Biden nomeia crítico da política ambiental de Bolsonaro para cargo no Conselho de Segurança dos EUA

ClimaInfo

A menos de dez dias antes da posse, o novo governo de Joe Biden nos EUA já deixou claro que, se não houver mudanças significativas na política ambiental brasileira, o país deve ficar na “geladeira” da política externa norte-americana. Prova disso foi a nomeação de Juan Gonzalez como diretor sênior para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, confirmada pelo presidente-eleito na semana passada. Veterano da área de segurança internacional na gestão Obama, Gonzalez atuou na campanha de Biden e foi um dos porta-vozes mais vocais da insatisfação do Partido Democrata com o desgoverno ambiental no Brasil de Bolsonaro.

Em outubro, Gonzales defendeu a inclusão da mudança climática no topo da agenda da política externa dos EUA sob Biden, citando diretamente o Brasil como um dos alvos. Meses antes, em artigo na Americas Quarterly, Gonzalez questionou a capacidade e o preparo do governo brasileiro “para abordar os desafios monumentais de nosso tempo”. FolhaO Globo e Poder360 destacaram a nomeação.

Já a Reuters ressaltou que a questão climática deve ser uma prioridade na agenda doméstica de Biden nos EUA, especialmente depois dos democratas finalmente conquistarem o controle do Senado. As vitórias do partido na Georgia colocaram a bancada do partido com metade das 100 cadeiras da Casa, empatado com a oposição republicana. Dado o empate, a futura vice-presidente Kamala Harris servirá como “voto de minerva”, garantindo uma preciosa maioria para o novo governo no Senado.

Como mostrou o Climate Home, ativistas climáticos atuaram intensamente em favor dos candidatos democratas e, agora, pretendem aproveitar o domínio absoluto do novo governo no Congresso para aprovar novas leis climáticas e impulsionar novos compromissos por parte dos EUA.

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