Suspeitos de queimadas na Terra Indígena Karipuna, em Rondônia, podem ser presos em operação policial

Mandatos são contra grupo acusado de provocar danos ambientais em Porto Velho, como desmatamento e queimadas

Amazônia.org.br

Nesta quarta-feira (7) a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Kawyra, nome que tem origem na língua indígena Karipuna e significa “floresta” e que faz referência à atuação para preservar a vegetação nativa e reprimir as atividades de grupos criminosos na região. A atuação objetiva prender 9 pessoas suspeitas de desmatar e provocar queimadas dentro da Terra Indígena Karipuna, em Porto Velho (RO).

A associação criminosa atuava no distrito de União Bandeirantes e segundo informações da polícia eles são especializados em desmatar, provocar queimadas, lotear e comercializar glebas de terra no interior da reserva indígena. O grupo foi descoberto durante a “Operação SOS Karipuna” que ocorreu em junho de 2019 e foi apontado a criação de uma associação e uma empresa de georreferenciamento “para iludir supostos compradores de lotes no interior da Terra Indígena Karipuna”, com a falsa promessa de regularização dos terrenos junto aos órgãos responsáveis.

Ao todo, são cumpridos três mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão domiciliar e doze mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal da capital. Caso os suspeitos sejam presos, devem ser levados à sede da PF, mas apenas os três com mandados de prisão preventiva serão encaminhados para um presídio estadual de Porto Velho, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal. Os outros seis ficarão em prisão domiciliar. A operação tem o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Exército Brasileiro.

Desmatamento na terra indígena Karipuna feita por madeireiros ilegais (foto: Rogério Assis/Greenpeace)

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