‘A culpa é do governo e das empresas’, diz líder Munduruku sobre morte de ambientalista após suspeita de intoxicação por mercúrio

O ambientalista Cassio Beda, que teve diagnóstico de esclerose, denunciava contaminação em terras indígenas e deixou vídeo para pressionar autoridades; Fiocruz confirmou contaminação em aldeias.

Por André Cabette Fábio, em Repórter Brasil

A liderança indígena Alessandra Munduruku visitou seu amigo, o ativista Cassio Beda, cerca de um ano antes de ele morrer, no último 5 de abril. Um encontro que, segundo ela, teve ares de despedida, já que a saúde de Beda já estava debilitada e o avanço da pandemia a impediria de visitá-lo novamente.

O encontro teve momentos de leveza: “Nós brincamos, mandei fotos e mensagens dele para os caciques”. Mas Alessandra também carregou da visita uma reflexão sobre quem responsabilizar pela morte do ativista, diagnosticado com ELA (esclerose lateral amiotrófica). A partir de pesquisas sobre seu caso realizadas por ele mesmo e pela equipe médica que o atendeu, Beda defendia que sua doença poderia ter sido causada por intoxicação por mercúrio, da época em que trabalhava junto a comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia, em especial os Munduruku.

“Muitas vezes achei que a culpa era nossa, porque a pessoa quer ajudar a gente de alguma forma e fica doente”, diz Alessandra. “Mas pensando agora vejo que a culpa não é nossa, a culpa é do governo e das empresas que trazem o mercúrio para nossa região”.

Além da certeza sobre quem responsabilizar, a líder Munduruku também tem convicção de que a luta do amigo para provar que havia sido contaminado, assim como sua morte, vêm ajudando a levantar um alerta sobre a contaminação por mercúrio de diversas aldeias da etnia.

Até sua morte, Beda defendia que a doença neurodegenerativa da qual sofria fora desencadeada por intoxicação por mercúrio por meio do consumo de peixes na região do Alto Tapajós, no Pará. A região é foco de garimpeiros que despejam na natureza toneladas do metal tóxico, usado para separar o ouro de sedimentos.

Apesar do diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica, o médico responsável pelo tratamento de Cassio registrou em um relatório de julho de 2017 que era possível que o caso se tratasse de “um quadro de doença do neurônio motor secundária e intoxicação por mercúrio”. O sanitarista e pesquisador Paulo Basta, da Fiocruz, avalia que “é uma hipótese plausível que a esclerose tenha sido despertada após a contaminação por mercúrio”. Mas ressalta que não é possível confirmar essa correlação com os dados disponíveis.

Basta se correspondeu com Cassio e discutiu seu caso por dois anos. Foi um vídeo gravado pelo ativista em 2017 sobre seu adoecimento, em que alerta os Munduruku sobre o risco de contaminação, que acabou fazendo com que o médico fizesse um estudo para analisar o nível de mercúrio no corpo dos indígenas. O depoimento, em que Beda aparecia já debilitado, fez com que as lideranças pedissem à Fiocruz para testar se estariam contaminados. 

Divulgados em 2020, os testes com 197 indígenas Munduruku indicam que todos estavam contaminados. Em 58% dos casos, a contaminação estava acima do limite de segurança estabelecido por agências de saúde internacionais. 

Na Amazônia, para ‘colocar a mão na massa’

A trajetória de Beda se cruza com a de povos indígenas em 2014, logo depois que ele defendeu seu mestrado na área de saúde pública pela USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto, sobre a exposição do Aquífero Guarani a agrotóxicos. “Ele me falou ‘mãe, vou pra Amazônia trabalhar, quero colocar a mão na massa, depois volto para fazer o doutorado’”, conta Adenil Bernardino Freire Beda.

No mesmo ano, ele foi à Amazônia para trabalhar. Primeiro no Napra (Núcleo de Apoio à População Ribeirinha na Amazônia) em Rondônia e, em seguida, no Instituto Socioambiental (ISA), em Altamira (PA) junto a populações ribeirinhas. No ano seguinte, em 2015, ele deixou o ISA e passou a apoiar os Munduruku no Tapajós, a Oeste da Terra do Meio, que começavam a se articular pela autodemarcação da Terra Indígena (TI) Sawré Muybu

“Meu primeiro contato com ele foi em uma assembleia do povo Munduruku para a qual ele tinha sido convidado como apoiador. Conversamos muito e, depois, ele passou a integrar nossa equipe. Como ele sabia mexer em equipamentos como GPS, os Munduruku viam Cassio como aliado”, conta Haroldo Pinto Espirito Santo, coordenador regional do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) Norte. 

No Cimi, Beda passava meses dentro da mata com os indígenas, no Baixo Tapajós, usando GPS no processo de autodemarcação. Foi quando ele conheceu a líder Munduruku Alessandra Korap. “Ele era muito prestativo, um parceirão de luta, os guerreiros gostavam dele porque sempre estava com eles no meio do mato para nos ajudar”, diz.

Beda contribuiu na mobilização dos Munduruku contra a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (PA), suspensa em maio de 2016. Durante a Caravana Tapajós, realizada em agosto daquele ano em protesto contra a construção de hidrelétricas na região, sentiu os primeiros sintomas. “Tinha dificuldade para subir escadas, sentia as mãos e os pés adormecerem e tinha cãibras”, diz, em seu relato em vídeo. Nessa época,  passava bastante tempo na cidade de Itaituba (PA), centro de garimpo ilegal na Amazônia. 

Os problemas também foram percebidos pelos colegas. “O cacique Braz Tupinambá comentou ‘o Cassio tem esse problema, às vezes a perna fica dura e ele cai’. Em 2016, comecei a ver coisas estranhas. Ele sentia dores, tropeçava, caía. Ele se chateava, dizia que as pernas estavam traindo ele. Percebemos que aquilo não era normal, e dissemos que ele precisava se cuidar”, conta Espirito Santo, do Cimi.

Peixes contaminados

Beda partiu em busca de atendimento em Santarém, onde médicos levantaram a hipótese de contaminação por metais pesados. Um teste realizado pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará datado de novembro de 2016 indicou presença de 1,8 micrograma de mercúrio orgânico por decilitro de sangue, quase que o dobro do valor referencial adotado pelo exame, de 1 micrograma de mercúrio por decilitro. Mas fica abaixo de 5 microgramas, aquilo que o exame adota como sinal de exposição significativa ao mercúrio orgânico, que é o tipo presente em peixes contaminados.

Em dezembro de 2017, Beda viajou para sua cidade natal, Ribeirão Preto (SP), em busca de mais exames e de um diagnóstico. “Ele chegou parecendo um senhor de idade, andando devagar, encurvado. Ele era capoeirista, e sempre tinha sido um cara forte, ágil”, conta o administrador de empresas Cesar Freire Beda, irmão de Cassio.

Em Ribeirão, foi internado no Hospital das Clínicas, da USP, onde realizou exames de eletroneuromiografia, ressonâncias magnéticas de coluna e do cérebro, tomografia computadorizada do abdome e da pelve e endoscopia, além de exames de sangue.

Em seu relatório de alta hospitalar, de fevereiro de 2017, consta que a equipe médica investigou a suspeita de contaminação por metais pesados. O documento inclui os resultados do teste realizado no Pará, que indicou 1,8 micrograma de mercúrio por decilitro. Mas o hospital indica no documento 5 microgramas por decilitro como valor de referência para toxicidade.

Basta, da Fiocruz, destaca que há um debate científico sobre os limites aceitáveis de mercúrio no sangue, que também variam de acordo com o tipo de exame realizado. Um documento de 2008 da Organização Mundial de Saúde (OMS) define esse limite como entre 0,5 e 1 micrograma por decilitro entre indivíduos que não consumiram peixe contaminado.

Beda chegou a questionar a adoção por parte do HC de Ribeirão Preto do critério de 5 microgramas por decilitro de sangue como valor de referência para intoxicação, sob o argumento de que “a Comissão de Biomonitorização Humana alemã define o valor de 1,5 micrograma por decilitro como HBM II, concentração acima da qual existe um risco aumentado de efeitos adversos para a saúde”.

Entre março e maio de 2017, ele passou por dois ciclos de quelante de mercúrio no Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), um procedimento que visa a retirar o metal tóxico do sangue.

A equipe do Hospital das Clínicas da USP não determinou de forma conclusiva em seu diagnóstico uma relação entre o nível de mercúrio e o adoecimento do ativista. Mas em um relatório de julho de 2017, o médico responsável, Pedro José Tomaselli, faz a ressalva de que “embora não haja consenso na literatura há uma série de relatos sugerindo a associação de quadros de doença do neurônio motor como uma das manifestações neurológicas da intoxicação por mercúrio”. 

Segundo o médico, isso sugeria que o metal pode ser causa direta ou “fator de risco para o desenvolvimento do sistema nervoso”. 

No documento, ele destaca a passagem de Cassio pelo Vale do Tapajós, que é “um dos principais sítios de extração de minério”, ressalta que mercúrio é usado nesse processo e que níveis elevados do metal tóxico foram encontrados em peixes da região, uma “fonte possível de contaminação aos que se alimentam de peixe”.

Tomaselli conclui que “a existência desses estudos na literatura médica nos impõe a dúvida sobre a relação causa-efeito de forma que não conseguimos definir se estamos diante de um quadro de ELA esporádico ou se estamos de um quadro de doença do neurônio motor secundária e intoxicação por mercúrio. Os achados de exame físico e os achados acima descritos não nos permitem diferenciar essas condições”. 

O HC de Ribeirão Preto afirmou que, “por questão de ética médica”, o médico responsável não poderia falar sobre o tratamento. 

A professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP e orientadora de Beda no mestrado, Susana Segura Muñoz, disse que um diferencial em seu quadro era uma “urgência urinária e fecal, que não é sintoma de ELA, mas é relatada entre pacientes com intoxicação por mercúrio”. Beda também afirmava que entre os primeiros sintomas esteve um gosto metálico na boca, condizente com contaminação pelo metal. 

Como Cassio não fez exames quando sentiu esses primeiros sintomas, é possível que o patamar de mercúrio tenha baixado no decorrer dos meses até realizá-los, diz Muñoz. Isso dificulta confirmar ou afastar completamente a hipótese de que uma contaminação aguda tenha contribuído para seu quadro.

“O caso dele traz uma discussão séria, sobre toneladas de mercúrio despejadas em rios, que podem estar contaminando muita gente por meio dos alimentos e causando neuropatias [doenças neurológicas] de diferentes espectros, parecidas com a doença de Minamata. Mas faltam dados clínicos e epidemiológicos”, diz Munhoz. Ela diz que pretende registrar a história de Cassio como um relato de caso, que poderia ser usado para estudar a hipótese de associação entre mercúrio e ELA, mas que no momento não é possível estabelecer essa conexão com certeza.

A doença de Minamata é uma síndrome neurológica causada por envenenamento por mercúrio, com sintomas severos. Ela foi descrita na década de 1950 na cidade japonesa de Minamata, onde centenas de pessoas morreram com sintomas como falta de coordenação do corpo, dormência nas mãos e pés, redução do campo de visão e perdas na audição e na fala. As águas da costa da cidade eram contaminadas por uma fábrica que despejava o metal tóxico, consumido pela população local por meio de peixes.

Em uma troca de e-mails com profissionais da saúde, em julho de 2018, Beda afirmou que era reconhecido que doenças neuromusculares, incluindo a esclerose lateral amiotrófica, foram relatadas após exposição a mercúrio inorgânico.  “Sinto-me injustiçado e lesado quando sabemos a real causa de meu adoecimento, e sou negado a um diagnóstico qualificado e preciso, para assim buscar meus direitos e assistência necessária, visto que estou apenas recebendo um salário mínimo do INSS e precisando contratar cuidador para apoio em casa. Enquanto os mineradores continuam lucrando com a extração do ouro e poluindo o rio com mercúrio, contaminando a população que tem acesso à saúde precária no Pará”, conclui o ambientalista.

O vídeo de alerta aos Munduruku

Cassio passou a estudar seu próprio caso e uma possível relação com a doença da cidade japonesa. Em outubro de 2017, gravou o vídeo “De Minamata ao Tapajós: um alerta sobre a contaminação de mercúrio na Amazônia”, em que fala sobre o risco de contaminação e conta que acreditava que, por não comer carne teria ficado mais vulnerável ao mercúrio presente nos peixes. “Devido ao grande consumo de peixe que fiz em um curto período, tive um quadro agudo de contaminação”. 

Em seu vídeo, Cassio diz que sofre da doença de Minamata, apresenta estudos sobre contaminação por mercúrio entre indígenas e peixes na Amazônia, cobra que autoridades combatam o garimpo ilegal e o despejo de mercúrio, e que equipes da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) sejam treinadas para identificar a contaminação pelo metal.

Ele cita a existência de casos de esclerose lateral amiotrófica possivelmente relacionados a intoxicação por mercúrio, e um estudo de 2014, sobre uma combinação entre um tipo de doença autoimune e síndrome do espectro de ELA relacionada a um tipo específico de envenenamento por mercúrio.

“Hoje consigo notar que várias pessoas do povo Munduruku apresentam sinais da doença [de Minamata], como problemas de vista, de ordem neurológica, surtos psiquiátricos, problemas motores, como rigidez, músculos atrofiados”, diz Cassio em seu alerta. 

O mercúrio quando é aplicado sobre a mistura de sedimentos e ouro extraídos da terra ou de rios faz os dois metais formarem um amálgama – mais pesado e fácil de separar dos outros materiais. Garimpeiros aquecem essa mistura, fazendo com que o mercúrio evapore e deixando o ouro em pepitas. Além disso, as dragas que revolvem o fundo dos rios também trazem à tona o mercúrio. O metal pode ser consumido por bactérias, que o transformam em metilmercúrio (cuja toxicidade é maior e é mais dificilmente eliminada). Essas bactérias, por sua vez, podem ser consumidas por seres vivos mais acima na cadeia alimentar, ou liberar o metilmercúrio na água, que pode ser absorvido por plâncton e consumido por outros seres vivos. O mercúrio pode se acumular nos peixes pela alimentação ou ao passar pelas suas guelras. 

A mobilização dos Munduruku

Em outubro de 2018, os Munduruku assistiram ao vídeo de Beda. “Quando eu assisti o vídeo com o Cassio andando daquele jeito, eu chorei demais. E a cara dos caciques foi de assustar. Sempre percebemos sinais de adoecimento, de pessoas que desmaiam, têm fraqueza nas pernas, esquecimento, não conseguem mais andar, mulheres que perdem o bebê. São sinais de metilmercúrio, mas a Saúde [órgãos do governo] nunca vai dizer que foi por isso, porque aqui não tem análise”, diz Alessandra Munduruku. 

“O vídeo foi importante porque o Cassio era um amigo próximo. Nesse dia, os caciques decidiram fazer a análise nos cabelos, como tinham feito com os Yanomami. Então escrevemos uma carta para a Fiocruz.”

O documento chegou ao sanitarista Paulo Cesar Basta, cuja equipe foi a campo entre outubro e novembro de 2019, quando visitou três aldeias (Sawré Muybu, Poxo Muybu e Sawré Aboy), coletou  peixes e avaliou 200 indígenas. 

Fiocruz constatou contaminação em peixes e nos Munduruku

Divulgados em novembro de 2020, os resultados indicam que todos os peixes estavam contaminados com concentrações entre 0,13 a 1,95 parte por milhão de grama. O limite máximo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela FAO (Organização ONU para Agricultura e Alimentação) é de 0,5 parte por milhão de grama.  

A pesquisa estimou a dose de ingestão diária de mercúrio pelas populações indígenas a partir dos níveis de metal detectados nesses peixes. Os patamares seriam entre 4 e 18 vezes maiores do que os limites considerados seguros pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos). E entre 2 a 9 vezes maiores do que os tolerados pela OMS.

O trabalho conclui que “os níveis de contaminação por mercúrio no Tapajós têm aumentado de forma significativa ao longo dos anos”, já que um estudo de 1995 sobre peixes na mesma região indicava nível de contaminação 2,6 vezes menor. E um trabalho de 2005, nível de contaminação 26,3% menor.

Amostras de cabelo foram coletadas de 197 indígenas e, em todos os casos, foram encontrados sinais do metal tóxico. Em 58% deles, os níveis estavam acima de 6 partes por milhão de grama, que a pesquisa adotou como limite máximo de segurança estabelecido por agências de saúde internacionais para amostras de cabelo.

Na aldeia Sawré Aboy, a contaminação atingiu 87,5% da população pesquisada. Ela fica às margens do rio Jamanxim, um dos mais impactados pelo garimpo ilegal. Segundo os pesquisadores, “à medida que avançamos para regiões mais impactadas pelo garimpo, maior foi o nível de contaminação observado”. Também foram registrados déficits de sensibilidade térmica; reação a dor nas extremidades, atrofia da musculatura dos dedos dos pés, entre outras alterações.

Depois dos resultados da pesquisa

“A gente já esperava um índice muito alto de contaminação, mas queríamos uma resposta porque se você fala e não tem o dado, os garimpeiros, a prefeitura, a mineradora podem falar que não é verdade. Mas quando há dados de uma fundação respeitada como a Fiocruz, podemos perguntar: ‘ E aí, como isso pode acontecer?’ E isso mexe com a saúde pública, que não é só dos indígenas, mas também de quem mora na cidade”, diz Alessandra. 

Para Basta, da Fiocruz, Beda “levantou um alerta para um problema que está presente na vida dos Munduruku desde a década de 1950, que vem se agravando com o uso de maquinário pesado e colocando em risco toda uma geração de pessoas nascendo sob a ameaça de contaminação por mercúrio”.

O ativista morreu quase um ano depois da visita de Alessandra Munduruku. “Sei que ele sofreu muito com essa doença, por não poder andar, não poder comer e não poder brincar. Mas sei também que ele está voando para nos proteger. A gente acredita muito nisso, que a pessoa sai do sofrimento e fica espírito para nos proteger”. 

Mercúrio usado no garimpo, atividade que vem devastando territórios Munduruku, foi encontrado em níveis acima do limite máximo em mais da metade dos indígenas examinados pela Fiocruz (Foto: Greenpeace)

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

onze + 13 =