Evento reunirá indígenas de dezenas de etnias para entoar cânticos e danças, levantar debates, vender artesanatos tradicionais e promover a troca de conhecimento
Por O Dia
A energia da floresta paira sobre as árvores do Parque Lage. O Dia Internacional dos Povos Indígenas 2019 reúne indígenas de dezenas de etnias para entoar cânticos e danças, levantar debates, vender artesanatos tradicionais e promover a troca de conhecimento. No final de semana do dia 3 e 4 de agosto acontece, então, a grande feira cultural com entrada franca.
A Feira está em sua 11ª. edição com realização da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) em parceria com a Escola de Artes Visuais (EAV) e apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec). É considerada o maior evento cultural indígena realizado no Estado do Rio de Janeiro. Desde sua primeira edição em abril de 2014 compartilha a cultura indígena viva com milhares de pessoas a cada evento.
As cores do artesanato, o grafismo das pinturas corporais e a riqueza musical dos povos originários contam a história ancestral de muitas culturas e seus territórios. Indígenas dos povos Pataxó do sul da Bahia, Fulni-ô de Pernambuco, os Guarani e os Puri do Rio de Janeiro, os Tukano e os Tikuna do Amazonas, os Kariri-Xocó de Alagoas, os Guajajara do Maranhão, os Kamayurá do Alto Xingu e os Potiguara do Rio Grande do Norte serão algumas das etnias presentes, que também contará com apresentações do grupo indígena multiétnico da Aldeia Maracanã, que reúne etnias em contexto urbano na cidade do Rio de Janeiro.
“Cada qual aprende com outro e, assim, temos uma potência cultural a nível nacional. Representamos a cultura viva dos povos indígenas de todo Brasil”, explica Carlos Tukano, pertencente da Aldeia Maracanã e presidente do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (Cedind), originário da região do Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, no noroeste do Amazonas. Para a presidente da AIAM, Marize Guarani, “os eventos anuais realizados em abril e agosto no Parque Lage servem para difundir a riqueza da cultura indígena e fortalecer a luta pelos direitos dos povos originários do Brasil e dar visibilidade aos indígenas.”
O evento também terá mesas de debates na parte da tarde na grande Oca Kupixawa do Parque Lage. No sábado, Balanço Indígena e Ambiental: 1º Semestre 2019 e, no domingo, Feminismo Indígena e a I Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília.
Confira a programação completa:
PROGRAMAÇÃO
Sábado 3/08 e domingo 4/08
9:00 – Abertura da Grande Feira de Artesanato Indígena
9:00 às 17:00 – Exposição e venda de artesanato indígena tradicional
10:00 às 12:30 – Apresentações de grupos culturais indígenas na área da Grande Feira e Oca Kupixawa
11:00 às 13:00 – Oficina Guarani: Cestarias, Pulseiras e Colares, com artesão da Aldeia Sapukai, Angra dos Reis
12:30 às 13:00 – Rodas de conversa na grande Oca Kupixawa
13:00 às 16:00 – Mesas de debate sobre a questão indígena atual na Oca Kupixawa
Sábado: “Balanço Indígena e Ambiental no 1º. Semestre 2019”
Domingo: “Feminismo Indígena e a I Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília”
14:00 às 16:00 – Oficinas culturais e artísticas indígenas
Sábado: Oficina de Peteca com palha de milho e penas, com Carmel Puri
Domingo: Oficina de Pintura Intuitiva e Filtro dos Sonhos, com Ana Kariri
14:00 às 16:00 – Mostra de Cinema Indígena no casarão da EAV no Parque Lage
Sábado: O Último Sonho, do diretor indígena Alberto Álvares (com debate)
Domingo: Piripkur, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge (com debate)
14:00 às 16:30 – Apresentações de grupos culturais indígenas na área da Grande Feira
16:30 às 17:00 – Grande roda de cantos e danças no encerramento do evento
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Imagem: Parque Lage recebe Dia Internacional dos Povos Indígenas – Divulgação