Vídeo mostra lógica supremacista do governo Bolsonaro

Série De Olho no Genocídio mostra que copo de leite e símbolo do poder branco compõem um projeto de governo discriminatório; essa presunção de que há humanos inferiores aos outros está no âmago do expansionismo do agronegócio e da mineração em terras indígenas

Por Alceu Luís Castilho, De Olho nos Ruralistas

O segundo vídeo da série De Olho no Genocídio começa com Jair Bolsonaro falando sobre quilombolas no clube Hebraica, no Rio, medindo-os em arrobas. Mas a imagem é a de Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais, durante audiência no Senado, a fazer o gesto do poder branco, famoso na língua inglesa, white power. Com isso, o observatório busca mostrar que, da campanha eleitoral ao cenário atual, tem-se um projeto político em curso: essencialmente discriminatório.

De Olho nos Ruralistas definiu em junho de 2020 sua cobertura da pandemia como uma cobertura de genocídio. A decisão de fazer uma série de vídeos sobre o tema decorre da emergência que vive o Brasil. A posição editorial é clara em defesa da punição daqueles que comandam a matança. No caso do supremacismo, ele antecede a pandemia. As políticas do governo federal de exclusão de direitos, em particular aqueles dos povos do campo, mostram que o racismo é intrínseco ao bolsonarismo.

Confira o vídeo:

O primeiro vídeo da série fez um panorama do genocídio em curso, com ênfase no governo Bolsonaro, mas acenando para outros temas, como o papel do poder econômico na efetivação desse massacre: “Brasil precisa se organizar para punir Bolsonaro“. Exatamente a influência do capital nesse governo e nas medidas tomadas pela pandemia — a potencializar a pandemia — será um dos temas dos próximos vídeos.

Em julho de 2020, o observatório colocou no ar a série Esplanada da Morte. Sobre o papel de vários ministros do governo Bolsonaro, entre outros integrantes do governo, como o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), ou mesmo de outros integrantes do poder público, da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A linha editorial em relação ao tema pode ser resumida em duas frases: 1) é preciso se referir a Jair Bolsonaro com os nomes exatos; 2) não basta falar de Bolsonaro, é preciso falar daqueles que o mantêm no poder.

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