MST ocupa área em Taquari, onde funcionava Fepagro, extinta por Sartori

Da Redação Sul21*

Cerca de 200 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul ocuparam na manhã desta quinta-feira (17), por tempo indeterminado, uma área de cerca de 460 hectares onde funcionava a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) — Centro de Pesquisa Emílio Schenk, no município de Taquari, na região do Vale do Taquari. Os sem-terras, vindos das regiões Norte, Serrana, Vale do Taquari e Metropolitana, chegaram ao local por volta das 5 horas.

Segundo o Movimento, o objetivo da ação, que ocorre pela terceira vez desde 2014, é reivindicar aos governos estadual e federal a área ocupada e outras da Fepagro para a Reforma Agrária. Os sem terras alegam que essas áreas estão desativadas, uma vez que a Fundação, que fazia pesquisas sobre produção agropecuária, vegetal, animal e derivados, foi extinta por lei pelo ex-governador José Ivo Sartori (MDB).

Conforme os acampados, próximo da ocupação já há um assentamento do MST desde 1987. Antes da Reforma Agrária, esse território pertencia ao Estado e parte dele também foi destinado posteriormente a campos da Fepagro. Com a ocupação de hoje, eles reivindicam essa parte da Fundação para desapropriação. O objetivo dos trabalhadores rurais é investir na produção de alimentos e garantir uma vida digna no campo.

(*) Com informações do MST.

Imagem: Na área funcionava o Centro de Pesquisa Emílio Schenk, da Fepagro, extinta pelo governo Sartori. (Foto: Divulgação/MST)

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