Nota da Diretoria da Associação Brasileira de Antropologia em defesa do Estado de Direito e da Democracia

A Diretoria 2015-2016 da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), diante da grave conjuntura política com que nos defrontamos nesse momento da vida pública brasileira, vem externar sua radical defesa do Estado de Direito e da Democracia em nosso país, construídos em anos de árdua luta contra o sempre redivivo autoritarismo, e contra as forças produtoras da desigualdade social.

Trata-se de defender a pauta mais abrangente dos direitos humanos com a qual a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e os antropólogos têm compromisso histórico. A ela nos mantivemos atentos e atuantes ao longo do regime ditatorial militar instalado em 1964, na conjuntura da redemocratização, em especial no processo de elaboração da Carta Constitucional de 1988, na luta pela assinatura de diplomas internacionais em prol de minorias, bem como no fornecimento de bases científicas para a construção de um aparato legal que buscasse resguardar os direitos inarredáveis da condição humana, em caráter individual ou coletivo. É toda essa construção, ainda que imperfeita, partilhada com muitos outros segmentos sociais que agora ostensivamente demonstra-se estar em risco de ruir. (mais…)

Ler Mais

Chico Buarque e Slavoj Zizek assinam manifesto em defesa da democracia

Texto foi assinado por mais de mil escritores e intelectuais

Por Mariana Filgueiras, O Globo

Foi publicado, no início da tarde desta segunda-feira, o texto final do manifesto que reúne assinaturas de cerca de mil autores e profissionais do mercado livreiro em defesa da democracia. Desde sábado, um grupo no Facebook vem recolhendo assinaturas do setor em prol dos “valores democráticos” e o “exercício pleno da democracia em nosso país, de acordo com as normas constitucionais vigentes, no momento ameaçadas”.

Capitaneado pelos escritores e editores Alberto Schprejer (Ponteio), Daniel Louzada (Leonardo da Vinci), Haroldo Ceravolo (Alameda), Ivana Jinkings (Boitempo), Marcelo Moutinho e Rogério de Campos (Veneta), o manifesto reúne, até o momento, nomes como Antonio Candido e Chico Buarque. (mais…)

Ler Mais

Seminário marca construção de proposta da Universidade Camponesa no Sergipe

A proposta surgiu de grupos pertencentes aos movimentos sociais e sua metodologia perpassa por um espaço de convergências das experiências e intensa troca de conhecimentos.

Por Luiz Fernando, da Página do MST

Com o objetivo da implantação da Universidade Camponesa no estado de Sergipe é que nos dias 17 e 18 de março, educadores e representantes de movimentos sociais se reuniram para debater os princípios, propósitos, objetivos e a proposta político pedagógica da Universidade. (mais…)

Ler Mais

Jaci Paraná: entre a dor e a incerteza

Depois de anos sofrendo com impactos de Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho-RO, Governo Federal define o remanejamento da população do distrito e a comunidade é a última a ser informada

No MAB

Conforme o ofício nº 330/2015/AA-ANA (Documento nº 000000.054960/2015-84) de 18 de setembro de 2015, encaminhado pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) ao diretor-presidente do consórcio Santo Antônio Energia (SAE), Eduardo de Melo Pinto, a área urbana de Jaci Paraná abaixo da cota de 77,10m deverá ser realocada e a cota mínima para a BR 364 nos trechos sob influência do reservatório da UHE Santo Antônio será de 77,40m. (mais…)

Ler Mais

A discriminação racial divide e mata: Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março de 2016

UNESCO

Em 2016, o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial é marcado pelo 15º aniversário da aprovação da Declaração e Programa de Ação de Durban na Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em 2001.

A discriminação racial divide e mata. Ela impede a paz entre os Estados e ameaça a coesão social dentro de sociedades cada vez mais diversas. Ideólogos sectários se baseiam no ódio ao outro para levar a cabo a limpeza étnica e cultural em larga escala. A escravidão com base na raça e na religião persiste e está aumentando em muitos países em todo o mundo. A crise histórica dos refugiados serve de pretexto para fomentar preconceitos e a rejeição dos outros. Mais do que nunca, precisamos, redobrar esforços em âmbito mundial para construir as defesas contra o racismo e a intolerância na mente de cada indivíduo e dentro das instituições. (mais…)

Ler Mais

Pesquisa de 1964 mostrava, entre outros, apoio à Reforma Agrária às vésperas do golpe

A matéria abaixo foi postada por este blog no dia 20 de março de 2014, a partir do site Viomundo. Na época, mantivemos os links de todos os gráficos para a publicação original. Hoje, entretanto, ela não se encontra mais disponível. Felizmente, conseguimos recuperar as fichas com os resultados da pesquisa para o nosso arquivo e, considerando sua importância, aí vão elas republicadas. (TP)

*

Pesquisa nunca divulgada: o apoio à Reforma Agrária às vésperas do golpe

Por Luiz Carlos Azenha, do Viomundo

Cinquenta anos depois do golpe de 1964, as máscaras continuam a cair. Certo historialismo sempre quis fazer crer que João Goulart caiu “de maduro”. Porém, pesquisas do IBOPE feitas na época, algumas das quais nunca divulgadas, demonstram que uma das principais plataformas de Jango tinha forte apoio popular: a reforma agrária. A política econômica do presidente derrubado também tinha apoio da maioria. (mais…)

Ler Mais

Volta aos anos de chumbo em Rondônia

Rondônia foi cobaia da ditadura para implantar o modelo de colonização, que quase destruiu uma parte importante da maior floresta tropical do mundo.

Najar Tubino, Carta Maior

Assentamento coletivo 14 de agosto, Ariquemes (RO) – Rondônia é o retrato da colonização trágica que os militares implantaram nas décadas de 1970 e 1980 na Amazônia, como forma de resolver os conflitos agrários nas regiões sul e sudeste. É uma história de centenas de mortes- na verdade ninguém sabe quantas pessoas morreram e foram enterradas na mata-, da floresta destruída pelos correntões, da migração de milhares de pessoas em busca da terra prometida e da luta por reforma agrária. Neste março histórico de 2016 a Caravana Agroecológica percorre dois assentamentos na região leste do estado – o 14 de agosto e o Padre Ezequiel, um dos ativistas da reforma agrária assassinado em 1984 por pistoleiros em Cacoal, quando intermediava um conflito. (mais…)

Ler Mais