A Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (REDETRANS) entregou nesta quinta-feira (23) ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Helder Salomão (PT/ES), o Dossiê da Rede Trans 2018, lançado em janeiro deste ano. O documento traz números detalhados sobre a violência contra homens e mulheres trans no país e as ações desenvolvidas pela ONG para prevenir e combater esses crimes. O dossiê mostra que, em 2018, 150 pessoas trans foram brutalmente assassinadas no Brasil.
por Pedro Calvi / CDHM
“As pessoas trans não podem ser invisibilizadas nas políticas públicas e hoje, a identidade de gênero tem sido confundida com ideologia de gênero no Congresso. Estamos no caminho de construir um consenso, com a participação de várias bancadas, e aprovar um projeto de lei que também atenda essa população”, afirma Helder Salomão.
Cristiany Beatriz, da Rede Trans Centro-Oeste, também apresentou o Observatório Nacional da Trans Formação, que surgiu através de um workshop nacional da Rede em 2017. “Conseguimos realizar esse projeto através de uma emenda parlamentar do ex-deputado Jean Wyllys e inclui uma série de ações propositivas junto ao judiciário, executivo e legislativo”.
Mais informações
Há quase um ano o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que pessoas trans podem alterar seus nomes em cartório, para que seus documentos coincidam com suas identidades.
Em 1968, Robert Stoller definiu a diferença conceitual entre sexo e gênero. Sexo refere-se aos aspectos anatômicos, morfológicos e fisiológicos da espécie humana. A categoria sexo é definida por aspectos biológicos. Já o conceito de gênero são os significados sociais, culturais e históricos na construção da vida social. Identidade de gênero se refere ao gênero com que a pessoa se identifica. O termo “transgênero” foi criado pelo psiquiatra John Oliven há 50 anos.
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Foto: Fernando Bola