chapa de Dilma Rousseff em 2010, acusando-a de ‘satanista’”. A postura da FPE, afirma, demonstra sua investida para “estar ao lado de quem se revela fortalecido, como de quem, certamente, favorecerá as pautas conservadoras tão caras aos evangélicos que se sentem à vontade hoje, no parlamento, para trabalhar retrocessos”. (mais…)
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