Audiência pública discute impactos ambientais e desenvolvimento sustentável da região do Matopiba

Encontro promovido pelo MPF, no dia 29, discutirá resultados do Plano Agropecuário na última fronteira agrícola do Cerrado, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia

Procuradoria-Geral da República

A expansão das atividades agropecuárias e a degradação do meio ambiente na região do Matopiba – que compreende o bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – será tema de audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) no dia 29 de novembro, na cidade de Corrente (PI). O objetivo do encontro é discutir o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, previsto no Decreto nº 8.441/2015, com ênfase em seus reflexos ambiental e social. (mais…)

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A curiosa era do “capitalismo gourmet”

Do café “premium” ao azeite de olivas “colhidas ao luar”. Para ampliar margens de lucro e oferecer sensação de exclusividade aos que podem pagar, sistema faz piruetas notáveis

Por Valter Palmieri Júnior*, da Carta Social e do Trabalho  (Cesit/Unicamp), no Outras Palavras

As transformações do processo de diferenciação de consumo de alimentos industrializados que se processaram no Brasil recente foram apelidadas de gourmetização. No nosso entendimento, esse fenômeno deve ser compreendido por meio de um movimento maior, que é a relação entre desenvolvimento capitalista e sociedade de consumo, que tem na desigualdade social um papel central de mediação. (mais…)

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Especial Amazônia Resiste: À espera de Belo Sun

Indígenas Juruna veem o peixe rarear em seu território enquanto o maior projeto de ouro a céu aberto do Brasil se aproxima; documento dos Juruna exige o direito à consulta prévia, previsto em tratado internacional em vigor no país desde 2003

por Ciro Barros e Iuri Barcelos – Agência Pública

Na área de influência direta da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, os índios Juruna juntam os cacos. “Nós não sabemos se no futuro a gente vai ter condições de continuar vivendo aqui”, conta o professor Natanael Juruna, morador da aldeia Müratu, uma das três da Terra Indígena (TI) Paquiçamba. A jusante da barragem, eles veem sua principal fonte de renda e subsistência, o peixe, rarear. Um monitoramento independente feito pelos indígenas em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Socioambiental (ISA) revela que a produção pesqueira caiu praticamente pela metade entre os meses de janeiro de 2015 e 2016, período no qual houve o barramento do rio. Os dados da própria Norte Energia apontam para a questão da mortandade de peixes: segundo o 11º Relatório de Monitoramento Socioambiental Independente, entre novembro de 2015 e junho de 2016, mais de 19 toneladas de peixes morreram – o dobro do que os Juruna pescaram em três anos. (mais…)

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Linhões de transmissão foram planejados em solo inadequado e não poderão transportar energia. Entrevista especial com André Aroeira Pacheco

Patricia Fachin – IHU On-Line

As críticas feitas ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que previa investimentos em infraestrutura e a priorização das hidrelétricas no planejamento energético, se concretizaram, diz o biólogo André Aroeira Pacheco à IHU On-Line. “A grande maioria dos projetos não tinha viabilidade ambiental, econômica e social, e o governo teve que lançar mão de instrumentos antidemocráticos e repressivos para viabilizá-los. Foi o caso do uso da suspensão de segurança contra as judicializações, da troca de comando dos órgãos licenciadores para assegurar decisões políticas ao invés de técnicas no licenciamento ambiental e do uso da força nacional e do exército em inúmeras situações, para garantir a execução dos trabalhos”, lembra. (mais…)

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Genocídio e violência no Brasil. Desigualdade e preconceito perpetrados pela sociedade e pelo Estado

IHU On-Line

Quem passeia pelas cidades brasileiras rapidamente se dá conta dos efeitos práticos de um sistema alicerçado na violência: grades, muros, ruas com cancelas, milícias fazendo as vezes de segurança privada nos bairros de classe média e alta. Grades, muros, toques de recolher, chacinas em bares nos bairros de classe baixa. O contraponto ao genocídio de jovens negros, índios, mulheres e outras minorias é um país estruturado de alto a baixo para operar, geração após geração, esse genocídio. (mais…)

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Por quatro anos consecutivos, povo Kinikinau exige demarcação de território

Cimi

Em documento divulgado após 4ª Assembleia Ipuxowoku Hou Koinukonoe, lideranças do povo Kinikinau exigem criação de Grupo de Trabalho para demarcação de seu território. Reunidos no município de Nioaque (MS), na Aldeia Cabeceira, de 11 a 14 de outubro, cobram do Governo procedimentos para demarcação do seu território, denunciam ineficiência do Estado nas políticas específicas na área da saúde, o desmonte da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a aplicação do Marco Temporal como condicionante para demarcação de terras indígenas.  (mais…)

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