O golpe, a ditadura e o revisionismo acadêmico. Por Michel Goulart da Silva

O movimento revisionista não se dá no vazio, mas expressa debates políticos de fundo, em especial de quais setores seriam os protagonistas do golpe e quais seriam suas vítimas

No A Terra é Redonda

Nesta segunda-feira, 1º de abril, completam-se sessenta anos do golpe que derrubou o governo João Goulart em 1964. O processo, encabeçado pela cúpula militar e apoiado por empresários e outros setores sociais, abriu as portas para a ditadura que perseguiu e assassinou críticos e opositores até a década de 1980. Contudo, ainda que as ações dos golpistas e dos ditadores sejam bastante evidentes e conhecidas pela sociedade, sempre gerou polêmicas e interpretações, que vão muito além do mero negacionismo desprovido de conteúdo de Jair Bolsonaro e seus seguidores. Pelo contrário, mesmo no ambiente acadêmico, essas interpretações afetam até mesmo o trabalho dos historiadores. (mais…)

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No comício da Central do Brasil, Jango desceu do muro em favor dos mais pobres e libertou o fantasma golpista de 1964. Entrevista especial com Juremir Machado da Silva

Para o professor e pesquisador Juremir Machado da Silva, não nos livramos dos espectros do Golpe Civil-Militar que nos ronda sob roupagens como o bolsonarismo, que apostou na quase bem-sucedida ruptura institucional após as eleições de 2022

Por: IHU e Baleia Comunicação

Há sessenta anos o Brasil vivia dias turbulentos. A sombra da ditadura militar já podia ser avistada. No dia 13 de março de 1964, em um comício histórico na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, João Goulart, o Jango, fez a aposta mais arriscada de sua carreira e defendeu as Reformas de Base. “No comício da Central do Brasil, Jango deu o passo que faltava para um governo progressista: abraçou as reformas de base, entre as quais a reforma agrária. Ali ele se comprometeu com os mais pobres e foi condenado pelos mais ricos”, explica Juremir Machado da Silva em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. “Jango equilibrou-se no fio da navalha durante meses, até que escolheu dar o grande salto”. (mais…)

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Superterça: como evitar a volta de Trump?

Ex-presidente parece forte nas primárias e pesquisas, mas sua rejeição é ampla. Seu trunfo: a impopularidade de Biden, ainda maior após apoiar o massacre em Gaza. Há alternativas? Muito dependerá do que ocorrer hoje

Por Glauco Faria, em Outras Palavras

As chances de impedir que um político de ultradireita assuma o comando do país mais poderoso do mundo serão jogadas, em parte, amanhã, 5 de março. Os Estados Unidos terão a chamada “Superterça”, data que concentra algumas das mais importantes eleições primárias para escolher os candidatos à Presidência dos partidos Democrata e Republicano. Embora haja dois óbvios favoritos em cada legenda, Joe Biden e Donald Trump, as margens dos resultados podem influenciar uma corrida ainda indefinida e com potencial para surpresas. (mais…)

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Milly Lacombe: Então você acha que pode distinguir paraíso de inferno?

Colunista do UOL

Começa com esse verso a canção “Wish you were here” (“Gostaria que você estivesse aqui”), do Pink Floyd: So you think you can tell heaven from hell?

Você é capaz de distinguir céu azul de dor? Um sorriso de um véu? Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas? Fumaça por árvore? Ar quente por uma brisa?

Esses versos estão na música composta na metade dos anos 70. A letra fala da falta de capacidade de perceber a realidade ao nosso redor e aponta para as trocas que somos encorajados a fazer na vida. Fala de entorpecimento, de fuga, de quebras, de rompimento. (mais…)

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Bíblia Hebraica, 39 livros da Bíblia Cristã. Por frei Gilvander Moreira

A Bíblia que o povo cristão lê não caiu pronta do céu, foi se formando ao longo de muitos séculos. Herdamos da Bíblia Hebraica 39 livros do Primeiro Testamento. A Bíblia Hebraica deu origem a todas as Bíblias que conhecemos e estão em uso, sobretudo nas comunidades judaicas, cristãs e muçulmanas. Importante conhecermos as línguas que estão na sua base, os manuscritos que formaram a Bíblia, o cânon, sua divisão interna, a tradução da Bíblia hebraica para o aramaico, o grego, o latim e as línguas modernas. (mais…)

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Racismo é máquina de destruir pessoas e sonhos, diz conselheira da OAB

Na Conjur

A 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, em Belo Horizonte, dedicou um painel nesta quarta-feira (29/11) às relações raciais e seus reflexos no desenvolvimento do país, além das políticas de ações afirmativas e sua importância no combate ao racismo e às desigualdades.

Responsável por presidir o painel, a conselheira federal pelo Pará e presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade, Suena Mourão, ressaltou o fato de a mesa de debatedores ser 100% formada por mulheres, o que para ela aumentou a importância da discussão. (mais…)

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PGR defende a criação de políticas públicas de combate ao racismo estrutural no Brasil

Medidas com esse objetivo estão em debate na ADPF 973, que tramita no STF e aponta omissões do Estado diante da violação de direitos da população negra

A procuradora-geral da República, Elizeta Ramos, reconheceu que há uma violação sistemática dos direitos fundamentais da população negra do país ao defender a procedência da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 973, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação, proposta por sete partidos políticos, aponta omissões e ações do Estado brasileiro que seriam violadoras dos direitos constitucionais à vida, à saúde, à segurança e à alimentação digna a essa população. Ao sustentar o posicionamento do Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (23), Ramos pontuou que a desigualdade racial no Brasil é “inquestionável”, cabendo ao Judiciário interceder para alterar esse quadro.

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