Cacique Raoni e Davi Kopenawa se unem a Chico Buarque, Philip Glass e artistas internacionais em ato nas redes, dia 9/08

Por Daniel Biasetto, no Sonar

Já de volta à sua aldeia no Xingu (MT), depois de ficar nove dias internado por conta de uma hemorragia digestiva, o cacique Raoni Metuktire, de 90 anos, vai aparecer junto com outros indígenas e artistas de várias partes do mundo na mobilização internacional  “Maracá – Emergência Indígena”,  live marcada para acontecer no próximo dia 9 de agosto, às 15h, e que já tem confirmada a participação ao vivo e por gravações enviadas de grandes nomes da música popular brasileira como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia,  Lenine, Martnália e Criolo.

Os atores Camila Pitanga, Bruno Gagliasso, Fernanda Torres, Letícia Sabatella, o artista plástico Vik Muniz e os comediantes Marcelo Adnet e Fábio Porchat também confirmam participação no ato que tem como objetivo sensibilizar as autoridades para emergência que os índios vivem na pandemia de Covid-19.

Entre os convidados internacionais que já confirmaram participação estão o compositor americano Philip Glass e o artista plástico e designer arquitetônico Ai Weiwei. A Articulação dos Povos Indigenas do Brasil (Apib), que organiza o evento, deve anunciar novos nomes até o dia do ato.

Além de Raoni, outros expoentes da cultura indígena como o ianômami Davi Kopenawa, Nara Baré, Kretã Kaingang, Dinamam Tuxá, Sonia Guajajara e Joenia Wapichana, entre outros representantes, confirmam presença no ato que marca o dia internacional dos povos indígenas.

A produção do evento terá participações especiais da diretora Bia Lessa, da liderança Célia Xakriabá, da cantora e compositora Maria Gadú, da artista plástica Laura Lima e da galerista, ativista do 342 Amazônia, Mari Stockler e do designer Pedro Inoue.

O evento “Maracá – Emergência Indígena” será dedicado à memória dos povos atingidos pela pandemia da Covid-19.  

“Não importa a língua que você fala, vai entender o chamado do maracá no coração. Esse é um chamamento para toda a humanidade, uma conexão global pela vida e memória dos nossos povos duramente atingidos pela pandemia da Covid-19 e tantas outras violências e violações”, diz a campanha da Apib.

Hoje completam quatro meses desde que O GLOBO revelou o primeiro caso de um indígena contaminado pelo novo coronavírus no Brasil. De lá pra cá, não só as contaminações mas também o número de mortes cresceram exponencialmente. A última atualização feita pela Apib dá conta de que já são 20.809 casos entre 143 povos. No total, 599 indígenas morreram em decorrência da Covid-19.

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