Por Alenice Baeta*
Foi com muito espanto que recebemos a informação que o Gerente do Parque Estadual do Sumidouro (PESU), Sr. Rogério Tavares foi destituído de seu cargo nessa unidade de conservação por meio de publicação no Diário Oficial do Estado (DOEMG) no início de janeiro de 2018 (observem bem a ocasião).
Conheço bem a história de Rogério Tavares que desde os fins dos anos oitenta atua de forma contumaz em defesa do patrimônio ambiental da região da APA Carste Lagoa Santa. Foi por mérito e reconhecimento do seu grandioso trabalho e trajetória que se tornou Gerente do Parque do Sumidouro, começando a sua gestão de forma participativa e transparente, apesar das ameaças que sofreu de quem não queria a eficaz implantação da UC. Muitos itens relacionados à infraestrutura foram a partir dali sendo instalados, fazendo do PESU um modelo de gestão e de uso público – cuidado e respeito ao magnífico patrimônio espeleológico, arqueológico, paleontológico, biótico e imaterial existente na unidade de conservação e seu entorno, que o Rogério Tavares conhece e domina como ninguém.
Com a responsabilidade e apuro de sempre revelou habilidade para o diálogo com as comunidades locais sem se render aos interesses econômicos degradantes e escusos que iam diametralmente contra as normas e leis de proteção dessa fantástica unidade de conservação. Sempre soube lidar de forma interativa com as inúmeras equipes de pesquisadores de várias instituições que atuaram e atuam na região, participando, colaborado e compreendendo a importância e valor das pesquisas, visitas e da parceria com os projetos sejam da UFMG, USP e outras tantas entidades sérias, inclusive internacionais. As instalações do parque sempre foram utilizadas visando os interesses coletivos e de gestão dessa unidade.
Tivemos um grande susto no dia 28 de dezembro com a publicação da alteração dos limites da Estação Ecológica de Aredes, município de Itabirito, por parte do Governo do Estado. Felizmente a mobilização e denúncia desta ‘manobra’ foi divulgada amplamente na mídia e espera-se a sua reversão em breve. Mas em seguida, sabe-se que em janeiro houve uma publicação que destitui o Gerente Rogério Tavares do PESU – outra tragédia para nós, pegando todos mais uma vez de ‘surpresa’. Este ocorrido nos deixou muito tristes e preocupados e dai fica uma pergunta: faria parte dessa onda de ‘Temor’ que parece assolar atualmente as políticas patrimoniais e ambientais no Estado de Minas Gerais? Paira esta dúvida e tantas outras. Porque remover justo agora um profissional deste quilate de uma unidade de conservação tão estratégica e primordial que se tornou modelo de gestão, competência, esforço contínuo e de mérito reconhecido?
Almejando sempre o melhor no que refere à Gestão e Proteção do Parque Estadual do Sumidouro e conhecedora do importante acervo que ali existe, manifesto minha grande preocupação e tristeza imensa com este estranho fato e suas eventuais consequências para com o nosso patrimônio e a manutenção de conquistas tão suadas dos últimos decênios na região do Sumidouro.
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*Historiadora e Arqueóloga, Doutorado em Arqueologia/Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Pós-Doutorado em Arqueologia FAFICH/UFMG, Autora de várias publicações sobre a APA Carste Lagoa Santa.
Destaque: Lagoa do Sumidouro, Parque Estadual do Sumidouro/PESU, Municípios: Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, MG. Foto: A. Baeta.
Desenvolvi pesquisas no Pesu durante a gestão do Sr. Rogério, sempre contamos com sua presteza e atenção. Seja no apoia em campo ou na parte burocrática. Certamente o parque perderá muito com sua saída!
Tive o mínimo contato com Rogério, mas é notório a forma como este lidava com a Unidade de Conservação. Demonstrava apreço e profissionalismo para com o parque e seus visitantes….
Lastimável o afastamento do Rogério. Sua competência à frente da gerência do Parque é inegável. Sua identidade se confunde muitas vezes com a do Parque, sendo suas histórias, muitas vezes coincidentes… Impossível falar do Sumidouro, sem lembrar do Rogério. Espero que seja prontamente reconduzido à gerência, continuando seu belo trabalho!
Conceição Lima Lopes
Foi com muita surpresa, pesar e preocupação que recebi a notícia da exoneração do Rogério Tavares da gerência do PESU. Como professora, por inúmeras vezes levei alunos para trabalhos de campo no parque e acompanhei o empenho do Rogério e de sua equipe em proporcionar uma estruturar cada vez melhor.
Em 2011 fundamos a Ong Lagoa Viva com objetivo de despertar um novo olhar para a “lagoa” no distrito de Lagoa de Santo Antônio, distrito vizinho de Fidalgo, e sempre contamos com o apoio do parque na pessoa do Rogério como incentivador, apoiador e parceiro nas ações e nas demandas da Ong.
Como membro da Rede Comunitária em Ação – RECOA, estávamos conversando no final de 2017 para implantação de um ponto de entrega voluntária de recicláveis – muro inteligente no parque, na casa Fernão Dias e conversas já iniciadas envolviam ações educativas, gestão de resíduos, geração de renda, paisagens conservadas….eram as falas do Rogério, em mais um dos muitos empreendimento de sucesso que ele proporcionou ao parque.
A Ong Lagoa Viva também faz parte do Conselho do Parque e como membro também reclamo a falta de esclarecimentos, de participação da sociedade civil nesta ultrajante tomada de decisão que desconsidera o trabalho, o empenho, o direito ao diálogo, à tomada de decisões coletivas que visem o bem comum.
A maneira serena, equilibrada e competente do Rogério se mistura a grandeza do carste, que também resiste ao descaso que muitos ainda insistem em fazer de suas imensuráveis belezas.
Lamentável a desoneração de um profissional comprometido com a preservação desta UC que é uma das mais importantes do Estado de Minas Gerais.
Em maio de 2012 defendi minha tese de doutorado em Ecologia pela UFMG na região do Carste de Lagoa Santa e antes e até hoje sempre presenciei o excelente trabalho de Rogério Tavares na Gerência do Parque Estadual do Sumidouro. Ele sempre constituiu uma referência de apoio aos pesquisadores tanto no PESU, quanto em toda a região da APA Carste de Lagoa Santa. Saliento a confiança, que Rogério possui das populações locais, obtida por ele durante anos de diálogo e convivência. A preservação de uma UC, com certeza está relacionada com a propagação do entendimento da importância desta e com a formação de um sentimento de pertencimento. Assim a população se torna ativa nas decisões e ações do poder público e; parceira na fiscalização e cuidado ambiental da região. Desta forma, apresento aqui o meu pesar e o vislumbre de um retrocesso e de perdas pela destituição de Rogério Tavares de seu cargo.
Chorei…..mesmo antes de ser gerente do PESU Rogerio já se preocupava muito com tudo que acontecia aqui na nossa região,trabalhou muito em defesa do patrimonio ambiental,por isso se tornou gerente.
sempre com muita transparência e muito prestativo,tenho muito respeito e admiração a este profissional que soube conduzir seu trabalho com tanta garra , eficiência , respeito e muito competente.
Não consigo separar Rogério do PESU, ele é a alma deste lugar.
QUANTA LUTA MEU AMIGO!!!!!
Luci Rosa, conselheira do PESU.
[email protected]
Mais uma ação que confirma os tempos sombrios que estamos vivendo.
A vida profissional do gerente Rogério Tavares se confunde com a existência do Parque do Sumidouro, ele não pode ser destituído.
Fiz várias pesquisas e orientei outros tantos trabalhos de mestrado no PESU, contando sempre com o apoio do Rogério. Fomos pegos de surpresa com sua saída da gerência. Certamente uma grande perda para UC e para os pesquisadores que sempre contaram com sua ajuda.
Rosangela Marucci,
Coordenei o projeto “IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE DIFUSÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO TECNOLÓGICO NO PARQUE ESTADUAL DO SUMIDOURO”, o qual só foi possível a implementação graças ao empenho e dedicação do Rogério viabilizando as atividades, transporte e alimentação da equipe. Sem dúvida, um líder de respeito perante a sociedade local. Deixo meu protesto aqui, uma enorme perda e desrespeito a sociedade e ao patrimônio ambiental e cultural. Espero que esta posição seja revista e reconsiderada.
Tais atitudes apenas confirmam o descanso com patrimônio natural. Minha dissertação foi sobre o patrimônio geomorfológico do PESU e lá consta um agradecimento especial para o Rogério que nunca mediu esforços para que minha pesquisa fosse desenvolvida, atendendo-me prontamente e sempre expondo seus ideais e ações em prol do PESU. Realmente é alarmante essa ação.
Estou estarrecida com esta notícia! Rogério é a alma e matéria dessa maravilhosa unidade de conservação. Impensável e inaceitável a destituição de alguém tão comprometido, competente tecnicamente e habilidoso nas relações humanas. No serviço público nos faltam muitas vezes pessoas e gestores que “vestem a camisa” e fazem a diferença. Rogério é um deles.
Realizo visitas técnicas com os meus estudantes de pós graduação da Universidade Federal de Viçosa ao PESu desde 2012. Em 2015 realizamos uma atividade de formação com a equipe do PESu por dois dias que contou com mais de 40 participantes, desde guarda-parques até gerentes de unidades vizinhas. Em ambas as atividades transparecem a organizacao e eficiência da gestão da UC, personificadas na pessoa do Rogério Tavares. Além da competência técnica e gerencial, sempre foi marcante a empatia entre a equipe, vizinhos do parque e visitantes, que é única no PESu.
Reforço o pleito da recondução de Rogério à direção do PESu e me coloco a disposição para o que for necessário. Rogério Tavares é um profissional que deve ser homenageado pelo seu brilhante trabalho de consolidação do PESu.
Nenhum ato se justifica senão pela comprovação de suas premissas. Sem premissas verdadeiras, o ato se torna injustificável. Repúdio a toda e qualquer ação desse tipo. Deixo mais um registro de apoio ao Sr. Rogério Tavares.
Primeiramente, gostaria de deixar claro que estou falando aqui como um cidadão comum, Geógrafo de profissão e recém mestre em Geografia – Tratamento da Informação Espacial do programa da PUC Minas e não represento aqui nenhuma entidade civil, pública ou privada.
Em segundo lugar, demonstrar apreço pela iniciativa da Sra. Alenice Baeta, profissional de reputação reconhecida internacionalmente.
Bem, dito isso, manifesto meu espanto em relação aos acontecimentos e a forma como as coisas acontecem no PESU, mas de modo geral, no âmbito dos mecanismos públicos. No meu caso específico, eu sou um pesquisador do montanhismo e da escalada em Minas Gerais, e acabei de realizar um estudo completo sobre o desenvolvimento da atividade no PESU, seus pontos potencias e como esta poderia ser continuamente desenvolvida de forma controlada e com seus devidos manejos.
O Sr. Rogério Tavares sempre esteve de portas abertas ao diálogo comigo enquanto pesquisador e forneceu todo o apoio possível para que eu realizasse a pesquisa. Foi tão solícito que houve um grande aprendizado de todas as partes envolvidas sobre o tema em questão. Ao ponto do referido gestor se deslocar ao Rio de Janeiro para conhecer a realidade dos parques daquele estado, de modo a trazer novas ideias para Minas Gerais.
Infelizmente, de um modo geral, o que se nota claramente é uma falta de sincronia, informação, além dos interesses pessoais e particulares (dos quais tornar-se delicado demais mencionar, já que nosso país tem passado por acontecimentos de nos deixar perplexos). Abrindo o coração, para além do pesquisador e sendo simplesmente um ser humano, o que poderia-se gritar: Está tudo errado. Qualquer processo de gestão, de administração, leva tempo (o que for necessário) para sua maturação e constante desenvolvimento.
Toda gestão tem erros e acertos. As pessoas que gerenciam parques tem um trabalho muito complexo, dada a morosidade, exageros burocráticos e falhas no sistema público. Conheço o Rogério Tavares desde os idos de 2006, quando eu era membro do Projeto Manuelzão/UFMG e o parque estava sendo implementado. De lá pra cá, vimos muitas coisas boas e muitas coisas ruins. Culpar apenas uma pessoa por erros, é simplesmente estabelecer um bode expiatório para um sistema que é, por natureza, totalmente deficiente. Ficar trocando pessoas em cargos de liderança quebram processos e faz com que muitos trabalhos retrocedam. Por outro lado, isso não significa que o que vem de novo também não possa ser de acréscimo. Por isso vale ressaltar que não há nada contra o novo gestor do PESU, afinal, e obviamente, essa decisão não foi tomada por ele.
Ponto que gostaria de ressaltar é que o aumento da entrada nos parques é uma estratégia incompreensível de gestão. Quem tomou essa decisão está no gabinete e pouco deve conhecer a realidade dos parques e das atividades que neles existem e que são abertas ao público. Nossos parques são nota 0 perante diversos outros estados do Brasil e pelo mundo afora. Acredito que seja interessante mencionar isso, pois minha percepção no momento é que isso faz parte de um pacote de medidas que serão tomadas sem participação da sociedade civil e de outras entidades afins.
Fica meu apoio ao Sr. Rogério Tavares por acreditar que ele fez o que pode enquanto esteve como gestor do PESU e a insatisfação com o sistema público por tomar medidas “desesperadas”, para não utilizar a palavra “política”, tão desgastada nos dias atuais. Mesmo que não houvesse outra saída, o mínimo que poderia ter sido feito dignamente seria uma transição dessa gestão, preparada e planejada com todas as esferas de atividades existentes no PESU.
Um abraço ao Sr. Rogério Tavares e a todos aqui que se manifestaram. Parabéns à Sra. Alenice Baeta pela iniciativa. Continua a esperança de que as pessoas que ocupam os cargos públicos possam abrir seus corações e compreender que todos somos seres humanos e precisamos nos conhecer, deixar de lado patentes e títulos, dialogar com tudo e com todos, para que possamos avançar como uma verdadeira sociedade inteligente, como dizem por aí que são os seres humanos. Inteligentes. Tenho visto apenas ego, vaidade, cobiça, ganancia e luxúria. E como cientista, seria ingenuidade fechar os olhos para essa realidade. Que olhemos para dentro de nós, para que possamos ver o outro com respeito e carinho. Espero que o universo conspira a favor do que é justo. Tudo de bom para todos.
Diego Contaldo de Lara.
Um gestor de UC que tem o respeito da comunidade não pode ser exonerado sem uma justificativa convincente.
Fiz parte de meu mestrado e todo meu doutorado no Parque Estadual do Sumidouro e sempre fui muito bem recebido pelo Rogério Tavares e sua equipe. Sei do tamanho da luta para se manter esse parque e da importância de seu patrimônio, e o Rogério foi muito importante para que o parque tenha a importância que tem hoje. Espero que esse absurdo seja revisto e que seu trabalho continue em tão importante unidade de conservação!
Também deixo o meu manifesto de apoio à recondução de Rogério Tavares à Gerência do Parque Estadual do Sumidouro, pelo seu relevante compromisso com o interesse público nas efetivas ações de preservação do Parque Estadual do Sumidouro, PESU. Como espeleólogo e membro fundador do Grupo Guano Speleo, desde 1994, tivemos grande apoio em inúmeras iniciativas de divulgação do patrimônio espeleológico desta importante área cárstica mundial. Clamamos pela revisão do ato de seu afastamento da gerência do PESU.
Rogério Tavares teve um papel fundamental na implantação do Parque do Sumidouro. Lutou como ninguém para tirá-lo do papel e fazer da UC uma realidade.
Como gerente conseguiu reverter, as custas de muito comprometimento pessoal, o clima de tensão na comunidade local durante as primeiras desapropriações e as instalação de regras pertinentes a uma UC tão próxima de área urbana.
Acredito que após tanto trabalho e dedicação, o Rogerio merecia um pouco mais de respeito e reconhecimento por parte de seus superiores no órgão responsável pela administração do Parque – o IEF. Queremos que essa decisão de tirá-lo da gerência seja muito bem justificada pelos responsáveis pela sua destituição.
Recebi esta informação com bastante preocupação quanto ao futuro do PESU e de outras unidades de conservação em MG. Infelizmente vivemos tempos sombrios em nível nacional e parece que MG não quer ficar para trás quanto a este aspecto. Interromper intempestivamente um trabalho tão elogiado, que claramente tem amplo sucesso em sua essência, parece não só equivocado como temerário. A sociedade aguarda respostas a este respeito e cobra a reversão deste quadro.
Rogério Tavares é um técnico da mais alta competência na gestão ambiental! Seu afastamento é uma grande perda para o parque.
Como pesquisadora dos moluscos terrestres por diversas vezes fiz coletas no Pesu antes e durante a gestão do Rogério que sempre se antecipava em fornecer todo apoio e infra estrutura a cada expedição. Sempre me admirei de seu grande talento para criar e manter a participação da comunidade do entorno do parque.
Participando do Conselho Consultivo do parque testemunhei seu espírito conciliador e acertivo ao tratar das questões complexas de gestão de uma UC quase urbana.
Pela revogação de sua exoneração!
Deixo aqui registrado meu repúdio a todas essas manipulações políticas que por interesses “não coletivos” destituem profissionais sérios, competentes, respeitosos, dedicados e éticos de seus cargos. Mais um absurdo. Um verdadeiro desserviço público.
Não é possível aceitar esta forma de conduzir a gestão pública. É uma ação baixa de excluir quem cumpre sua função e luta pelo bem comum. INACEITÁVEL!
É desolador este acontecimento. O Parque do Sumidouro representa o inicio de uma luta pela preservação ambiental e cultural aqui em nosso estado.Esta luta teve o seu inicio ainda no final dos anos 70, acelerou seu batimento por ocasião da discussão da possibilidade de construção do aeroporto nas proximidades,e, tornou-se promessa diante da construção do aeroporto.
Em nome da nossa história,dos nossos pesquisadores, das nossas instituições ,estamos manifestando o nosso protesto.
O Parque do sumidouro foi instalado e consolidado na gestão do Rogério Tavares que dedicou de corpo e alma ao parque, participando desde a sua estruturação. Profissional competente e preocupado com o bom relacionamento com a comunidade. Se o parque existe como está muito devemos a ele e falo como conselheiro titular pleo Projeto Manuelzão que foi uma das instituições que liderou a retirada do parque de papel.após quase trinta anos da sua criação. Assusta-me a tomada de decisão de sua exoneração sem sequer haver sido consultado ou uma comunicação oficial ao conselho. Gostaríamos de ter uma explicação e a apresentação por parte do IEF, das jutificativas e dos reais planos de ação para o futuro do Sumidouro, o parque da história e da pré história de Minas Gerais.
Deixo aqui minha manifestação de repúdio à exoneração do nosso companheiro Rogério Tavares, que sempre atuou com competência e comprometimento pelo patrimônio da APA Carste Lagoa Santa como um todo e especialmente pelo Parque do Sumidouro. Uma região tão rica do ponto de vista de seu patrimônio e tão visada economicamente. Nesse cenário cada vez mais triste do Meio Ambiente e Patrimônio do Brasil, perder um defensor e grande conhecedor do nosso carste fragiliza a luta pela sua preservação que tem sofrido tantas derrotas. Espero que essa decisão possa ser revista!
Esperamos que o governo mineiro possa restituir Rogério Tavares na gerência do Parque Estadual do Sumidouro. É ultrajante não reconhecer um servidor que tem prestado excepcional trabalho, com extremo compromisso e zelo público. Minas precisa valorizar os seus quadros e reconhecer o esforço de servidores como o sr. Tavares. E dessa maneira, contribuir para manter os parques estaduais – fundamentais na garantia de um ambiente melhor para todos.
O Rogério Tavares foi a pessoa que realmente fez o Parque do Sumidouro se tornar uma realidade. Participou de corpo e alma por sua estruturação enfrentando todos os desafios em cada fase. Sempre entendeu o significado e a importância do parque do Sumidouro para a humanidade tanto pela história bandeirante e da colonização portuguesa, com da pré história desvelada por Lund. Sua exoneração da direção do parque é descontinuar um trabalho consistente e imprescindível. Mais absurdo ainda que oficialmente no conselho sequer foi comunicado para opinar.
Não conheço pessoalmente o Sr. Rogério Tavares, mas conhecendo algumas pessoas que espessaram as manifestações de apoio aqui presente. Para mim essas manifestações de apoio já são suficientes para que eu expresse minha indignação com tal ato de interrupção de um trabalho bem sucedido.
Cástor Cartelle
2 de Abril
Estamos diante de um fato em que alguém é demitido por realizar seu trabalho de maneira excepcional. Comparo a demissão do Rogério à do Dr. Hugo Werneck da Fundação Zoobotânica há já tempos…
Na Década dos setenta ocorreu um grande movimento para que o aeroporto internacional não fosse construído na área cárstica. Quem mandava, à época, eram os militares…Em compensação foi criado um parque. No papel. Eu escrevi, para sua criação, um longo “tratado” oficial a respeito das grutas e dos achados na região. O Parque ficou em banho-maria anos. Até que o Secretário José Carlos enfrentou, regularizou e criou efetivamente o Parque do Sumidouro. Poucos são os que conhecem o valor histórico, científico e filosófico da área. Rogério esteve sempre carregando o andor. E, com ele, o Parque do Sumidouro, que incluí no meu Projeto (que está na UTI) Rota Lund, ficou no topo.
Estive articulando com alguns dos Prefeitos da área construir um megaprojeto para apresentar à Unesco a região cárstica do Parque (abrangendo outras áreas: Lapa Vermelha , Lapa do Baú, Cerca Grande…) como patrimônio da humanidade. O carro chefe seria o Parque do Sumidouro. Desisto.
O Rogério, repito, conseguiu colocar o Parque no topo… e mantê-lo, o que é mais difícil. Como é cargo de terceiro ou sei lá qual escalão, suponho que um “chefe” intermediário precisava do cargo. Todos sabemos para quê. Duvido que um Governador, que está enfrentado um mar de dificuldades e que tenta encontrar saídas com eficiência, saiba do que aconteceu. Elemental: em time que está ganhando não se mexe. Só mexe quem não entende do riscado.
Rogerio: a vida da muitas voltas. Você deu a alma pelo Parque. Fez um trabalho excepcional. Lamento o ocorrido como lamentei, à época, o que fizeram com o Dr. Hugo. Mas o Dr. Hugo, com aquela demissão, saiu engrandecido. Meu abraço agradecido por tudo o que você fez no nosso Parque. Meus pêsames para um “chefe” que tomou essa atitude.
Venho manifestar meu apoio à recondução de Rogério Tavares à Gerência do Parque Estadual do Sumidouro, tendo em vista seu relevante compromisso com o interesse público nas efetivas ações de preservação do PESU. Clamamos pela revisão do ato de seu afastamento da gerência do PESU.
Rogério sempre exerceu seu cargo com competência e transparência. Uma gestão que abriu as portas para academia e comunidade.
Ver esta situação de desoneração do nada é muito alarmante.
O esforço contínuo de Rogério Tavares e equipe reverteu a situação de um Parque existente somente no papel, e quase inviável, nas décadas de 1980 e 1990, para um Parque implementado, com importância nacional e internacional, na atualidade. Conseguiu-se a proteção emergencial de um dos conjuntos mais importantes do nosso passado pré-histórico e colonial.
Agora, com esta exoneração sem explicação, abre-se o caminho para a vitória da especulação imobiliária e da exploração sem controle dos recursos naturais. Mais um duro golpe no que já foi alcançado em busca da proteção do nosso dilapidado patrimônio.
Não conheço as razões da demissão do Rogério, que me surpreende. Mas posso dar meu testemunho pessoal da competência, zelo, integridade e dedicação dele na criação e implantação do Parque.
Sua exoneração precisa ser explicada. A transparência pede esse gesto.
Mais um retrocesso da politica ambiental do Estado de Minas Gerais. A retirada do Rogério Tavares da gestão do PESU exemplifica a que ponto chegou. Pessoa compromissada, dedicada e proativa. Sempre em diálogo com as comunidades locais e com a comunidade acadêmica. Espero que possamos nos mobilizar quanto aos retrocessos e que tenhamos força para manter as conquistas já alcançadas. #VoltarRogérioTavares
Sempre enxerguei o Rogério Tavares como um filho nativo daquela regiao e que poderia fazer o gerenciamento do meio ambiente de forma racional e sustentável. Também não entendi fiquei surpreso por sua destituição sempre ficamos na dúvida em um evento como esse sobre os interesses políticos envolvidos neste tipo de questão!
O Gerente Rogério Tavares sempre buscou intermediar, discutir e encontrar soluções viáveis para o Parque Estadual do Sumidouro. Sua saída é uma grande perda para a sociedade e para o parque.
R. Cassimiro
Observatório Espeleológico e Conselheiro no PESU
Sempre vi no Sr. Rogério Tavares um exemplo de dedicação e profissionalismo. Homem probo e íntegro, merece meu respeito. Causa espécie essa destituição, ao meu ver equivocada, verdadeiro desserviço à comunidade e ao PESU.
Espero que percebam o erro a tempo e o corrijam.
É muito triste saber que mais um gerente foi tirado, só porque queria fazer seu trabalho na UC. Ano passado na data 06/07/2017 a Estação Ecológica de Arêdes também sofreu com a mudança de gerente; Luís Fernando foi tirado da gerência sem ao menos saber o porquê da sua saída! Inúmeras atividades que eram desenvolvidas estão abandonadas desde então…
Colocar uma pessoa desabilitada não condiz com os interesses da unidade, interessa a quem?
Lamentável!!
Rogerio Tavares representa a luta pelo meio ambiente na região da spa Carste de Lagoa Santa
Rogerio Tavares é sinônimo de eficiência,competência ehonestidade.
Lamentável sua indevida saída
Grande perda para o PESU.
Rosangela Albano Silva
Arqueóloga
Diretora do CAALE(Centro de Arqueologia Annette L.Emperaire
Não há maneiras para expressar o quanto a gestão do Rogério Tavares foi importante para consolidação do PESU como parque modelo no cenário nacional. A destituição dele como gerente da unidade com certeza afetará o desenvolvimento dos projetos já existentes no parque, bem como em toda a SAP-VN.
Rogério sempre foi solícito às demandas dos pesquisadores que escolheram o PESU como área de estudos, estando disponível para atender às necessidades dos pesquisadores.
Espero que este equívoco seja reparado.
Rogério Tavares, um profissional de conhecimento e dedicação ímpar para o território. Seriedade e compromisso com a causa e todos aqueles envolvidos, uma referência, não merecia sair desta forma.
Belas palavras da Alenice!
Saudações ao amigo.
Rogério Tavares é um ator fundamental para a conservação do carste no vetor norte da RMBH. A despeito das pressões políticas e econômicas vigentes, sempre teve um posicionamento questionador em prol de um meio ambiente mais democrático. Espero que o equívoco seja corrigido, pois perdas ambientais irreversíveis podem ocorrer diante deste jogo político.
Absurdo!
O pior é observarmos a conduta da autarquia que deveria defender seus gerentes, que há muito lutam como Dons Quixotes em defesa das unidades de conservação.
Ao invés de defende-los, lavam as mãos em defesa de um governo oscilante que insiste em proteger interesses econômicos em detrimento do cumprimento de sua obrigação inata.
Resta-nos identificar novas maneiras de proteger as unidades de conservação, pois quem deveria fazê-lo, tem lavado as mãos, em uma indiferença cortante.
Agora pergunta que precisa ser feita, como agir e atuar para reverter esse triste quadro?
Mais uma vez o desmonte ambiental declarado que assola nosso país. É muito triste ver que os valores econômicos e de mercado, se sobrepujando ao bem comum. E afetando nossas aguas, as unidades de cinservacao, as leis ambientais. Deixo aqui meu repúdio por essa acao injusta de destituicao de uma pessoa tão comprometida como o Rogério Tavares.
Deixo aqui meu apoio ao Rogério Tavares uma pessoa que sempre demonstrou compromisso e respeito pela região. #voltaRogerioTavares
Por seu trabalho de anos em prol da APA Carste Lagoa Santa, Rogério Tavares deveria ser tratado como profissional dedicado que é, tendo oportunidade de ser ouvido. Que seja reconsiderada a decisão, que, espero não ter sido tomada para colocar apaniguados sem nenhuma relação com a APA Carste Lagoa Santa, como temos visto em outras situações…. no mínimo, a consideração devida ao trabalho de Rogerio
Estou simplesmente estarrecido com os fatos notificados em relação à saída do Sr. Rogério Tavares. Como diretor do PESU, Rogério Tavares sempre engajado e comprometido com uma gestão participativa de todos os agentes locais e institucionais. Rogério eh figura indispensável não só para a manutenção do PESU, mas para todo o SAP-VETOR NORTE. Espero que o “erro” seja corrigido e não percamos esse profissional tão precioso a esta Unidade de Conservação.
Deixo aqui o meu protesto por conta da destituicao do gerente do Parque Sumidouro, Rogerio Tavares, que sempre primou por um grande trabalho em sua gestao. Espero que esta medida possa ser revista para que o Nosso Patrimonio arqueologico e ambiental seja respeitado.
Pilantrel e sua turminha, aprontando das suas.
Deixo o meu solene protesto pela destituição do competente e compromissado Gerente do Parque do Sumidouro, Rogério Tavares. A mobilização da sociedade é importante para conter a avalanche de decisões, no mínimo erradas, que o governo de Minas vem tomando contra o patrimônio natural de nosso Estado, como ocorreu em Arêdes.
Está aí um governo que não deixará nada de bom para a história de Minas Gerais no campo da preservação. Só destruição de boas iniciativas construídas com muita luta.