Atingidos pela barragem Barra do Braúna protestam nesta segunda-feira (23) em frente ao prédio da empresa Brookfield Energia Renovável, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Em frente à sede da empresa os atingidos reivindicam os direitos perdidos com a construção da hidroelétrica.
No MAB
A usina Barra do Braúna, localizada no rio Pomba, atingiu os municípios de Recreio, Laranjal, Cataguases e Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais. A hidroelétrica possui uma potência instalada de 39 MW e teve o contrato de concessão de energia assinado em 2001 e começou a operar em 2010.
Os atingidos do município de Laranjal foram os mais prejudicados com a construção da barragem. Segundo os manifestantes, houve um acúmulo de problemas que a empresa não resolveu. “Areeiros e pescadores não fazem mais seu ofício, pois a barragem impossibilitou a utilização do rio para nosso trabalho. Não foi pensada a reativação econômica dessas pessoas”, denunciou um atingido.
“O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) está junto com esses atingidos, que como em outros lugares do Brasil, sofrem com os descasos dessas multinacionais. Nós denunciamos esses empreendimentos que lucram bilhões de dólares sobre as riquezas brasileiras e deixam as populações atingidas à míngua. Viemos questionar este modelo ‘responsabilidade social’ que a Brookfield afirmar ter e exigir os direitos dos atingidos” comenta Letícia Oliveira, da coordenação estadual do MAB.
A proprietária da Hidrelétrica possui outras barragens na região da Zona da Mata. As hidroelétricas localizadas nos municípios de Raul Soares e Abre Campo possuem pendências históricas.
A Brookfield é uma empresa multinacional com sede no Canadá, que atua em diversas áreas, como no mercado financeiro, mercado imobiliário, estradas, tendo participação no consórcio de pedágio da BR 381, infraestrutura e energia renovável.
Os atingidos buscam uma reunião de negociação com a empresa para prosseguir com as reivindicações.
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Imagem: Reprodução do MAB
