Vídeo faz parte da #SemanaDaMulher Flores de Sucupira, que também terá espaços virtuais de diálogos e transmissão de live
Nesta quarta-feira (03), a Rede de Proteção Mulheres Camponesas Flores de Sucupira, da CPT Regional Araguaia-Tocantins, lança o vídeo Mulheres Camponesas Tecendo Saberes: Produção Agroecológica e Resistências em Tempos de Pandemia. O vídeo faz parte da programação da Semana da Mulher e apresenta depoimentos de mulheres que vivem em áreas de conflitos com o agronegócio e grandes projetos de ferrovia e hidrelétrica. Em seus testemunhos, as camponesas abordam os desafios e as formas de resistência no enfrentamento às violações de direitos que não entraram em quarentena durante esse período de pandemia da Covid-19. Também são destacadas por elas, as condições de vida e as vivências na comunidade, a organização coletiva das mulheres, a geração de renda, a produção de alimentos e a dinâmica do dia a dia das camponesas para se conectarem aos meios digitais e terem acesso a estudos e comercialização de produtos.
Nas comunidades camponesas, as mulheres são responsáveis por boa parte da produção de alimentos e geração de renda das famílias, sobretudo na produção nos quintais produtivos, com o cultivo de hortaliças, ervas medicinais, criação de pequenos animais e processamento de alimentos.
Com a pandemia, muitas mulheres ficaram em isolamento social, seguindo as orientações das organizações de saúde e mantendo os cuidados da família através dos conhecimentos tradicionais. Mas o isolamento provocou a perda de espaços de comercialização e, consequentemente, de geração de renda, contribuindo para o aumento do empobrecimento que deixa as camponesas ainda mais vulneráveis às violências domésticas e às violências provocadas pela ganância do agronegócio.
O vídeo faz parte da programação da semana do 08 de março, em que serão promovidos espaços de diálogos virtuais de mulheres através da publicação de cards e realizada a live Roda de conversa das mulheres, no dia 11 de março, às 19h.
Essa é uma produção que contou com a parceria do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas (NEUZA/UFNT) e com o apoio do Ministério Público do Trabalho do Tocantins (MPT/Araguaína).