O tiro saiu pela culatra: Samarco tenta melhorar imagem com comercial e internautas se revoltam

A empresa responsável pela barragem que se rompeu em Mariana (MG) veiculou uma peça publicitária na TV, em horário nobre, em que utiliza trabalhadores da companhia para mostrar “o outro lado” da empresa; nas redes, internautas não se comoveram: “Samarco gasta dinheiro em horário nobre enquanto se recusa a ajudar as vítimas”

Por Revista Fórum

Responsável pela construção e administração da barragem que se rompeu em Mariana (MG) no ano passado e que causou o maior desastre ambiental do país, a mineradora Samarco vem tentando, por meio de uma peça publicitária, melhorar sua imagem diante da sociedade. Em comercial que começou a ser veiculado na TV em horário nobre no último domingo (13), a companhia tenta sensibilizar as pessoas utilizando funcionários da empresa para, de forma “humanizada”, mostrar “o outro lado” e os supostos esforços que vem desempenhando para recuperar a água do Rio Doce e amenizar os impactos causados pelo mar de lama que invadiu Minas Gerais e Espírito Santo.

“De repente a gente amanheceu com essa missão de ajudar as pessoas”, diz uma funcionária no vídeo, seguida por outro trabalhador que diz “A gente abriu os braços e falou: estamos aqui”.

O efeito da peça, ao menos na internet, no entanto, foi completamente o contrário do esperado. Nas redes sociais, a reação negativa entre os internautas foi praticamente unânime. A palavra “Samarco” chegou a ser uma das mais mencionadas do Twitter na noite desta segunda-feira (15), após a veiculação do comercial no intervalo do Jornal Nacional, da TV Globo , mas todos os tuítes em que ela apareceu foi em tom de crítica. Revoltados, internautas questionaram como uma empresa que teve os bens bloqueados pela Justiça e que se recusou a pagar indenizações aos atingidos pela tragédia gasta recursos com um comercial em horário nobre.

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Comments (1)

  1. Este comercial é mais um teatro em da desgraça humana e ambiental. São verdadeiros abutres se alimentando dos restos da carniça que restou. É uma falta de caráter sem precedentes.

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