A CONSTRUÇÃO DA CANDIDATURA de Sergio Moro 2022 já está na praça. Será a estreia do lavajatismo na política partidária tendo uma candidatura própria. Moro tem dado entrevistas dizendo não pensar em candidatura, mas falando como um candidato à presidência.
Há algumas semanas na GloboNews, ele criticou os escândalos de corrupção do PT, acusou Bolsonaro de negar a pandemia e apostou na estratégia de dizer que Lula e Bolsonaro são dois lados de uma mesma moeda. A entrevista deixou claro que o ex-juiz tem uma estratégia eleitoral definida. Moro é tão candidato que elogiou outros possíveis candidatos como João Doria, Huck e Mandetta. “São políticos de centro-direita, né? Eu tenho mais afinidade com essa visão”, deixando claro em qual parte do espectro político vai disputar o eleitorado. Nesta mesma semana, ele também chegou a trocar afagos públicos com o partido Novo.
Em outro momento da entrevista, falou com certo orgulho sobre a mais famosa audiência da Lava Jato com Lula, e a tratou como uma luta de boxe: “no ringue com Lula”. Em qual outro lugar do mundo um ex-juiz que se orgulha por ter tratado um réu como adversário é considerado a maior reserva moral do país? Um juiz que corrompe as leis ou, como confessou a lavajatista Monique Chequer no escurinho do Telegram, um juiz que “viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”.
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Foto de Diego Padgurschi, da Folhapress, durante a premiação Brasileiros do Ano, da revista Istoé, em SP.