89 morreram ou desapareceram após reunião relatada pela CIA em que Geisel autoriza mortes; veja lista

Memorando da CIA revela que ex-presidente permitiu a continuidade de ações contra opositores. Levantamento do G1 com base em dados da Comissão da Verdade identificou quantos foram alvo dessa política.

Por Vitor Sorano, Amanda Polato, Vanessa Fajardo, Carol Prado e Luiza Tenente, G1 SP

Oitenta e nove pessoas morreram ou desapareceram no Brasil por motivos políticos, a partir de 1º de abril de 1974 e até o fim da ditadura, segundo levantamento do G1 com base nos registros da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Foi a partir desta data que o general Ernesto Geisel, então presidente do Brasil, autorizou execução de opositores, segundo documento da CIA tornado público recentemente pelo governo americano. (mais…)

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GCM de Aracaju atinge com tiro de arma letal acampada do MTST Sergipe, que sobrevive e passa bem

No MTST

Não tardou para a tragédia anunciada (quase) se concretizar. Na noite da sexta-feira, 11 de maio, um membro da Guarda Civil Municipal de Aracaju atingiu com um tiro de arma letal o peito de Nathannelly dos Santos, acampada da Ocupação Marielle e Anderson Vivem, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto na capital do Sergipe.

Nathanelly, que tem 18 anos, sobreviveu, foi operada e teve a bala retirada do corpo em cirurgia no Hospital Augusto Franco. Ela passa bem e não possui risco de morte. No momento do disparo, Nathanelly preparava o jantar na cozinha coletiva do acampamento. Há relatos de que guardas municipais foram até o hospital tentar reaver a bala desalojada, a prova do atentado. (mais…)

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Entenda: Escravizados deram contribuição essencial para a abolição no Brasil

Estudos conduzidos nos últimos anos mostram que o fim da escravidão no país não foi um presente dos brancos, mas uma árdua conquista dos negros após um longo processo de luta. Veja vídeo

Por Maria Irenilda Pereira, no EM

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel (1846-1921) assinou o documento que oficialmente acabou com o regime de escravidão que perdurou por 300 anos no Brasil. A Lei Áurea entrou para a história e passou a ser reconhecida pelos brasileiros como a responsável pela libertação da população escrava do país. Essa ainda é a versão ensinada na maioria das escolas e universidades, mas revisões e pesquisas conduzidas nos últimos anos revelaram que um movimento nacional, gradativo, e com grande contribuição de Minas Gerais, antecipou e até mesmo forçou a queda da escravidão oficial no Brasil. (mais…)

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Passadas 13 décadas do fim da escravidão, população negra não tem direitos garantidos

Ativistas afirmam que os afrodescendentes brasileiros ainda sofrem com segregação no mercado de trabalho e racismo

Por Júnia Oliveira, no EM

São 77 anos de experiência, de vivência, como observadora dos vaivéns da história. Mas um ponto específico ela diz ainda esperar: o reconhecimento do povo negro em todos os seus direitos e méritos. “Aboliu, mas não acabou com a escravidão”, comenta dona Lúcia Maria dos Santos sobre a Lei Áurea, promulgada em 13 de maio de 1888. Assim como ela, negros de todo o país conclamam à denúncia no lugar da comemoração dos 130 anos da abolição da escravatura. Ato na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, marcou ontem as discussões em torno do tema na capital. Neste fim de semana, outros movimentos promovem debates e mobilizações. (mais…)

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“Forças Armadas têm que reconhecer sua responsabilidade institucional nas mortes da ditadura”, diz Pedro Dallari

Advogado, professor e coordenador da Comissão Nacional da Verdade afirma que a divulgação do memorando da CIA, apesar de não apontar novidades, é “estarrecedor”

Por Lucas Vasques, na Fórum  

“Acho que é chegada a hora de o Supremo Tribunal Federal decidir a matéria de uma vez por todas, decretando que a Lei da Anistia não pode impedir o processamento e o julgamento daqueles acusados de graves violações de direitos humanos.” A opinião é de Pedro Dallari, advogado, professor e coordenador da Comissão Nacional da Verdade. Ele se posicionou de forma contundente em relação à divulgação de memorando da CIA (agência de inteligência do governo dos Estados Unidos), de 11 de abril de 1974, que revela conversas e a autorização do ex-presidente Ernesto Geisel para execuções de opositores ao regime militar. (mais…)

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Manchetômetro: O julgamento do Habeas Corpus de Lula em O Globo

Por Juliana Gagliardi e João Feres Júnior, no Manchetômetro

No último dia 4 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente Lula. O julgamento durou quase onze horas e terminou com seis votos contrários e cinco favoráveis à concessão. Além da própria divisão do STF, o processo foi todo marcado por polêmica, desde o posicionamento ameaçador pelo Twitter do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, na véspera, até manifestações de diversos juristas e entidades contra e a favor da concessão do HC. (mais…)

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