Tania Pacheco
De acordo com o governo do Paraná, o “Teste de Imagem é um experimento real, que aconteceu na noite do dia 10/11”, na sala de uma agência, em Curitiba. Dele participaram profissionais de Recursos Humanos, divididos em dois grupos – mistos em termos de gênero, mas compostos exclusivamente por pessoas brancas – e que, segundo a informação, não tinham conhecimento do que aconteceria.
Como pode ser visto no vídeo abaixo, aos dois grupos foram mostradas diversas fotografias, para que expressassem sua primeira primeira opinião a respeito. As fotos mostram as mesmas ações cotidianas repetidas, com uma distinção apenas: na primeira série, as pessoas são brancas; na segunda, negras. O vídeo documenta algo infelizmente óbvio: como o racismo está introjetado na nossa cultura e nas nossas vidas. Com um agravante, considerando ainda serem profissionais de RH: até que ponto essa visão contagia também decisões relativas ao preenchimento de vagas de empregos, por exemplo?
Não por acaso, segundo o vídeo, 82,6% dos entrevistados negros afirmam que a cor de suas peles tem influência em sua vida profissional. E a maioria dos desempregados – 60,6% – são negros.
Lamentáveis, igualmente, são as reações nas redes sociais. Em lugar de discutir a questão, a preocupação maior é desqualificar o experimento, taxando-o de “manipulado e tendencioso”. Ou ainda: “parece que todo branco é racista, isso é acusar sem provas manipulando informações”.
Como diz a campanha ao final: “Chega de fingir que é normal. Racismo é crime”!

São dois grupos diferentes sendo filmados. Obviamente, filmagens diferentes.
Essa campanha foi totalmente tendenciosa!
Sim, isso mesmo tendenciosa.
Analisando as imagens notasse que os personagens não estão no mesmo cenário, na mesma postura (sorrindo e etc.), ângulo da câmera e lugares são outros, ou seja, como dar valia a essa campanha tendenciosa?
Faça você mesmo, coloque as imagens lado a lado e compare.
Acredito que o racismo existe, mas é preciso ser realista quando fazemos comparações.
Vamos dizer não as propagandas tendenciosas.
Precisamos analisar todo o contexto antes de sair jogando pedras.
Abraço