Mulheres e mineração: das consequências à resistência

A comunidade Santa Luzia, em Independência-CE, é um território mapeado e que tem sofrido ameaça de empresas mineradoras

Samanda Karen*, Brasil de Fato

O modelo mineral é mais uma célula estrutural do capitalismo, onde ele explora a natureza de maneira insustentável com a superexploração dos recursos minerais causando grandes impactos ambientais, sociais e econômicos nos territórios. Estamos falando de um processo que tem como base de sustentação a exploração de matérias primas, neste aspecto, a questão agrária, o modo de produção escravistas, a desigualdade de gênero e o patriarcado, são o que sustentam quem está no topo dessa pirâmide social. A narrativa é fazer do campo um lugar de atraso, desconectar qualquer relação que as pessoas tenham com a natureza e com seu modo de viver e produzir, para que assim, seja mais fácil de “se venderem” ao modelo mineral. (mais…)

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O que fazer quando o jornalismo age como força auxiliar do fascismo?

Por Tania Pacheco

O presidente da República anunciou ontem, 12/04, a construção de mais 100 Institutos Federais (IFs) no País. Discursou na ocasião dando mais detalhes sobre o programa e defendendo a importância da educação, principalmente para as mulheres. Em determinado ponto, afirmou:

“E o mais importante: quando a mulher tem uma profissão, que ela tem um salário e ela pode custear a vida dela, ela não vai viver com nenhum homem que não goste dela. Ela não vai viver por necessidade, ela não vai viver por dependência. Ela vai viver a vida dela e vai morar com alguém se ela gostar desse alguém. Ela vai ter a opção dela, ela vai escolher, ela vai fazer, não vai ficar dependente. ‘Ah, eu preciso? Eu preciso do meu pai me dar cinco reais pra comprar um batom. Eu preciso do meu pai me dar dez reais pra comprar uma calcinha. Eu preciso de me dar não sei das quantas pra comprar tal coisa.’ Não! Quando a gente precisa, a gente perde a independência da gente. O que é importante é que vocês estudem, tenham uma profissão e andem de cabeça erguida na rua porque mulher não é inferior a nenhum homem e, muitas vezes, é mais competente, é mais inteligente e tem muito mais coragem que o homem. (mais…)

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Corte Interamericana divulga sentença contra o Brasil pelo assassinato de Antonio Tavares nesta quinta (14)

Violações de direitos marcam o massacre ocorrido em 2000, que também vitimou mais de 185 pessoas. Justiça brasileira não responsabilizou envolvidos.

Na Terra de Direitos

A Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), divulga, no dia 14 de março, a sentença contra o Estado brasileiro pela omissão e não responsabilização dos envolvidos no assassinato do trabalhador rural Antonio Tavares e às lesões sofridas por mais de 185 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por parte de agentes da Polícia Militar do Paraná, durante a repressão, na Rodovia BR-227, em Campo Largo (PR), a uma marcha pela reforma agrária que ocorreria em 2 de maio de 2000 na cidade de Curitiba. A transmissão do comunicado da Corte inicia às 10h30 (horário de Brasília), pelo canal da Corte, e será acompanhada pelos autores da ação, familiares, vítimas e representantes de Ministério de Relações Exteriores, entre outros órgãos. (mais…)

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Anacleta: “É preciso pisar o chão e ouvir a terra”

Anacleta Pires da Silva é orientada pela terra, de onde brota sua inspiração, força e sabedoria para travar lutas pelo bem-viver coletivo, pelo acesso aos territórios ancestrais em toda sua riqueza e diversidade.

Em Justiça nos Trilhos

Mulher preta quilombola, liderança plantada há 58 anos no Território Santa Rosa dos Pretos, na zona rural de Itapecuru-Mirim, Maranhão, Anacleta começou, ainda adolescente, a participar das lutas de movimentos sociais que reivindicam direitos dos povos pretos, indígenas e comunidades tradicionais. (mais…)

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MAB realiza mobilização nacional para cobrar implementação Política de Direitos dos Atingidos

Atos irão acontecer entre os dias 12 e 14 de março (Dia Internacional de Luta em defesa dos rios, contra as barragens, pela água e pela vida). O objetivo é reivindicar a aplicação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens

por Coletivo Nacional de Comunicação do MAB

Durante a semana do 14 de março – 27º Dia Internacional de Luta em Defesa dos Rios, contra as barragens, pela água e pela vida, o MAB realiza uma série de atos em Brasília (DF) e outras cidades do país para pedir a implementação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens – PNAB (agora lei nº 14.755). A data marca a luta dos atingidos do Brasil e do mundo por reparação justa para todas as famílias atingidas por barragens e vítimas de crimes cometidos por grandes empreendimentos e pela falta de políticas governamentais adequadas. (mais…)

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A luta das mulheres indígenas para “reflorestar mentes”

Representantes da maior articulação de mulheres indígenas no Brasil falam em roda de conversa sobre trajetória e parceria com o ISA para segunda edição do Mapa das Organizações de Mulheres Indígenas

Mariana Soares, do ISA

Foi entoando a mensagem “nunca mais um Brasil sem nós” que, no dia 30 de janeiro, seis integrantes da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) se reuniram no espaço Floresta no Centro, em São Paulo (SP), para uma roda de conversa em que dividiram, com mais de 50 pessoas, a importância do apoio à luta das mulheres indígenas para avançar na proteção das florestas e dos direitos dos povos indígenas. (mais…)

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A luta dos Yanomami na Sapucaí

Por Nicoly Ambrosio, Amazônia Real

Na primeira noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, no domingo (11), a Acadêmicos do Salgueiro levará de forma inédita à Marquês de Sapucaí termos e frases da língua Yanomami. Eles fazem parte do enredo deste ano da escola, “Hutukara”, que na cultura Yanomami faz referência ao céu ancestral que desabou sobre a terra nos primórdios e, hoje, forma a terra-floresta que cobre o planeta. (mais…)

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