Por FOIRN
Cerca de 200 pessoas participaram da Assembleia Geral e Eletiva da Associação das Mulheres Indígenas da Região de Taracúa – AMIRT, realizado entre 20 a 21 de maio em Taracúa – Baixo Uaupés. O objetivo da assembleia foi discutir melhorias e fortalecimento do movimento indígena, especialmente das mulheres, elaboração de plano de trabalho para a associação para os próximos anos e eleger a nova diretoria.
Foi feito também a apresentação do relatório de atividades da gestão, onde, foram destacadas os trabalhos realizados, as conquistas, as dificuldades encontradas e os desafios. A apresentação do relatório incluiu questões como documentação, prestação de contas, articulação e escoamento de produção por meio do barco “Amireta”.
A principal dificuldade encontrada durante a gestão foi a desistência de alguns membros da diretoria devido outras atividades. O barco Amireta, resultado de um projeto em parceria com a Fundação do Banco do Brasil, após entrega realizada em maio de 2015, se encontra com alguns problemas mecânicos, o que dificultou o escoamento da produção dos produtos das mulheres que fazem parte da AMIRT.
Eleita a nova diretoria para 2016-2018.
A Assembleia elegeu a nova diretoria composta por:
Maria Suzana Menezes Miguel – Presidente
Maria Salete Barbosa Ribeiro – Vive Presidente
Ozenete Lemos Castilho – 1a Tesoureira
Carmem Lúcia da Silva Menezes – 2a Tesoureira
Maria Jucelice – 1a Secretária
FOIRN presente da Assembleia da AMIRT
A Almerinda Ramos de Lima – Presidente da FOIRN, Rosilda Cordeiro/Departamento de Mulheres e Paula Menezes/Secretaria estiveram presentes na assembleia da Amirt realizado em Taracúa.
A presidente reafirmou que o compromisso da FOIRN é lutar pelos direitos dos povos indígenas, bem como incentivar e apoiar associações indígenas para que eles se fortaleçam e desenvolvam ações que ajudem na melhoria da qualidade de vida das comunidades.
A Coordenadora do Departamento de Mulheres, falou da importância da associação de mulheres da região de Taracúa, que há alguns anos também fez parte como diretora, para fortalecer e incentivar a continuidade de produção de cerâmica, atividade que vem sendo feito há vários anos, que foi o motivo que criou a associação. Disse ainda que, a diretoria precisa continuar firme para superar as dificuldades e não desistir, como vem ocorrendo.
AMIRT contribuindo na sustentabilidade e valorização de conhecimentos tradicionais das mulheres Tukano.
A Amirt desde sua fundação vem organizando e coordenando a produção de peças de cerâmicas feitas por mulheres da região de atuação. É uma das principais associações de mulheres que vendem seus produtos à Wariró – Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro.
Com objetivo de melhorar a qualidade de produção e elaborar um plano de negócio, foi realizado uma oficina em Taracúa em janeiro deste ano, que teve como palestrante André Baniwa, um dos idealizadores e coordenadores do projeto Pimenta Baniwa, que também colaborou com o histórico da OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), na qual ele é presidente atualmente.
Além de contribuir na sustentabilidade, a Amirt por meio desta iniciativa vem contribuindo na valorização e transmissão dos conhecimentos tradicionais relacionados aos processos e técnicas de produção de peças de cerâmicas para a nova geração.
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Imagem: Reprodução da FOIRN.