Presidente será lembrado por seu papel fundamental na desestabilização do frágil alicerce em que se assenta a jovem democracia brasileira
Por Luiz Ruffato, em El País
Não sei se era esse o propósito do presidente não eleito, Michel Temer, mas ele certamente fará jus, no futuro, a mais que uma mera nota de pé de página nos compêndios de História do Brasil, por seu papel fundamental na desestabilização do frágil alicerce em que se assenta a jovem democracia brasileira. Eleito vice-presidente, Temer conspirou, desde o primeiro dia, pela queda da presidente Dilma Rousseff, objetivo alcançado um ano e meio após a posse de seu segundo mandato, com o auxílio de um Legislativo corrupto e de um Judiciário acovardado, e apoiado no egoísmo de uma classe média branca ressentida. Temer contou ainda com a apatia atávica da maior parte da população e com a inexistência de uma oposição organizada em movimentos sociais e partidos políticos, desmoralizados, esses, esvaziados e instrumentalizados pelo PT, aqueles. (mais…)
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